O vice-governador do Maranhão, Washington Luiz (PT), admitiu pela primeira vez a possibilidade de disputar a eleição para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, que será conduzida pela Assembleia Legislativa. Ele afirmou ontem, com exclusividade a O Estado, que avalia a condição com seu grupo político do PT, para somente em seguida se posicionar à Assembleia. É possível que ainda hoje ele se manifeste definitivamente sobre o tema. Na terça-feira, o presidente do Legislativo estadual, deputado Arnaldo Melo (PMDB), já havia adiantado que somente daria início ao processo de escolha do novo conselheiro de contas, após a decisão de Washington Luiz. Ele afirmou que na provavelmente na próxima semana baixará resolução com data e critérios a serem adotados na eleição.
Washington Luiz participava de uma reunião no PT quando falou à reportagem sobre a possibilidade de lançar candidatura ao TCE. “Estou conversando com os companheiros exatamente sobre esse assunto. Estamos juntos avaliando a situação, mas até o momento nada está definido. Muita coisa ainda precisa ser conversada”, afirmou.
Ele também confirmou que após definir junto a correligionários se entrará ou não na disputa pela vaga, levará a sua posição à direção da Assembleia Legislativa. “Ainda não conversei [com Arnaldo Melo], mas isso ainda irá acontecer. No entanto, preciso primeiro definir o que fazer sobre essa questão [eleição para o TCE], juntamente com os companheiros”, completou.
Essa foi a primeira vez que o vice-governador admitiu à imprensa a possibilidade de disputar a vaga de conselheiro do tribunal de contas. Até o mês passado, quando havia se posicionado pela última vez sobre o tema, ele descartava disputar a eleição para o TCE.
Utilizava como justificativa que pesava em sua decisão o fato de ter de deixar a vida partidária. “Sou um ser político, que vive em sua essência a política partidária. Tenho uma vida, uma história longa dentro do PT. Por isso, não me imagino distante das discussões e do processo político. E sei que a partir do momento em que entrar no TCE terei de deixar a política. É justamente por isso que não cogito, no momento, disputar essa vaga”, afirmou no início de outubro a O Estado.
Disputa – Se articulam na Assembleia Legislativa para disputarem a vaga de conselheiro do TCE, os deputados Rogério Cafeteira (PSC); o vice-presidente do Legislativo, Max Barros (PMDB), e o líder do governo na Casa, deputado César Pires (DEM). Além destes, o consultor de Orçamento da Assembleia, Olímpio Neves, já declarou publicamente interesse na cadeira do tribunal. A disputa pode ter também o secretário de Cidades, Hildo Rocha (PMDB), que até o momento, no entanto, não falou publicamente sobre o tema.
Destes, no entanto, apenas três poderão se habilitar regimentalmente para a eleição. Isso porque para participar o pleito, cada candidato deverá ser indicado por pelo menos 14 deputados estaduais. E cada membro do parlamento, por sua vez, somente poderá indicar um candidato. Desta forma, como o plenário é formado por 42 deputados, é possível o registro de apenas três candidaturas, cada uma com 14 indicações.
A eleição ocorrerá de forma direta no plenário da Assembleia Legislativa. Para ser declarado eleito, o candidato mais bem colocado deverá receber pelo menos 22 votos, ou seja, a maioria simples.
O Estado