O espaço do Café Literário recebeu ontem (1º), o cineasta Arturo Saboia para um bate-papo na palestra “Cinema e Literatura: diálogos possíveis”, com mediação de Joaquim Haickel, como parte da programação da 7ª Feira do Livro (FeliS), evento promovido pela Prefeitura de São Luís.
Cinema e literatura podem até parecer, à primeira vista, expressões artísticas isoladas, sem nenhum tipo de contato ou ligação. Mas basta um olhar mais apurado para ver que a história não acontece exatamente assim. É só ver o número de adaptações literárias produzidas nos últimos tempos pela sétima arte.
Arturo, que terminou recentemente o curta “Acalanto”, uma adaptação do conto “A Carta”, do escritor moçambicano Mia Couto, iniciou sua fala afirmando que o “cinema procura se entender através da literatura, numa apropriação para entender seus próprios mecanismos (do cinema) de expressão”, disse.
‘Acalanto’ recebeu recentemente seis prêmios no Festival de Cinema de Gramado, e é a segunda adaptação literária de Arturo, a primeira foi “Borralho” baseado também em um conto do Mia Couto. Para Arturo, que nas palavras de Joaquim Haickel “é um cineasta que honra a literatura”, transpor as emoções do texto escrito para o cinema é um grande desafio, sendo necessária a sensibilidade do diretor nas escolhas que faz para atingir o mesmo efeito nas telonas.
“Você sempre coloca alguma coisa sua dentro do texto original na hora de fazer cinema, além disso, pensar o roteiro a partir de uma obra pronta é um excelente exercício para a criação de um legado autoral”, disse Arturo.
A plateia acompanhou atenta cada palavra da apresentação, entre os presentes, o estudante de Comunicação Anderson França acredita no diálogo entre a sétima arte e a literatura. “Apesar de serem linguagens diferentes, existe a possibilidade de interação entre elas, a prova disso são os bons trabalhos de adaptação feitos pelo cinema”, disse.
Após a palestra, que terminou com a citação de exemplos bem e mal sucedidos de adaptações literárias para o cinema, o público pôde acompanhar uma exibição exclusiva de ‘Acalanto’ para a 7ª FeliS.
ESTIVE POR DUAS VEZES VISITANDO A FEIRA DO LIVRO AQUI EM SÃO LUÍS E REALMENTE ESSA É UMA GRANDE OBRA E QUE DEVE SER SEMPRE AMPLIADA E MLEHORADA AFINAL LEITURA É CULTURA.