Pelo menos dez deputados estaduais e dois federais poderão trocar de partido até o fim do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para os que pretendem disputar as eleições de 2014. Quatro já anunciaram saída: Afonso Manoel, que trocou o PMDB pelo PSD; Raimundo Cutrim, que deixou o PSD e vai para o PCdoB; Othelino Neto, que saiu do PPS, decidiu disputar sua reeleição assim como Cutrim também no PCdoB, e Graça Paz, que conclui os trâmites para deixar o PDT. O prazo final para o troca-troca partidário termina em 5 de outubro.
Também estudam buscar novo rumo partidário os deputados estaduais Camilo Figueiredo (PSD), Hélio Soares (PP), César Pires (DEM), Fábio Braga
(PMDB), Rigo Teles (PV) e Stênio Rezende (PMDB). Estes parlamentares estudam a melhor opção partidária com vista à formação de alianças proporcionais no ano que vem. “É preciso saber o melhor caminho a seguir para fortalecer as chances de reeleição”, justificou o deputado Stênio Rezende.
Os deputados do PSD como Alexandre Almeida e Doutor Pádua ainda analisam se deixarão a legenda ou não. Os parlamentares demonstram insatisfação com a possibilidade de coligação com todos os partidos aliados do governo estadual.
“Por enquanto, permaneço no PSD. Mas, se houver a formação de um chapão e o PSD estiver incluído, eu deixarei a legenda. Esta é uma decisão já tomada por mim”, afirmou
Câmara – Na Câmara Federal, dois deputados da bancada maranhense devem deixar seus partidos até o fim de setembro. Domingos Dutra inviabilizou-se no PT desde que resolveu trabalhar pela fundação do Rede Sustentável (Rede). Mas o deputado tem ainda a opção do Partido Solidariedade – outro que está sendo criado – e até o PDT.
Segundo Dutra, ele ainda tem esperança de que a Rede seja oficializada antes do dia 5 de outubro para assim se filiar. “O PDT é uma opção que tenho, mas minha decisão somente deverá ser tomada dia 30 deste mês”, disse Dutra.
Simplício Araújo, por sua vez, também estuda filiar-se no novo PS, depois de flertar durante meses com o Rede Sustentável. Ele tentou deixar o PPS por meio de autorização da Justiça Eleitoral, no entanto, a justificativa do parlamentar socialista não convenceu os juízes eleitorais que não o autorizaram trocar de partido.
Chapões – A grande preocupação dos deputados que procuram novo rumo partidário é a formação dos chamados chapões em seu grupo. Chapões são aquelas coligações que reúnem todos os partidos que fazem parte de uma aliança majoritária.
Na bancada governista, por exemplo, a ideia é formar uma chapa com todos os partidos que estiverem no palanque do candidato a governador Luis Fernando Silva (PMDB). Esta possibilidade agrada, por exemplo, ao líder do governo, César Pires.
“Não faz sentido formar um chapão apenas com os cabeças. É preciso que todos estejam no mesmo barco”, ponderou Pires.
Mas a ideia não agrada, por exemplo, deputados de pequenos partidos, como Camilo Figueiredo. Para estes, o ideal é formar quantas chapas forem necessárias dentro da densidade eleitoral de cada grupo de partidos.
Afonso Manoel, por exemplo, antecipou-se a todos os colegas e trocou o poderoso PMDB pelo emergente PSD, que corria o risco de emagrecer drasticamente. Além de garantir uma legenda mais favorável à sua provável condição eleitoral, Manoel ainda assumiu o comando da legenda, que garante força na mesa de negociação.
Até agora, a discussão no grupo que forma a base da futura candidatura Luis Fernando Silva é formado por PMDB, PSD, DEM, PT, PTB, PV, PSC, PTdoB, PSL e PMN.