Eleição na Câmara

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A Câmara Municipal de São Luís já começou a discutir, apenas oito meses após a eleição que garantiu o quinto mandato de presidente ao vereador Isaías Pereirinha (PSL), um novo processo eleitoral para a Mesa Diretora. O assunto ainda é mantido em absoluto sigilo pelas principais lideranças do Legislativo Municipal, mas O Estado apurou que o desejo da maioria é antecipar a escolha da nova direção da Casa para antes da disputa pelo Governo do Estado, em 2014.

O mandato do atual comando vai até dezembro do ano que vem. Mesmo antecipando o processo, a nova Mesa só assumiria em janeiro de 2015. O objetivo da antecipação, no entanto, é eleger de antemão quem liderará o processo de negociações dos vereadores com os candidatos a governador. E as conversas sobre o assunto têm interveniência, principalmente, da Prefeitura de São Luís.

A cúpula do Executivo da capital avaliou como perigosa a aproximação entre parlamentares e o secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando, pré-candidato do PMDB a governador. Vinte deles estiveram com o peemedebista em meados de julho – a Câmara tem 31 membros. O pré-candidato do prefeito Edivaldo Júnior (PTC), entretanto, é o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), e a estrutura começou a ser mobilizada para reverter o quadro.

Foi um membro de alto escalão da gestão municipal, inclusive, o primeiro a falar mais claramente sobre o assunto. Em entrevista gravada a O Estado, ele pediu sigilo da fonte, mas adiantou que “a eleição [da Mesa Diretora] deve ocorrer mesmo antes das eleições de 2014, antes da eleição para governador”.

Segundo ele, a articulação é real para garantir a antecipação. “O mês preciso eu não posso informar, mas de fato existe já a conversa”, completou.

Candidatos – O mesmo membro da administração petecista confirma os nomes dos parlamentares que trabalham efetivamente pela garantia de apoio à empreitada: Astro de Ogum (PMN) e Honorato Fernandes (PT). O petista é o líder do Governo na Câmara Municipal e o preferido do prefeito. Astro de Ogum seria a opção do atual presidente – que não pode se candidatar pelas regras atuais do jogo – e um candidato para neutralizar o ímpetos dos governistas.

“Quem está na disputa são Astro de Ogum e Honorato [Fernandes]. São eles dois que estão se viabilizando”, finalizou.

A O Estado, no entanto, Ogum nega que esteja se articulando. “Não tem nada disso. Toda vez que se fala em eleição meu nome aparece. Na última, disseram que eu estava me articulando e nem candidato eu fui. Mas isso não existe”, disse.

O petista Honorato Fernandes foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações nem respondeu as mensagens de texto enviadas por celular.

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