Nem bem a Comissão Parlamentar de Inquérito que apura supostas irregularidades ou vícios na execução do programa Bom Peixe começou, já tem gente nos bastidores articulando para impedir o avanço dos trabalhos. O próprio presidente da CPI, vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), se mostra indignado com a falta de quórum entre os demais membros da equipe, que logo no primeiro dia de depoimentos – na quinta-feira passada – inviabilizou a abertura da sessão na Câmara de São Luís.
Apesar disso, Pedro Lucas garante que a CPI continuará apurando os fatos para apontar se houve ou não irregularidades no contrato assinado entre a Prefeitura de São Luís e a empresa Pacific para comercialização de pescado a preços populares. Ele afirma que todas as ações da comissão estão embasadas nos documentos que foram repassados pelo secretário Marcelo Coelho, titular da Secretaria Municipal de Abastecimento (Semapa), oriundos da Controladoria Geral do Município (CGM).
No primeiro dia de trabalho da CPI, que foi frustrado, os únicos membros presentes foram o próprio presidente Pedro Lucas e a vereadora Rose Sales (PCdoB). Para que a sessão fosse aberta e instaurado os trabalhos era preciso a presença de quatro integrantes. Não compareceram Francisco Carvalho (PSL), Edmilson Jansen (PTC), Francisco Chaguinhas (PRP), Estevão Aragão (PPS) e Marquinhos da Vila Luizão (PRB).
Rose Sales disse não acreditar que a CPI será inviabilizada, pois os membros da comissão estão imbuídos no propósito de passar tudo a limpo. “Quem não quer ter seu nome manchado não faz coisa errada”, adverte.
Os vereadores que se diziam oposição já foram contemplados com as SPs. A jogada de Edvaldo foi acertada, ameaçou demitir, demitiu e chamou pro acordo. Contemplou vereadores aliados e oposicionistas. Deu um cala boca geral. Exemplo disso foi a manutenção do veto à secretaria de cultura. Vereadores tradicionalmente ligados à cultura votaram contra a criação da secretaria, tudo por conveniência, pra salvar suas SPs.