Revitalização turística de Alcântara

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Os ministros do Turismo, Gastão Vieira, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, deram nesta quinta-feira (16) a largada num plano de revitalização turística de Alcântara. A ideia é transformar o município num polo de turismo espacial, em torno do centro de lançamentos.

O plano inclui a construção de um hotel na vizinhança do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), a reforma do aeroporto da base, com a construção de um terminal de passageiros que possa receber voos civis, e a reforma no cais do Jacaré, principal ponto de embarque e desembarque de passageiros que vêm e vão entre São Luís e Alcântara, que hoje funciona com limitações.

“Essa é uma grande reivindicação da população de Alcântara”, disse o ministro Vieira. “Hoje o atracadouro do Jacaré já não atende mais, as lanchas têm problemas mecânicos e até de segurança”, afirmou.

Em uma reunião com Raupp e o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Mussi, o ministro do Turismo propôs que as lanchas da Aeronáutica que trazem os funcionários da base espacial possam ser usadas pela população civil em dois horários ao longo do dia. Ao mesmo tempo, seriam feitos reparos no atracadouro existente.

“Nós ofertaríamos à população um novo meio de transporte, mais moderno, que aliviaria muito a tensão que todo mundo tem por falta de deslocamento”, prosseguiu o ministro. Paralelamente caminharia o projeto de construção de um cais em Cujupe, a 14 km de Alcântara, que atenderia tanto ao programa espacial quanto à população civil.

O plano de exploração do turismo em Alcântara espelha-se no exemplo de outras bases espaciais, como Cabo Canaveral, nos EUA, e Kourou, da Guiana Francesa, que também transformaram suas atividades em atração turística. Para Alcântara, cidade que integra o patrimônio histórico nacional e que viu o turismo minguar nas últimas décadas, a proposta traz uma oportunidade de atrair turistas também para seu centro histórico.

“Não há cidade no Brasil que junte os dois predicados, a história de um lado e o futuro a menos de seis quilômetros”, afirmou Gastão Vieira. “Nós temos uma dívida enorme com Alcântara.”

A proposta também visa consolidar a reaproximação da agência espacial com o município, após um relacionamento tenso no passado. “As operações de lançamento têm características específicas, mas fora das campanhas de lançamento não há problema nenhum em usar as instalações durante o resto do ano”, afirmou Marco Antonio Raupp.

Segundo Mussi, da AEB, a ideia é buscar benefícios para a população de Alcântara e unir as duas vocações da cidade. “Vai aumentar o turismo e valorizá-lo.”

3 comentários para "Revitalização turística de Alcântara"


  1. Felipe

    Excelente ideia do ministro Gastão Vieira só resta pedir que venha mais recursos e projetos de turismo para o Maranhão.

  2. Verdade solene.

    Sr. Zeca Soares e demais.
    É brincadeira essa discussão. Diga-me que é brincadeira Zeca Soares! Quer dizer que querem fomentar o turismo em AlcÂntara? Comparam-na a Cabo Canaveral e Kourou? Querem que as lanchas (na verdade catamarãs) do CLA sirvam à população civil ao longo do dia? Deixe-me rir. O CLA é não é empresa de transporte é órgão público e seus catamarãs servem para o transporte de servidores civis e militares. Eventualmente transportam pessoas alheias ao projeto desde que haja vagas e demandadas com antecedência, pois em caso de sinistro a Aeronáutica teria que responder objetivamente, sobretudo em face de perdas humanas. Precisam de manutenção permanente e possuem vida útil que despencaria caso houvesse exploração comercial. Assim, o seu uso comercial foge ao escopo pretendido até porque as mesmas prestam-se também ao apoio operacional, a não ser que o Raupp da AEB assim o quisesse por argumento de que a citada Agencia é também fomentadora do projeto espacial, ou seja dos lançamentos de foguetes, que não tem dia nem hora marcada pelos ditames políticos.
    Quanto a querer tornar Alcântara uma espécie de turismo à moda Cabo Canaveral, comprem-me um bode. Nem mesmo À Kourou se assemelharia por um motivo simples: Façam outra cidade!!! Em um lugar que sequer podemos nos locomover direito por exigências óbvias, em uma região ditada pelo atraso, com esgotos a céu aberto logo na chegada do cais, sem deixar de falar das sentinas, sem acesso automotivo porque as pedras de cantaria devem ser preservadas e por aí vai, não há nem o que se falar. Nossos políticos são engraçados. Não conehcem sequer Kourou e a citam. Ora bolas, a cidade da Guiana francesa de pequena vila (village) que era passou a ser uma cidade de porte médio com infraestrutura capaz de suprir as necessidades do CSG, o que não ocorre em Alcântara. Possui requisitos que a nossa cidade histórica não possui, bem como uma população voltada para as operações de lançamento predominantemente civil (contratada para lá residir por no mínimo dez anos) ou sendo de lá mesmo como a atual diretora de operações para lançamento do foguete VEGA – Aimée Cippe, o que não ocorre no CLA onde a maioria é militar (ao contrário do pretendido no passado) que sequer ficam raiz e são transferidos em menos de três anos, prejudicando o domínio tecnico que a área espacial requer.
    Se querem fazer algo de verdade que corram, então, atrás da construção de um novo porto até porque com o Cyclone precisarão mesmo dele. Entretanto, um aeroporto isso sim seria, ao meu ver, inviável porque poderia se usar o do CLA que é internacional e com pista maior que as duas de São Luís, com mais de 2.600 mestros de extensão. Como se trata de uma área militar, só o governo federal poderia intervir, trazendo uma infraestrutura aeroportuária (esta sim necessária) para o CLA, depois de liberá-lo (agora seria um aeroporto mesmo e não um hangar) para uso civil. Demandaria, assim, uma torre para controle do tráfego aéreo (o que não existe hoje) e isto viria bem a casar com o fato de que há uma proposta para transformar parte do complexo do CLA em base aérea (coisa que não é como erradamente assina o texto acima – CLA é Centro de Lançamento e não base).
    Transformar Alcântara em um polo turístico espacial só teria sentido se hoje o governo federal tivesse transformado a cidade na pretendida Sâo José dos Campos do Maranhão com a implantação do CEA – Centro Espacial de AlcÂntara, que abrigaria não só Centros de Lançamento como os do CLA e da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), mas um parque industrial mais robusto do que o encontrado em Sâo Luís, permeado de empresas voltadas para a atividade científico-tecnológica para a exploração do espaço. Mas isto como proposta há muito afundou.
    Cosntruir um hotel nas imediações do Centro é hoje uma tremenda besteira, pois que este ficaria à margem da rodovia estadual perdido no mato. O CLA dista a mais de 10 Km da sede do município. Querem construir um hotel nas proximidades do CLA? Que tal uma nova cidade, voltada para o futuro, urbanizada, humanizada, sustentada, do século XXI? O problema seria onde em uma região em que tudo é quilombola. Por isso mesmo as ameaças que pairavam sobre o CLA com a possível construção de um novo Centro na costa cerense próxima ao porto de Pecém, não tanto pelo porto em si, mas devido ao suporte logístico de suas pequenas e melhores cidades que AlcÂntara. O melhor a fazer é descer o mastro do atraso deixar o verdadeiro Divino Espírito Santo guiar-nos, com sabedoria, porque o que acima está proposto, sem análise técnica profunda, e sem pessoal competente para tal, faz-nos simplesmente rir, pois que conhecemos esse discurso faz trinta anos.

  3. Ângelo Goethe

    E o que dizer São Luís ser apontada com a 23ª mais violenta do mundo ?

    http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/as-cidades-mais-violentas-do-mundo#24

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