Sem acordo

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reuniaoO Estado

No encontro, que contou com um representante da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), os rodoviários propuseram 10% de reajustes nos salários, enquanto os empresários do setor ofereceram apenas 6,5%, o que desagradou aos rodoviários. Uma nova reunião entre as partes, também no MPT, na segunda-feira (13), às 15h, deverá definir as chances, ou não, de um acordo.

O procurador do MPT, Maurício Lima, que media as negociações, elaborou, no fim da reunião, uma proposta não revelada e que foi distribuída aos empresários e rodoviários. Com base na sugestão do Ministério Público (MP), as duas partes apresentarão a sugestão às categorias que, em seguida, avaliarão a proposta.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), José Luiz Medeiros, aumentaram as chances de um acordo que beneficie as duas classes. “A proposta não é excelente, porém razoável, justa tanto para nós do SET quanto para os rodoviários. No entanto, é preciso levar essa proposta para a nossa assembleia, que será convocada em regime de urgência, para saber o que os associados do nosso sindicato acham”, disse.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), Dorival Silva, adotou um discurso mais pessimista quanto ao acordo. Para ele, alguns pontos ainda precisam ser revistos. “Pelo menos hoje [ontem], os empresários sinalizaram com alguma proposta, o que já pode ser considerado um avanço, no entanto, ainda não longe do esperado por nós. É preciso elevar esses percentuais, pois, caso contrário, deliberaremos, na próxima semana, sobre a greve da categoria”, afirmou.

Negativa – O Município ratificou o posicionamento, na reunião de ontem, de não reajustar os valores das tarifas, atualmente cobradas aos usuários do setor de transporte coletivo.

“Voltamos a afirmar que, independentemente de divergências entre empresários e rodoviários, a população ludovicense pode acreditar que não haverá reajustes dos valores das passagens. Creio que o caminho para o acordo deve fugir do mero aumento voltado ao consumidor”, afirmou o procurador adjunto do Município, Domerval Alves.

A reunião de ontem à tarde foi a sexta deste ano entre empresários e rodoviários. As cinco primeiras não sinalizaram nenhuma proposta do SET ao STTREMA.

Os rodoviários exigem um aumento salarial para a classe, na casa dos 15%, além de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 365,00 para R$ 450,00, inclusão de um novo dependente nos planos de saúde e odontológico, melhores condições de trabalho e seguro de vida, conforme estipulado pela Lei nº 12.569/2012. Já o SET alega que, devido ao alto custo do mercado e de manutenção da frota de veículos, somado à falta de reajuste nas tarifas cobradas aos usuários, é inviável, no momento, qualquer possibilidade de ganho financeiro próximo do percentual exigido pelos rodoviários.

Números

23 empresas são responsáveis pelo serviço de transporte coletivo em São Luís.
1,1 mil ônibus constituem atualmente a frota de ônibus da capital maranhense
27% é a defasagem, segundo o SET, das tarifas cobradas nos ônibus

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