O Conselho Estadual de Saúde (CES) e a promotora de Justiça Glória Mafra iniciaram nesta quarta-feira (13) uma série de visitas às unidades de saúde que prestam atendimento de urgência e emergência em São Luís para avaliar a qualidade da assistência prestada à população. Os hospitais municipais Clementino Moura (Socorrão II), Djalma Marques (Socorrão I), Santa Casa de Misericórdia e Hospital Infantil Amaral de Matos (da Criança) foram os primeiros a serem avaliados. Nesta quinta-feira (14), o grupo visitará as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mantidas pelo Estado. O CES é um órgão que tem a função de deliberar e fiscalizar as ações e serviços de saúde no Maranhão.
Falta de medicamentos, de assistência médica, limpeza e desinfecção das unidades e humanização do atendimento foram alguns dos problemas apontados por pacientes nos Socorrões I e II, e Santa Casa de Misericórdia na primeira etapa das visitas, pela manhã.
O vice-presidente do CES, Américo Araújo, explicou que visitas às unidades de saúde estadual e municipal fazem parte da programação anual. Os Socorrões I e II foram visitados no ano passado. “Estamos aqui para saber como os pacientes estão sendo atendidos porque o município de São Luís pactuou para receber os pacientes de média e alta complexidade de outras regiões e está recebendo por isso”, disse.
O conselheiro lembrou que o Município de São Luis recebe R$ 110 milhões por ano para ser referência no atendimento de média e alta complexidade. Recentemente, por meio da Portaria 3101/2012, estão sendo repassados mais R$ 3,6 milhão mensalmente, divididos em partes iguais entre as unidades Socorrão I e II e Hospital da Criança.
O Socorrão II foi a primeira unidade visitada. Acompanhado pelo diretor Ademar Bandeira, a equipe do CES e do MP percorreu as dependências da unidade para conversar e saber das necessidades dos pacientes. A superlotação da unidade, a falta de medicamentos e recursos humanos foi o que mais chamou a atenção dos técnicos do CES.
Apesar da tentativa de barrar os conselheiros e saúde e servidores da promotoria de Justiça, o diretor do Djalma Marques, Yglésio Moyses, foi convencido a deixar a equipe vistoriar a unidade. A ação está assegurada pela lei 8080/1990 e 8.142/1990.