O primeiro passo para a celebração de um pacto de ação regional de urgência e emergência entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e os municípios de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Alcântara foi dado nesta quarta-feira (16). Uma reunião no gabinete da SES, que contou com a presença do subsecretário estadual de Saúde, José Márcio Leite; do secretário de Saúde de São Luís (Semus), Vinicius Nina; da procuradora federal Ana Karizia Nogueira; e dos representantes do Ministério da Saúde (MS), Liana Ribeiro e Anderson Fagundes, discutiu as principais demandas da rede municipal de saúde da capital para execução do plano.
Na reunião, solicitada pelo Ministério da Saúde, José Márcio explicou que este foi o primeiro encontro no sentido de elaborar o plano de ação regional de urgência e emergência da Região Metropolitana, que já está aprovado pela portaria do MS, faltando apenas a apresentação do projeto para repasse dos recursos.
“Este plano de ação consiste em definir claramente o papel de cada instituição e as unidades que atenderão urgência e emergência, leitos de UTI disponíveis, leitos de retaguarda clínica para onde serão encaminhados os pacientes e quais os hospitais para onde serão transferidos os de longa permanência. A partir daí, os hospitais de urgência e emergência passarão a receber um adicional de recursos SUS”, esclareceu José Márcio Leite.
Antes de fazer os primeiros delineamentos do plano, a equipe discutiu a situação do atendimento de urgência e emergência de São Luís para que a rede possa efetivamente funcionar. Representante da coordenação hospitalar do MS, Anderson Fagundes, disse que é fundamental que as unidades de urgência e emergência funcionem. “Visitamos as unidades do município de São Luís e o que constatamos foi a falta de insumos e infraestrutura. Precisamos, antes de tudo, reestruturar as unidades para que possam receber e atender os pacientes”.
Vinicius Nina reafirmou a necessidade de criação de leitos de retaguarda e de regulação integrada para desafogar as unidades de emergência da capital. “Herdamos da antiga administração um projeto desastroso de construção de um hospital de urgência e emergência, onde foram gastos mais de R$ 2 milhões em uma área que estudos técnicos comprovam ser um terreno inviável para construção de uma unidade de saúde porque não dispõe de rede elétrica, abastecimento de água e linhas de transportes coletivos”.
Novos leitos
José Márcio lembrou, ainda, que uma reunião, a ser realizada no final deste mês, em Brasília, o secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, apresentará ao ministro Alexandre Padilha o projeto de transferência dos serviços oncológicos de alta complexidade que funcionam no Hospital Tarquínio Lopes (Geral) para um prédio na Cohab que será desapropriado pelo Estado e contará com um moderno aparelho de radioterapia, doado pelo Ministério da Saúde. “Desta forma, novos leitos serão abertos no Hospital Geral”, acrescentou.
Para solucionar definitivamente a falta de leitos de retaguarda clínica em São Luís, Ricardo Murad também apresentará o projeto de construção de um anexo ao Hospital Carlos Macieira, com 350 leitos. “Ele será construído em módulos de 50 leitos e irá receber a primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) especializada em Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, adiantou José Márcio Leite.
Esperamos que isto saia do papel e não fique apenas na mîdia.