Atendimento de urgência em São Luís em debate

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O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, diretores das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) em São Luis e do Hospital de Alta Complexidade Tarquínio Lopes Filho (Geral), reuniram-se na manhã desta terça-feira (4) com a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Ana Karizia Teixeira Nogueira, para discutir o atendimento de urgência e emergência na capital. Os gestores estaduais relataram a precariedade do atendimento nos Socorrões I e II e vão documentar a assistência dada aos pacientes graves que deveriam estar sendo atendidos pela rede municipal.

Ricardo Murad mostrou o mapa de atendimento dos pacientes vítimas de traumas que estão sendo acolhidos nas UPAs e encaminhados ao Hospital Geral, por não serem recebidos pelos hospitais municipais de urgência e emergência. “Tivemos que suspender as cirurgias eletivas no Hospital Geral, para que pudéssemos instalar 10 leitos de enfermarias porque o município de São Luís não está cumprindo sua obrigação. Os hospitais Socorrões I e II não têm médicos, remédios e estrutura para atender. Os pacientes estão chegando e não podemos deixar que as pessoas morram nas portas das nossas unidades”, disse o secretário.

O Hospital Geral realiza uma média de 30 cirurgias eletivas por dia. Atualmente 1.625 pacientes aguardam na fila para serem operados na unidade de saúde, mas essas cirurgias estão suspensas até que a situação seja normalizada, já que os leitos estão ocupados por pessoas que necessitam de atendimento de urgência e emergência.

Ricardo Murad informou que 80% dos pacientes internados no Geral são provenientes das UPAs do Itaqui Bacanga, Parque Vitória, Aracagy, Cidade Operária e Vinhais, que estão trabalhando com sua capacidade máxima de atendimento em todos os leitos clínicos. “Quero deixar bem claro que não estamos aqui reclamando da superlotação nas UPAs. O que não temos mais condições de atender, são os pacientes vítimas de trauma (fraturas expostas causadas por acidentes de trânsito, ferimentos a bala e faca, etc) e que precisam de tomografias, ressonâncias e atendimento cirúrgico”, ressaltou.

A procuradora Ana Karizia Nogueira disse que reconhece o caos da saúde pública em São Luís devido à falta de médicos e insumos na rede municipal, e comprometeu-se a intervir na situação. Ela informou ter conversado sobre essa situação com o secretário municipal de Saúde, Santiago Servin, e ele informou que somente agora os médicos dos Socorrões receberam o salário referente ao mês de outubro, e que os vencimentos de novembro e dezembro serão pagos pelo futuro prefeito.

Uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) ficou responsável por encaminhar, o mais breve possível, um relatório detalhado com números e imagens dos atendimentos de traumas realizados no Hospital Geral e nas UPAs para a Procuradoria Federal. Com base nessas informações, a procuradora tomará as medidas legais cabíveis para garantir a normalidade do atendimento de urgência e emergência na capital maranhense. (Foto: Nestor Bezerra)

1 comentário para "Atendimento de urgência em São Luís em debate"


  1. Mauro

    A SAÚDE NO MUNICÍPIO ESTÁ UM CAOS, OS DOIS SOCORRÕES ESTÃO PRATICAMENTE PARADOS E ENTRARAM EM COLAPSO.

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