O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Paraná (Sintracon-PR) denunciou as condições de trabalho em uma obra em Ibiporã, na região norte, ao Ministério Público. De acordo com o sindicato, os sete operários contratados estariam em condições semelhantes à escravidão. O alojamento não possui pratos nem talheres para as refeições. Além disso, eles também estariam dormindo em colchões velhos e molhados.
O grupo saiu do Maranhão e veio para o Paraná em buscas de melhores condições de trabalho. Eles fizeram contato por telefone com um funcionário de uma empreiteira e aceitaram as propostas por ele apresentadas. Mas quando chegaram no local, se depararam com a precariedade e com as falsas promessas. Eles iniciaram os trabalhos no dia 29 de setembro e foram dispensados um dia depois porque um representante da empresa alegou não ter gostado do serviço prestado.
A reclamação dos pedreiros é de que, além das péssimas condições, ainda não teriam recebido pelo dia trabalhado. “Ele falou que era uma coisa e depois era outra totalmente diferente. A gente faz de um jeito ele queria de outro jeito, que nós não sabemos fazer. E ele não ia pagar mais caro por isso”, reclamou um dos operários.
De acordo com o presidente do sindicato Denilson Pestana, a partir de uma hora trabalhada, os trabalhadores já tem o direito de receber. “Houve uma quebra de contrato e com isso o trabalhador tem direito a receber metade do tempo que falta para o vencimento do contrato de trabalho. Então, os cálculos que nós fizemos, entre a passagem de ida e volta e os direitos trabalhistas, o valor chega a R$ 1,3 mil.