Marcos Silva diz que falta debate

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O candidato à prefeitura de São Luís, Marcos Silva, do PSTU, participou nesta terça-feira (11) da nova rodada de debates realizados pela rádio Mirante AM. Marcos Silva foi o sétimo entrevistado, seguindo a ordem do sorteio. Ele destacou suas propostas para as áreas de saneamento, transporte e tratamento do lixo.

“As eleições têm sido marcadas, novamente, pela ausência de grandes debates. Os candidatos preferem usar o povo nas rotatórias e os programas eleitorais para enganar o povo. A gente percebe que as emissoras que deveriam provocar esse debate não têm realizado. No debate você tem o confronto de ideias. Vivemos numa sociedade injusta. Estamos disputando o gerenciamento dos impostos, que são produzidos pelos operários. Essa é a menor fatia dos impostos, e ela tem duas lógicas. A primeira seria para diminuir as injustiças, e a segunda seria para ampliar as injustiças, com a corrupção e benefícios para os empresários. Poderia diminuir se aplicado em políticas públicas e sociais. Nosso objetivo é construir um governo gestado pelos trabalhadores. Nós temos uma chance muito pequena de vencer as eleições. Teria que ter um processo de consciência social e a sociendade vencer seus medos. A nossa tarefa maior é construir uma consciência social, fazer com que a classe trabalhadora acredite em si mesmo. Nossas atividades estão no movimento sindical e estudantil, seria uma covardia da minha parte não aceitar ser candidato. Eu penso que eu contribuo com a cidade, sendo eleito ou não, com os debates”, disse.

Transporte Público

“Nós precisamos modificar nossa matriz de transportes, essas latas velhas, e buscar uma forma moderna de transporte. Esse é o trabalho que a gente pensa em debater. O PSTU reuniu intelectuais e trabalhadores para discutir um plano para a cidade. Planos para serem aplicados a curto, médio e longo prazo. Temos o plano de estatizar o sistema de transporte. Você montar uma equipe de governo preocupada em estruturar a nossa cidade. Entre a classe trabalhadora, há pessoas dispostas a contribuir para a cidade melhorar”, ressaltou.

Tratamento do Lixo

“Temos um aterro sanitário. Temos que mudar a concepção, fazer a coleta seletiva. O lixo inorgânico vai para a reciolagem e ele volta para a economia. O lixo orgânico, parte dele pode virar adubo e ração. Já existe tecnologia para isso. Evita que esse lixo vá parar nas praias. Nossa cidade não comporta mais perfuração de porços artesianos e fossas sépticas. A Alcoa e a Vale têm que fechar os poços. Elas têm condições de comprar água bruta da Caema”, afirmou.

Saneamento Básico

“Quando eu falo em saneamento é preciso compreender o que é saneamento. É preciso preparar a cidade para receber a água da chuva. Usar uma política que evite o precipício do ciclo da água. Se a cidade tem drenagem urbana, você vai ter água armazenada na cidade. São Luís não tem galerias. Nem todos os quintais podem ser impermeabilizados, precisamos ter pontos que a água vá para um gramado, por exemplo. Do ponto de vista de drenagem urbana, todos foram irresponsáveis. O serviço de saneamento tem que ser uma atividade social”, finalizou.

Amanhã (12), encerrando a série de entrevistas, o entrevistado será o candidato a reeleição, João Castelo.

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