O atendimento ao público em boa parte do Hospital Carlos Macieira pode ser restabelecido já nesta terça-feira (13), poucas horas após o incêndio de grandes proporções ter atingido vários setores daquela unidade. A intenção é do secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, que durante entrevista informou da possibilidade de espaços como as unidades de tratamento intensivo (UTI) voltarem a receber pacientes.
“Espero que a partir de amanhã (14) já possamos retornar os atendimentos pelo menos na UTI, que recebe boa parte dos pacientes que necessitam de um cuidado maior. É claro que ainda precisamos checar se o fogo afetou as partes necessárias para esses atendimentos, mas o hospital foi construído dentro de normas rígidas que preveem o que há de mais moderno na área”, disse ao G1.
Segundo Murad, os prejuízos ainda não foram contabilizados completamente, mas pelo menos na parte estrutural, uma laje do segundo andar precisará ser refeita porque a intensidade do fogo teria ‘selado’ e comprometido a estrutura. Outros danos, como portas e poucos equipamentos quebrados devido a correria para esvaziar o local e transferir os pacientes internados também foram detectados.
“Prejuízo para nós seriam vidas. Felizmente ninguém morreu ou teve seu quadro piorado em decorrência do incêndio. Todos os pacientes que aqui estavam foram transferidos temporariamente para o Hospital Geral, unidades do Samu, assim como os profissionais que trabalham aqui no Carlos Macieira, para que os tratamentos e cuidados aos pacientes continuem”, afirmou Murad. Ao todo, 125 pacientes foram transferidos.
No entanto, o próprio secretário confirmou que uma pessoa havia morrido no hospital, mas antes do incidente: “Houve um óbito, mas antes que o incêndio começasse. Esse paciente que estava internado teve morte encefálica e infelizmente veio a falecer.”
Perícia
As causas que levaram ao incêndio ainda não foram descobertas. Na tarde desta segunda-feira (12) técnicos do Instituto de Criminalística e do Corpo de Bombeiros estiveram no local realizando perícias, para que em um prazo mínimo de 15 dias divulguem um relatório.
“O relatório será muito importante porque se ele apontar alguma falha, nós possamos corrigi-la o mais rápido possível. Nós temos 40 câmeras monitorando todo o hospital e as imagens todas foram repassadas à perícia, para saber se houve falha ou sabotagem”, acrescentou Murad.