A nova polêmica envolvendo candidatos a vereador em São Luís se dá por conta do limite de gastos que aparece na página do DivulgaCand sistema do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão com informações dos candidatos. Para os candidatos, em muitos casos, os dados não estariam afinados com a real previsão de gastos que eles deverão utilizar na campanha. A maioria afirma que o equívoco pode ter surgido no partido político ao qual está filiado.

Em reportagem publicada domingo, O Estado relacionou os candidatos a vereador com maior estimativa de gastos de campanha e mostrou que muitos deles terão despesas para se eleger superiores aos valores previstos por alguns dos oito candidatos a prefeito de São Luís.

O primeiro a contestar a informação constante no site do TRE foi o candidato do PRTB Rodrigo Lauande. O candidato a vereador Rodrigo Lauande (PRTB) teve que explicar previsão de gastos de sua campanha, que no sistema DivulgaCand era da ordem de até R$ 14 milhões, volume superior ao de muitos candidatos a prefeito da capital, segundo comparou O Estado. Lauande contestou os dados, que classificou como equívoco do próprio partido. Após a divulgação, a página do TRE foi alterada e já consta que o postulante deve investir um montante de R$ 300 mil.

Para o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), que concorre ao segundo mandato, equívocos acontecem, mas é preciso destacar que são os próprios partidos políticos que autorizam em ata o limite de gastos de cada candidato. “Acho pouco improvável que alguém venha a gastar R$ 14 milhões numa candidatura a vereador. Até mesmo gastar R$ 1 milhão é acima do normal. Para mim, alguém que se propõe a isso não precisaria nem gastar tanto, deveria logo comprar o mandato”, ressaltou. O limite de gastos do vereador Ivaldo Rodrigues nesta campanha é da ordem de R$ 300 mil.

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Isaías Pereirinha (PSL), aparece na página do TRE com um limite de gastos de R$ 1 milhão. No entanto, ele afirmou que também houve equívoco do partido na divulgação à Justiça Eleitoral. “Apesar de aparecer esse volume de gasto, estou prevendo gastar nessa campanha até R$ 500 mil, o que deve ser corrigido na página da Justiça Eleitoral”, esclareceu.

O vereador Osmar Filho (PMDB), que concorre ao segundo mandato, garante que todos os gastos devem ser previamente acordados com as direções dos partidos. Ele garantiu que seu limite será de R$ 500 mil e que não há nenhum equívoco. “Apesar disso, trata-se apenas de uma previsão de gastos, o que não quer dizer que iremos utilizar todo esse montante na campanha”, observou.

Para efeito de comparação, os candidatos a prefeito Eliziane Gama (PPS), Marcos Silva (PSTU), Haroldo Saboia (PPS) e Edinaldo Neves (PRTB) preveem gastos em menos de R$ 1 milhão em suas campanhas.