O candidato à prefeitura de São Luís, Marcos Silva, do PSTU, participou nesta terça-feira (14), da série de debates realizados pela rádio Mirante AM. Marcos Silva foi o sétimo entrevistado, seguindo a ordem do sorteio. Ele ressaltou seus projetos para as áreas de educação, saneamento e transporte público.

“Essa é uma campanha para mobilizar os trabalhadores. Toda a riqueza produzida no Brasil é social, mas a apropriação privada, que vai gerando as desigualdades. Hoje, cinco mil famílias controlam a riqueza nacional. Nesse processo, o desafio do PSTU é organizar a juventude, lutar por melhor qualidade na educação, e organizar os trabalhadores dos sindicatos para combater sempre as injustiças. Somos parte da esquerda desse país que amadureceu. O que nós temos que construir é um projeto de esquerda classista para a cidade. O que queremos, nesse momento, é buscar uma experiência concreta de gestão na cidade de São Luís. Nós temos que combater é o agronegócio que produz o crime ambiental, as termelétricas que trazem poluição. Nós precisamos modificar essa lógica”, disse.

Saneamento

“Entendo o saneamento como uma composição de atividades relacionadas à saúde pública, como a drenagem. Aqui não existe esse sistema. Nesse aspecto há uma irresponsabilidade histórica. O lixo é muito importante, nós ainda convivemos com um aterro, já temos tecnologia para tratar o lixo. Você fazendo isso, você transforma o lixo em emprego. Lixo e drenagem urbana o município tem que assumir. Isso não pode ser um negócio, isso tem que ser pago e sustentado pela sociedade. A avenida que mais cresce no Nordeste em empreendimentos é a dos Avenida dos Holandeses, mas não tem um metro de coleta de esgoto. Temos que obrigar o Estado a levar água para a população. O fundamental é proteger a nossa água. Quem defende privatizar o serviço, defende que o povo pague a conta. O saneamento se resolveria com nacionalização”. afirmou.

Transporte Público

O candidato defendeu, em suas propostas para a área da educação, a construção de uma empresa municipal de transportes. “Temos que ver a necessidade do pedestre e do ciclista, para que se tenha conforto. Esse é um desafio, sem falar nas pessoas que tem mobilidade reduzida. Pensar a cidade desse ponto de vista é pensar em transporte de massa, individual, dos deficientes físicos, é assim. O problema não é espaço, é vontade política. O nosso projeto é a estatização do sistema, construindo a Companhia Municipal de Transporte. Nós pensamos que esse é o primeiro passo. O Conselho Popular de Transporte, onde usuários e trabalhadores vão definir a política de transporte da nossa cidade. Modificar o sistema é fundamental, mas sem politicagem”, enfatizou.

Educação

“Pelos indicadores e pelo olhar da realidade, você tem uma série de problemas nessa área. Nós temos que priorizar o problema do atendimento às creches, universalizar. Temos que fazer escolas para atender crianças de quatro a cinco anos. Temos um grande problema de evazão escolar, nossas escolas não são adequeadas. A direção da escola tem que ser escolhida pela comunidade escolar. Não há uma preocupação em fazer da educação algo social. Vamos fazer concurso público, para professores e todos os outros funcionários”, disse.

Saúde

“Há um processo de privatização dos recursos da saúde, o dinheiro está saindo direto para as empresas privadas. Precisamos estatizar o sistema. Hoje há uma crise na saúde. As pessoas estão perdendo a vida por falta de orientação. As equipes de Saúde na Família não funcionam. Tem que ter o médico perto para atender a comunidade, além de fazer com que o SUS funcione. O terceiro hospital de emergência é importante, mas deveria ser localizado na área Itaqui-Bacanga”, finalizou.

Entrevistas

Nesta quarta-feira (15), encerrando a série de entrevistas com os candidatos à prefeitura de São Luís, o entrevistado será o atual prefeito e candidato à reeleição, João Castelo.