O Espigão Costeiro da Ponta d’Areia, construído pelo Governo do Estado em São Luís para conter o avanço da erosão na área e desassorear o canal, melhorando a navegabilidade das embarcações, já apresenta efeitos visíveis, como o aumento da faixa de areia no local. Com investimentos na ordem de R$ 12 milhões, uma parte da obra, iniciada em abril de 2011, está concluída. A previsão é que em menos de um mês tenha início a fase de urbanização, que transformará a paisagem em um novo ponto turístico de São Luís.
De acordo com estudo elaborado pela Universidade de São Paulo (USP), encomendado pela Vale e doado ao Governo do Estado, as transformações ocorridas com a construção da Barragem e do Aterro do Bacanga modificaram a velocidade dos rios Bacanga e Anil. Isso acarretou em mudanças na corrente marítima na área da Ponta da Areia, aumentando a intensidade da erosão e diminuindo a faixa de praia, o que acentuou ainda mais o assoreamento do canal.
Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, o Espigão Costeiro da Ponta d’Areia, também conhecido como quebra-mar, vai recompor a faixa de praia que existia, anos atrás, no local, de forma a conter o avanço da erosão, que já atinge bares, restaurantes e prédios residenciais.
A previsão é que a faixa de praia esteja totalmente recomposta, como era há 50 anos, em um período de 10 anos, ou seja, é uma obra com benefícios a longo prazo. “O que a natureza levou anos para fazer, vai levar anos, também, para se recompor e ter o efeito desejado. Mesmo assim, apesar da previsão de 10 anos, os efeitos do Espigão já são percebidos”, afirmou.