O secretário de Segurança, Aluísio Mendes, e a delegada geral da Polícia Civil do Maranhão, Cristina Meneses, foram enfáticos em afirmar que durante as investigações que elucidaram o assassinato do jornalista Décio Sá, outros crimes foram descobertos pelo ‘consórcio’ formado por empresários e executores do crime. Segundo Mendes, estes outros crimes continuarão a ser investigados pela Polícia Civil e outros serão encaminhados à Polícia Federal.
Falando de maneira bem genérica, Aluísio Mendes disse que os empresários presos e apresentados nesta quarta-feira (13), são suspeitos de cometerem crimes como agiotagem e extorsões contra vários gestores públicos no Maranhão e até outros Estados.
“É importante salientar que essa investigação está apenas começando. O ponto inicial está esclarecido com a confissão do Jonathan. Em função dela foi descoberta uma verdadeira organização criminosa que é um verdadeiro câncer para a sociedade maranhense, atuando no desvio principalmente de recursos públicos, agiotagens e extorsões. Alguns destes crimes não são de nossa alçada e com certeza encaminharemos estas informações para a Polícia Federal”, afirmou Mendes, que informou ainda que em poder do ‘consórcio’ foram encontrados talonários e notas de empenhos de prefeituras.
A delegada Cristina Meneses disse que a prisão dos sete suspeitos foi benéfica para a sociedade maranhense. “Essas pessoas ‘furtavam’ o dinheiro público e praticavam crimes contra toda a população ao desviar esses recursos. Nós continuaremos a investigar e chegaremos onde que quer seja preciso. Essa é a maior vitória da sociedade maranhense”, finalizou.
Em coletiva de imprensa, realizada no início da tarde desta quarta-feira (13), pela Secretaria de Segurança Pública, os nomes de sete dos oito suspeitos envolvidos na morte do jornalista Décio Sá foram revelados.
Entre os suspeitos, o empresário Gláucio Alencar Pontes Carvalho (34) e seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho (72) teriam sido os responsáveis por encomendar o crime.
Um outro empresário, Raimundo Sales Charles Jr. (38) e dois assessores seus, Fábio Aurélio do Lago e Silva (32) e Airton Martins Monroe (24), seriam os responsáveis por agenciar o pistoleiro Jonathan Sousa Silva (24).
Já a arma utilizada no crime teria sido emprestada pelo subcomandante da Polícia Militar, Fábio Aurélio Saraiva Silva. Segundo a polícia, o executor disse ter jogado a arma utilizada no crime na Baía de São marcos quando fugia no ferryboat em direção à Baixada Maranhense, no dia seguinte ao crime.
De acordo com o secretário Aluísio Mendes, uma espécie de ‘consórcio’ acabou sendo formado pelos suspeitos para executar o jornalista na noite de 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea.
Durante a coletiva, a maioria dos envolvidos presos na manhã desta quarta-feira foram apresentados. Apenas um continua foragido. Os familiares do jornalista também estiveram presentes na sede da secretaria acompanhando as explicações.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney falou na manhã desta quarta-feira (13), sobre a elucidação do caso Décio. Em coletiva, a governadora elogiou o trabalho da polícia do Maranhão. ” Estou muito feliz com a eficiência dos nossos policiais, que deram conta do recado. Agradeço ao secretário Aluísio e a todos os policiais envolvidos no caso”, afirmou.
Roseana não adiantou detalhes sobre a investigação e disse que tudo será esclarecido pelo secretário Aluísio Mendes e pelos policiais que trabalharam no caso durante uma coletiva marcada para às 15h, na Secretaria de Segurança.
A governadora falou, ainda, sobre os crimes de encomenda no Maranhão. ” O grau de organização desse tipo crime, que se estendeu por todo o Estado, me surpreendeu. Isso é resultado da impunidade dos políticos anteriores, da falta de ação, mas no meu governo não tem lugar para bandido”, ressaltou a governadora.
“Agora, estamos novamente tendo que combater esse tipo de crime. Mas eu posso garantir que, assim como os envolvidos nesse caso foram presos, todos serão. Os bandidos que se preparem”, finalizou a governadora.
Veja a reportagem exibida pela TV Mirante no dia 6 quando da prisão do homem suspeito de executar o jornalista Décio Sá. Veja o retrato falado e compare com a foto.
Sete pessoas já foram presas na operação “Detonando” deflagrada, na manhã de desta quarta-feira (13), pela polícia do Maranhão. Os presos são suspeitos de envolvimento na morte do jornalista Décio Sá.
Dois empresários do Pará, um da cidade de Santa Inês, no Maranhão, dois assessores do empresário de Santa Inês, um subcomandante do Choque da Polícia Militar e assassino de Décio Sá seriam as sete pessoas presas. Ele teria emprestado a arma usada para executar o jornalista.
Os empresários do Pará seriam do ramo de fornecimento de merenda escolar, e o outro, de Santa Inês, seria do ramo de revenda de veículos. O subcomandante da Polícia MIlitar teria emprestado a arma que foi usada para matar o jornalista, segundo as primeiras informações.
O autor dos cinco disparos que mataram o jornalista está entre os presos. Ele tem 24 anos e é do Estado do Pará. Ainda segundo a polícia, as características do executor conferem com as mostradas no retrato falado, divulgado no dia 1º deste mês, mas ele estaria com os cabelos cortados. Os outros presos são das cidades de Santa Inês, Zé Doca e São Luís, no Maranhão.
Postada pelo jornalista Décio Sá em seu blog, a reportagem de 5 de abril de 2012, já mostrava de certa forma o que viria pela frente. Décio escreveu: Morte de Fábio Brasil ainda vai dar muito o que falar. A matéria cita os empresários Gláucio e Miranda que foram presos pela Operação “Detonando”. Vejam que nos comentários da matérias aparecem dois posts de uma pessoa identificada por Valdênio. Este Valdênio seria o homem que foi morto ontem?
Matéria postada pelo Décio em 30 de março de 2008, cita o empresário Júnior Bolinha. Diz o Décio, Segundo reportagem de O Estado do Maranhão, a enchedeira foi alugada por José Raimundo Tales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, ao empresário Eduardo José Barros Costa, proprietário da construtora, que pagava R$ 10 mil mensais pela máquina. O trator era roubado e pertencia ao governo do Estado.
A policia do Maranhão cumpre, nesse momento, oito mandados de prisão e quatorze de busca e apreensão na operação “Detonando”. Na operação estão sendo empregados doze delegados e setenta policiais civis e homens do GTA. O objetivo da operação e a prisão do executor e dos apontados como mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá.
Segundo informações passadas pelo Secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, sete prisões já foram feitas, inclusive a do autor dos disparos. O assassino de Décio Sá tem 24 anos e é do Estado do Pará. A operação é realizada em São Luís, Santa Inês e Zé Doca, além do Pará.
Segundo a polícia, as características do executor batem com o retrato falado, só que o homem está com o cabelo cortado.