Morre o “campeão” Juracy Vieira

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O rádio esportivo maranhense está de luto. Morreu na tarde desta quinta-feira, aos 66 anos, o nosso “campeão” Juracy Vieira da Silva, narrador da Rádio Capital AM e apresentador da TV Guará. Juracy sofreu um infarto no domingo. Foi levado ao hospital, onde foi submetido a um cateterismo. No mesmo dia, foi diagnosticado um derrame.

Juracy chegou ao Maranhão em 1972, após trabalhar no Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Levou a Rádio Educadora AM ao primeiro lugar no Ibope. Em 1977, mudou para a Rádio Ribamar AM, onde permaneceu por cinco meses antes de se transferir para a Rádio Difusora AM, emissora na qual ganhou o apelido de “campeão” e viveu os grandes momentos da carreira. Atualmente estava na Rádio Capital AM.

Juracy completaria 67 anos de idade e 50 anos de carreira no próximo mês de março. Era torcedor declarado e apaixonado pelo Botafogo e Maranhão.

Nunca trabalhamos juntos, mas desde os anos oitenta, ouvia os programas de Juracy Vieira, especialmente na Difusora. Dizia ao Juracy que, quando ele narrava, mesmo longe dos estádios, era possível saber onde a bola estava. Essa era a sua marca. Daí cresceu a nossa admiração e amizade. Fui, inicialmente ouvinte e depois, após fazer jornalismo e radialismo, nos tornamos amigos e colega de profissão.

Ao Juracy o meu eterno muito obrigado pela amizade, respeito, carinho e principalmente pelos ensinamentos. Descanse em paz, mestre!

Os nossos sentimentos ao meu amigo e irmão Juraci Filho (o Jurinha), Karina, Márcio, Dona Luzenir, Adolfo Vieira, Elaine e a todos da família.

Velório
O velório de Juracy Vieira ocorre na Funerária Jardim da Paz, Travessa Clóvis Bevilácqua, no Anil (próximo ao Ceuma III). O sepultamento no Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, nesta sexta-feira, às 16h.

Nota de pesar
Com grande tristeza, a governadora Roseana Sarney lamentou a morte do radialista Juracy Vieira, ocorrida nesta quinta-feira (23), em São Luís. Ao saber da notícia, ela destacou a trajetória exemplar do radialista e pai do atual gestor da Rádio Timbira, Juraci Vieira Filho.

Para a governadora Roseana, o profissional, que nasceu no Piauí e escolheu o Maranhão para viver, deixa saudades e um legado de paixão e dedicação ao meio radiofônico. “Juracy Vieira fez história no rádio do Maranhão, do Nordeste e do Brasil. A voz dele pov a as nossas lembranças com suas incomparáveis transmissões esportivas”, declarou a governadora, que está em São Paulo, onde tem compromissos pessoais.

Ao se solidarizar com a família e amigos, a governadora Roseana destacou a trajetória do profissional que marcou uma geração de talentosos narradores esportivos, alcançando grandes audiências em estados como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Na foto, Juracy Vieira entrevista o atacante Tica (MAC), na década de 80. A foto foi gentilmente cedida pelo arquivo Talvane Lukatto.

Crônica

Juracy Vieira – o nosso Cozzi, Doalcei, Silvério

Por José Oliveira Ramos

A mesa está posta na sala de visitas. Uma vistosa toalha de linho branco com detalhes bordados em rendas enfeita, naquele momento, o objeto mais importante da casa de Joaquim Albano, em Queimadas, povoado do município de Pacajus/CE, no início da década de 50.

A “espreguiçadeira” principal da casa (uma muito bem trabalhada cadeira de jacarandá com forro de palhinha) garante o repouso e a expectativa de Joaquim, dono da casa. Outros convidados especiais estão na sala, em volta da mesa. Sobre a mesa, a principal atração da tarde: um vistoso e bem cuidado rádio “ABC a voz de ouro”.

Talvez por conta da pequena quantidade de aparelhos ligados nas redondezas, em que pese a transmissão captada diretamente de São Paulo, mais precisamente do Estádio Paulo Machado de Carvalho, a voz límpida, emocionante, detalhada, de Oduvaldo Cozzi fazia diferentes as tardes de domingo pelo Brasil.

Foi assim na Copa do Mundo de 1954, quando decepção e constrangimento foram estendidos aos brasileiros daqui e de todos os lugares. A triste façanha foi repetida em 1954 quando, em Berna, na Suíça, a seleção da Hungria arrasou a seleção brasileira, eliminando-a com uma goleada de 4 a 2. E, mais uma vez, o rádio nos trouxe as desinteressantes alvíssaras.

Os rádios “ABC a voz de ouro”, “Transglobe”, “Phillips”, “Semp”, repentinamente se transformaram em eletrodomésticos dos mais úteis. Presente muito bem recebido por qualquer aniversariante. A partir daí o rádio teve expansão incontrolável, levando, inclusive, à transistorização. A comunicação mudou de forma considerável num país de dimensões continentais como o Brasil.

Sem muita aceitação – pelos inúmeros erros cometidos – as copas do mundo de 1950 e 1954 começaram a ser esquecidas. A de 1950, perdida de forma bisonha, no próprio território brasileiro, para uma seleção que percebeu a fraqueza psicológica brasileira e soube escolher o momento certo da conquista. A de 1954, “assistida à distância” via rádio, não causou tanta ira, porque perdida para a melhor seleção de futebol que já se formou nas disputas dos campeonatos mundiais: a da Hungria, de Puskas, Lántós, Hidegkuti, Kocsis e outros.

Em 1955 e 1956 tudo mudou. O rádio esportivo passou a ser uma potência e o primeiro e principal caminho da informação. Rádio Mauá, Rádio Nacional, Rádio Tupi, Rádio Bandeirantes, Rádio Jornal do Commércio, Rádio Tamoio, Rádio Copacabana, Rádio Continental, Rádio Gaúcha, Rádio Farroupilha, Rádio Guaíba, Rádio Eldorado, Rádio Gazeta, Rádio Record, Rádio Excelsior da Bahia, Rádio Borborema, Rádio Clube de Recife, Rádio Tabajara e Rádio Nordeste passaram a fazer a alegria do povo brasileiro nas tardes de domingo.

A década de 60 começou a todo vapor e o rádio não ficou atrás. Sem televisão e com poucos jornais impressos, em quase todas as residências do Brasil existia um rádio. As rádio-novelas eram atrações à parte e garantiam a mesma audiência que as tele-novelas atuais. Quem não ouviu falar do “Direito de Nascer”? Quem não ouviu falar dos programas de auditório da famosa Rádio Nacional, do fabuloso programa “Papel Carbono” comandado por Renato Murce? Quem não lembra Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Vicente Celestino, Francisco Alves, Francisco Carlos, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Orlando Dias, Moacir Franco. Quem não lembra os programas de César de Alencar?

Pois, foi nesse “boom” provocado pelo rádio, que o “Rádio Esportivo” cresceu, evoluiu, tomou conta do Brasil, popularizando Ary Barroso,  Oduvaldo Cozzi, Luís Mendes, João Saldanha, Orlando Batista, Fiori Giglioti, Doalcei Bueno de Camargo, Waldir Amaral, Jorge Cury, Oswaldo Moreira, Geraldo José de Almeida, José Cabral, Ruy Porto, Ivan Lima, Carlos Lima, Aldir Dudman, Júlio Sales, Peter Soares, Afonso Soares, Mauro Pinheiro, Mauro Campos, Barbosa Filho (maranhense), Alexandre Santos, Darcy Reis, Antonio Edson, Armando Oliveira (o baiano), Jones Tavares, José Ataíde,  Pedro Luiz, Edson Leite,  e tantos outros que hoje desfrutam dos caminhos abertos pelos iniciantes com muita luta e suor.

A segunda Guerra Mundial se aproximava do fim. Nos meses de fevereiro e março de 1945, enquanto morriam 6.000 soldados norte-americanos e 20.000 japoneses numa luta desumana pelo controle de uma ilha, no Brasil, mais precisamente em Teresina/PI, na Avenida Campos Sales, 1.555, vinha ao mundo Juracy Vieira da Silva que, 25 anos depois, estaria lado a lado, ombreando os maiores e mais importantes narradores de futebol do Brasil.

46 dias após o nascimento de Juracy Vieira, isto é, no dia 30 de abril de 1945, Adolf Hitler cometeria suicídio no seu bunker de Berlim. Hitler acabara de nomear Karl Doenitz seu sucessor como Chefe de Estado que, mais tarde decidiu render-se. Mas foi Alfred Jodl, general representante de Karl Doenitz, quem assinou a rendição incondicional de todas as forças armadas alemãs ao comparecer ao Quartel-General de Eisenhower, em Reims, no dia 7 de maio de 1945.

E, quem nasce numa efervescência dessas, não pode ser alguém sem importância. Muito jovem ainda, Juracy Vieira ingressou na Rádio Clube de Teresina, contratado como narrador esportivo. O nome e a fama correram mundo espraiando-se pelo Nordeste. A boa nova chegou aos ouvidos de Paulo Câmara, então Diretor da Rádio Nordeste de Natal, e Juracy Vieira mudou de mala e cuia para a capital espacial, integrando-se definitivamente ao “cast” de uma das maiores e mais importantes equipes de esporte do Nordeste.

A década de 60 se aproximava do fim, e o rádio esportivo do Brasil, que assumira lugar de destaque em 1958 com a conquista da Copa do Mundo, na Suécia, estava em expansão, todos brigando pela audiência que, como retorno, trazia status e bons salários.

Dono de audiência inconteste não apenas em Natal, mas em todo Rio Grande do Norte, Juracy Vieira atravessava fronteiras, ficava famoso e, numa rotina dos bons e competentes, foi contratado pela Rádio Poti de Natal, na época, uma das fortes células dos Diários Associados no Rio Grande do Norte.

E Juracy Vieira já figurava no rol dos mais vibrantes e melhores narradores esportivos do Brasil quando foi contratado a peso de ouro pela Rádio Cabugi de Natal (atual Globo Natal), onde conheceu nomes como José Lira e Hélio Câmara.

O trabalho alimenta a competência e esta leva à fama. Pois foi assim que Juracy Vieira da Silva foi contratado pela Rádio Olinda de Pernambuco, onde era Diretor de Esportes o não menos famoso Aldir Dudman que, esperto, preferia ter Juracy Vieira ao seu lado, no mesmo prefixo, que correr o risco de perder audiência, fato que aconteceria normalmente, tivesse o piauiense ingressado noutro prefixo da capital pernambucana. Na Rádio Olinda, Juracy começou a fazer parte da Cadeia Verde Amarela de Rádio e entrou definitivamente no “hall” da fama dos maiores narradores de futebol do Brasil.

Mas foi na Rádio Repórter de Recife, levado por Gilson Corrêa, que Juracy Vieira conquistou definitivamente espaço em meio e ao lado de feras como Oduvaldo Cozzi, Doalcei Bueno de Camargo, Geraldo José de Almeida, Fiori Giglioti, Ivan Lima – que tem lugar cativo entre os três maiores narradores de futebol do Brasil em todos os tempos – Jorge Cury, Waldir Amaral e até dos mais jovens como Osmar Santos, Dirceu Maravilha, José Silvério e Nilson César.

Com o final da Copa do Mundo de 1970 o rádio esportivo estava em êxtase. O regime político vigente dificultava ações e, embora fosse extremamente monitorado, o rádio tinha sua importância. E no Maranhão a importância do rádio não era diferente. Rádio Ribamar, Rádio Educadora, Rádio Difusora, Rádio Timbira, Rádio Gurupi brigavam pela audiência e, no esporte, onde as figuras de destaque eram Jafé Nunes, José Nunes, Fernando Souza, Luciano Silva, Osmar Noleto, Jota Alves, José Santos, Herbert Fontenele, Guioberto Alves, José Carlos de Assis, garantia o primeiro lugar quem tinha mais competência e ousadia.

E foi num rasgado gesto de ousadia que a Rádio Educadora trouxe de Recife o narrador Juracy Vieira. Para assinar contrato com a emissora do Clero, Juracy Vieira ganhou de “luvas” um Karmanghia e passou a fazer parte do time comandado por Oliveira Ramos. Narrador consagrado, Juracy passou a ser um dos mais altos salários do rádio esportivo maranhense.

A competência, a maturidade e, sobretudo, a vontade de vencer, levaram Juracy Vieira a procurar vôo mais livre. E ele aportou, ainda que provisoriamente, na Rádio Ribamar, fazendo dupla com o mineiro Luciano Silva numa equipe que ainda tinha Osmar Noleto, Herbert Fontenele e outros.

Em 1978, finalmente, Juracy Vieira chegou à Rádio Difusora para trabalhar na equipe chefiada por Fernando Souza e lá encontrou Carlos Alberto Lima Coelho, José Santos, Edy Garcia, Jota Alves, Luciano Silva, José Branco e até Adolfo Vieira.

E, na briga pela audiência, Juracy Vieira fez muitas diabruras. Como essa que aí segue:

“O jogo que não vi” – Saímos de São Luís para transmitir o jogo em Caxias entre Sampaio Corrêa e Caxiense, pelo Campeonato Maranhense. Estava tudo certo e praticamente pronto para realizarmos um bom trabalho. Chegamos cedo a Caxias, pois o jogo começaria às 16h, por causa da falta de iluminação no estádio local. Fomos para um hotel, tomar banho e almoçar. O contato com a empresa de telefonia, para reserva de linha havia sido feito com bastante antecedência, o que nos tranqüilizava. Toda a crônica esportiva de São Luís estava lá para a cobertura do evento. Pela Rádio Difusora, eu e Juraci Vieira, um dos maiores profissionais da área que conheci.

Na hora certa, fomos ao estádio e constatamos que a nossa linha de transmissão não havia sido instalada. Aliás a de ninguém. O telefone mais próximo estava a 500 metros e era impossível trazer uma linha de lá para o estádio. Essa tarefa também não foi cumprida por ninguém. Todos nós teríamos que ver o jogo e dar o resultado pelo telefone do hotel ou de vez enquanto fazer boletins falando sobre o jogo. Juracy pensou diferente. Me olhou e disse:

– Compadre, vamos transmitir esse jogo?
– Vamos. Não sei como, mas topo a parada.
– Então é o seguinte: Você vai pegar meu carro, vai ao estádio, pega a escalação dos dois times, todos os detalhes, enquanto eu peço ao gerente do hotel para passar uma linha do telefone para o apartamento para a gente transmitir esse jogo. Entendeu?

– Claro!
– Então vá pegar as escalações e se prepare para comentar o jogo, homem.
– Tudo bem . . .

E assim fiz. Peguei o carro e me mandei para o estádio. Levantei a situação do gramado, do juiz e auxiliares, público, clima para o jogo e retornei ao hotel. O homem já estava no “ponto” pedindo ao estúdio em São Luís para rodar a vinheta de abertura da Jornada Esportiva. Entrou no ar e depois de todo aquele ritual característico na abertura da jornada me convocou para falar sobre as possibilidades do Sampaio sair com uma vitória, sobre o público e também sobre o juiz escalado para apitar o jogo. Falei tudo o que tinha anotado e voltei para o estádio. Quando a partida começou, retornei ao hotel e avisei que o jogo iniciara. Aí, começou também o meu trabalho de ida e vinda. Apesar de perto, levava uns três minutos para chegar ao local do jogo. O Sampaio venceu de dois a zero (não tenho certeza, pois passaram-se alguns anos). Na hora dos gols, eu não estava presente mas perguntava aos torcedores como havia acontecido e retornava para o hotel e fazia sinal que havia o gol. Juraci narrava a seu modo e logo depois eu entrava fazendo o papel de ponta de gol. Uma loucura.

Pelo menos infernizamos a vida de todos os cronistas que estavam lá e que não conseguiram trabalhar. Um ligou de uma residência para sua emissora e disse que não estávamos no estádio. Outro informava que havia dois loucos usando microfone para inventar um jogo que não estavam vendo. Na verdade foi um jogo fictício. Valeu pela criatividade, pelo improviso, pela vontade de querer fazer, mas erramos em não dizer que era um “serviço especial”.

Quando tudo terminou e os colegas chegaram ao hotel quiseram saber de onde transmitimos, se não fomos vistos no estádio e nem as linhas foram instaladas. Nossas explicações não foram convincentes e tenho certeza que somente agora alguns estão sabendo da verdade. (Carlos Alberto Lima Coelho – Show de Rádio)”.

Foi na Rádio Difusora, comandada pela família Bacelar, onde Juracy Vieira permaneceu mais tempo. Teve também uma rápida passagem pela Rádio São Luís e, atualmente, como membro vitalício da Academia Brasileira dos Maiores Narradores de Futebol, assiste de camarote os primeiros passos do filho Juracy Filho, na Rádio Capital. Porque escolheu isso. Certamente que poderia estar enriquecendo o rádio esportivo brasileiro trabalhando na Jovem Pan, na Globo, ou em qualquer das maiores emissoras de rádio do país. Talento tem de sobra para isso.

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Justiça garante mudança de nome de travesti

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A pedido da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), a Justiça determinou que o cabeleireiro Antônio Carlos Carneiro Serra, 21 anos, passe a utilizar em seu registro civil o nome Dryelly, como é reconhecido socialmente hoje. A ação de retificação do documento de identidade foi proposta pela defensora pública Ana Lourena Moniz Costa, titular do Núcleo de Defesa da Mulher e da População LGBT da DPE/MA.

Autor da ação, o cabeleireiro Antônio Carlos conquistou o direito de ser chamado de Dryelly Carneiro Serra, como é identificado por parentes e amigos desde os 16 anos. Feliz pela decisão favorável ao seu pedido, Dryelly contou que desde criança se sente como mulher, e que ao chegar à adolescência foi aos poucos mudando seus hábitos e postura, processo que se intensificou com a mudança do seu guarda-roupa e a realização de procedimentos para garantir a transformação do seu corpo.

“Hoje, vivo praticamente 24 horas como mulher e a semelhança é tão grande que muitas pessoas ficam admiradas, o que eu acho ótimo. Então como poderia continuar sendo chamada de Antônio Carlos?”, questionou a travesti, informando que muitas vezes deixou de buscar atendimento médico e tinha resistência aos bancos escolares por se sentir constrangida ao ser chamada pelo seu nome de batismo.

Em sua sentença, o juiz Luiz Gonzaga Almeida Filho fez referência à Resolução nº 242/2010, do Conselho Estadual de Educação, que trata sobre a possibilidade de uso de nome de travesti em estabelecimentos de ensino. O magistrado também levou em consideração parecer da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que dispõe sobre a adoção de nome social (nome pelo qual o travesti se reconhece) por travestis e transexuais, bem como jurisprudência brasileira que se posiciona favorável ao caso em questão, tomando como parâmetro decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Segundo Ana Lourena Moniz, a travesti procurou a Defensoria Pública na esperança de ter minimizadas as situações de constrangimento e discriminação, frequentes em locais públicos, em função da desconformidade do seu prenome masculino com a sua aparência feminina.

“Essa é uma ação legítima, trata-se de um direito assegurado pela Constituição e que as pessoas podem e devem pleitear caso se sintam lesadas”, destacou a defensora, considerando que a resposta do Judiciário maranhense pode ser considerada um reflexo da campanha “O nome que eu sou”, desenvolvida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA), em parceria com a DPE/MA e outras instituições. A mobilização tem como objetivo criar uma expectativa pública favorável às decisões judiciais relacionadas aos casos das travestis maranhenses que solicitam a retificação do prenome para adequar-se à sua identidade de gênero.

“Essa é uma das muitas demandas que atendemos no Núcleo com o propósito de assegurar a gays, lésbicas, travestis e transexuais seus direitos. Esperamos que com o sucesso dessa ação outras pessoas, ainda desacreditadas com a possibilidade de mudança do seu prenome, venham nos procurar”, afirmou Ana Lourena Costa.

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FMF aguarda consulta à CBF para esclarecer caso Edgar

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O presidente do Sampaio, Sérgio Frota disse desconhecer qualquer documento dando conta de uma possível rescisão do contrato de Edgar com o clube. O assunto veio à tona, ontem à noite e causou a surpresa de dirigentes do clube e da Federação que até então desconheciam a informação que constava no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

No dia 8 de fevereiro, Edgar (Gladson do Nascimento) assinou novo contrato com o Sampaio. No dia 10, no BID, da CBF consta a rescisão do contrato do jogador com o Maranhão e o registro do novo contrato com o Sampaio.

No dia 14, o BID publica a rescisão do contrato com o Sampaio, sobre a qual, o clube diz desconhecer. No BID, dos dias 15 e 16 de fevereiro, Não consta nenhum registro de atletas do Sampaio.

E onde estaria a irregularidade? É que o Sampaio jogou  no dia 16 de fevereiro, contra o Cordino e Edgar atuou na partida. Na possibilidade da legalidade dessa rescisão, edgar teria atuado de forma irregular.

– O que eu posso adiantar é que o Sampaio não errou nada. O Edgar tem contrato com o Sampaio e não sei quem encaminou essa rescisão. É possível que tenha ocorrido um erro no BID. A gente já viu tanta coissa errada no BID. Você lembra do jogador do Cuiabá na Série D que disseram que estava tudo normal quando não estava? O que eu posso garantir a você é que o Sampaio não errou e não cometeu nenhuma irregularidade – afirmou Frota.

O que precisa ser esclarecido é o fato de constar no BID, da CBF, a rescisão do contrato com o MAC, no dia 10 e com o Sampaio no dia 14. Há quem garanta que esta rescisão possa estar relacionada ao contrato anterior de empréstimo de Edgar ao Sampaio. Nesta hipótese, a CBF e a FMF devem esclarecer como o novo contrato foi registrado, sem antes haver a rescisão do contrato anterior com o Sampaio.

A Federação Maranhense de Futebol (FMF) foi “rápida” e já solicitou à CBF de uma consulta no departamento jurídico sobre a situação do atleta Edgar. A FMF deve se pronunciar na tarde desta quinta-feira.

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Paulo Barros explica diferencial da Unidos da Tijuca

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O carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros, vencedor dos escolas Grupo Especial, considerou o diferencial no seu desfile não fazer um enredo biográfico. O enredo sobre Luiz Gonzaga foi criado em cima de sua figura, explicou ele na manhã desta quinta-feira (23), em entrevista ao Bom Dia Rio.

“Criei a coroação dele. A Tijuca se transformou no cerimonial que iria preparar o desfile que ia receber nobres do mundo inteiro para levar nesse percurso onde Luiz Gonzaga trilhou e cantou”, disse ele.

Vindo de enredos mais abstratos, em que falava de segredos, assombrações e medo, como no ano passado, Paulo Ramos disse que fazer um enredo sobre um personagem este não foi um desafio, pois quando esteve na Paraíso do Tuiuti falou de Cândido Portinari.

No desfile na Sapucaí, personagens do enredo voltaram à Avenida várias vezes, como Michael Jackson ou Pelé.

“Esses personagens eram recebidos no abre-alas, no desembarque, e apareceriam ao longo do caminho, no lombo do burro, no Rio São Francisco. Escolhi alguns personagens que estão no nosso imaginário como Michael Jackson, Elvis Presley, a rainha da Inglaterra, que é uma figura que, quem olha, imediatamente reconhece. Adoro Michael Jackson, mas me preocupo mais com como as pessoas vão enxergar isso, do fazer disso uma escolha própria.”

Paulo Barros contou que a abordagem que fez do enredo foi de sua autoria. Segundo disse, o presidente da escola, Fernando Horta, conversou com ele e colocou em pauta possibilidade de o enredo ser Luiz Gonzaga.

“Ele me conhece e tem respeito pelo artista de criação. Só disse: ‘Procure fazer o que achar melhor’”, comentou.

Adrenalina
Sobre a comissão de frente, que empolgou a Sapucaí, Barros disse que “num espetáculo, a primeira impressão é muito forte.”

“Vamos injetar uma adrenalina logo de cara para que as pessoas já se inflem. A comissão de frente tem o papel de dar esse pontapé inicial”, explicou.

Na apuração, segundo contou, estava muito calmo.

“Estava tranquilo de ter feito um trabalho que considero de perfil diferente do que já fiz, mas não que seja abaixo da média. Foi bom fazer esse enredo até por conta de críticas que não faço enredo nacional. E me deu alegria na plástica, o carro do Mestre Vitalino vou lembrar para o resto da vida pelo resultado que causou, um carro monocromático muito forte.

Barros ainda está pensando no enredo do ano que vem: “Muitas opções surgirão”.

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As Brasileiras apresenta episódio ‘A Viúva do Maranhão’

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Uma viúva que quer namorar e voltar a viver. É assim que Patrícia Pillar define Ludimila, sua personagem em ‘A Viúva do Maranhão’, episódio da série As Brasileiras, gravado nos Lençóis Maranhenses e que vai ao ar na Rede Globo nesta quinta-feira.

Político, empresário e dono de uma elegante rede de hotéis, Justos Barreto partiu dessa para melhor de repente. Deixou fortuna, fama e uma viúva: Ludimila, uma mulher jovem, bonita, rica e fiel a sua memória. Mas até quando Ludimila vai viver olhando para uma foto do seu falecido marido? Um novo amor pode estar bem na frente de seus olhos: o braço direito de Justos, o assessor Edson (Marcello Antony), começa a chamar sua atenção.

– Essa necessidade de viver é tão grande que ela acaba se frustrando – revela a atriz.

Além de Patrícia e Antony, o episódio também traz Leopoldo Pacheco e Suzana Faini no elenco.

As Brasileiras é um programa de Daniel Filho, inspirado na obra audiovisual As Cariocas, realizada com base na obra de Sérgio Porto. Uma coprodução da Rede Globo com a Lereby, a série vai ao ar, logo após o Big Brother Brasil 12.

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Internautas não perdoam o Deivid

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Blog Bola nas Costas

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MB tenta quebrar invencibilidade de Americana

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Nesta quinta-feira (23), o Maranhão Basquete volta a quadra em busca da terceira vitória consecutiva na Liga de Basquete Feminino (LBF). Diante de Americana-SP, única equipe com 100% de aproveitamento na competição nacional, o time maranhense não terá vida fácil. Mesmo assim, os últimos resultados – vitórias sobre Blumenau-SC (83 a 63) e Santo André-SP (61 a 60) – fortaleceram o MB, atual sexto colocado na LBF.

O duelo entre Maranhão Basquete ocorre no Ginásio Municipal Milton Fenley Azenha (Centro Cívico), em Americana, a partir das 20h (horário de Brasília). No confronto entre as duas equipes no primeiro turno, Americana-SP derrotou o MB por 77 a 53, em São Luís.

“Estamos motivados pelos nossos dois últimos jogos. A equipe mostrou evolução, está acreditando mais. Sabemos que é muito difícil o jogo contra Americana-SP, mas, se encaixarmos, a gente pode crescer e surpreender. O Americana-SP é a melhor equipe do campeonato, tem o melhor elenco e é bem treinado. Sabemos dessas vantagens, mas acreditamos no nosso crescimento”, analisou o técnico do MB, Betinho Lima.

Próximos jogos do MB
23.02 – Americana-SP x Maranhão
25.02 – Cantanduva-SP x Maranhão
27.02 – Basquete Clube-SP x Maranhão
03.03 – Maranhão x São Caetano-SP
05.03 – Maranhão x Ourinhos-SP

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Vasco despacha o Flamengo da Taça Guanabara

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Sete jogos e sete vitória, a principal delas conquistada na noite desta quinta-feira. O Vasco fez 2 a 1, de virada, em cima do Flamengo e está na final da Taça Guanabara.

O clássico foi marcado por uma série de oportunidades de gols perdidos pelas duas equipes.

O Flamengo fez 1 a 0 com Vagner Love. O Vasco empatou com a mãozinha do aniversariante do dia. Juninho chutou, o goleiro Felipe soltou a bola nos pés do artilheiro Alecsandro que fez 1 a 1.

O lance que pode ter definido o clássico foi ainda no primeiro tempo. Deivid perdia um gol inacreditável.

O Vasco virou o jogo no 2º tempo com Diego Souza, de cabeça. Depois de quase três anos, o Vasco consegue vencer o Flamengo.

O adversário do Vasco na decisão sairá nesta quinta-feira, no clássico entre Fluminense e Botafogo.

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