Vila Isabel leva o Estandarte de Ouro

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Depois de duas noites de encantamento e de muita atenção aos desfiles, os 11 jurados do Estandarte de Ouro estão reunidos na manhã desta terça-feira para definir os vencedores do prêmio, criado pelos jornalistas do GLOBO há 40 anos. A Unidos de Vila Isabel venceu na categoria melhor escola de samba do carnaval 2012, com o enredo “Você Semba Lá… Que Eu Sambo Cá. O Canto Livre de Angola!”.

Última escola a se apresentar na primeira noite de desfiles, a Vila Isabel iluminou a avenida com carros belíssimos e em tom dourado, que deu um brilho extra ao nascer do dia. Em sua primeira incursão pelo tema África, a carnavalesca Rosa Magalhães conseguiu mostrar até um navio negreiro de forma leve, colorida e diferente. Empolgado com a performance da comissão de frente – que reproduzia o deslocamento de animais e homens na savana africana -, o público do setor um saudou a escola com gritos de “é tricampeã”. Além da beleza, encantou também a criatividade da escola. A porta-bandeira, Rute Alves, por exemplo, carregava nas costas um boneco fazendo as vezes de um bebê. E no setor um, as alas das girafas e dos pássaros, compostas de armações leves sobre os ombros dos integrantes, se destacavam.

Império Serrano, a melhor do Acesso

A Império Serrano abocanhou duas premiações: melhor escola e melhor samba-enredo do Grupo de Acesso, composto por Arlindo Cruz, Arlindo Neto e Tico do Império, em homenagem a Dona Ivone Lara.

A Portela levou o Estandarte de Ouro pelo samba “… E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual”, de Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo. A União da Ilha venceu com a melhor Comissão de Frente. O melhor mestre-sala do desfile do Grupo Especial foi Julinho, da Vila Isabel.

Conheça os vencedores do Estandarte de Ouro 2012:

Melhor Escola: Unidos da Vila Isabel
Melhor Mestre-Sala: Julinho, da Vila Isabel
Melhor Porta-Bandeira: Rute, da Vila Isabel
Melhor Enredo: Vila Isabel
Melhor Ala das Baianas: Vila Isabel
Personalidade: Rosa Magalhães, da Vila Isabel
Melhor Samba-Enredo: Portela
Melhor Intérprete: Gilsinho, da Portela
Melhor Bateria: Portela
Melhor Passista Masculino: Walcir Pelé, da Portela
Melhor Passista Feminino: Nilce Fran, da Portela
Melhor Comissão de Frente: União da Ilha
Melhor Ala: Ala da Comunidade, da Unidos da Tijuca
Revelação: Mestre Noca, da Imperatriz Leopoldinense
Melhor Escola do Grupo de Acesso: Império Serrano
Melhor Samba do Grupo de Acesso: Império Serrano

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Quando o carnavalesco faz a diferença…

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“Amor e tesão pelo que faz”. Essa foi a explicação do carnavalesco Paulo Barros, após mais um grande e histórico desfile da Unidos da Tijuca, na Marquês de Sapucaí.

O gênio da atualidade no Carnaval do Rio de Janeiro nos últimos anos voltou a surpreender a todos, desta vez com um enredo que falou do Centenário de Luiz Gonzaga – O Rei do Baião.

Bem diferente do que fez o todo-poderoso Laíla, no domingo, na Beija-Flor quando mostrou uma São Luís que chegou a meter medo e cheia de misticismo, Paulo Barros tirou a “poeira” e mostrou um sertão rico e cheio de histórias. Até o casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira virararam bonecos de cerâmica numa referência ao Mestre Vitalino. O carro alegórico de Mestre Vitalino, totalmente em cor de barro, reproduzia uma casa de pau a pique. Parecia real. E a sanfona na comissão de frente que ganhou vida com um artista que o Borel foi buscar na Romênia? Quem um dia imaginou isto na Marquês de Sapucaí? Foi sensacional!

A comparação é inévitável. Aqui em São Luís não se fala em outra coisa. È claro que gostamos de virar enredo na Marquês de Sapucaí, principalmente pelo fato de ter sido tema da Beija-Flor, mas que a escola de Nilópolis abusou no misticismo, isso ninguém pode negar.

A criatividade, a ousadia e a inovação que sobrou para Paulo Barros faltou no Carnaval de Laíla. São Luís é muito mais do que todo este misticismo que vimos na Beija-Flor.

Vale mostrar um pouco mais o talento desse gênio chamado Paulo Barros – o carnavalesco que faz a diferença. As fotos são de André Durão/G1.


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Espetáculo da Mangueira e Unidos da Tijuca no Rio

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Estava tudo muito igual no Carnaval do Rio de Janeiro até a Estação Primeira de Mangueira pisar na Marquês de Sapucaí já na madrugada desta terça-feira.

Foi como definiu a cantora maranhense Alcione: “Histórico, emocionante, apoteótico, foi Mangueira”.

Para celebrar os 50 anos do bloco Cacique de Ramos, a Mangueira surpreendeu com uma paradona e uma mesa de samba comandada por bambas como a própria Alcione, Dudu Nobre e Noca da Portela, dentre outros.

Com o exuberante desfile que realizou, a Mangueira é uma das candidatas ao título de 2012.

A segunda noite na Marquês de Sapucaí teve também a Unidos da Tijuca, do sensacional carnavalesco Paulo Barros numa grande homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A resposta ao excepcional desfile da Mangueira veio rápida e em grande estilo.

Destaque todo especial para a sanfona em meio à bateria do Borel. O Mestre-Sala e a Porta Bandeira representaram o artesanato do Mestre Vitalino, de Caruaru-PE. Um outro grande espetáculo. Pelo que tem mostrado nos últimos anos, a Tijuca é mais uma vez candidata ao título de campeã.

E teve também o brilho do Salgueiro que cantou as histórias de cordel. A vermelho e branco também briga pelo título. Também deslilaram nesta segunda noite a Grande Rio, União da Ilha e São Clemente.

Veja as fotos do G1

Mangueira
Unidos da Tijuca
Salgueiro
Grande Rio
União da Ilha
São Clemente

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