Está diferente. Mais colorido, mais alegre e com um som inédito. A cultura nordestina invadiu o carnaval do Rio de Janeiro. Seis escolas Grupo Especial vão homenagear o Nordeste. O Bom Dia Brasil antecipa como vai ser essa mistura de samba com frevo, baião e axé.

O Nordeste vai invadir a Sapucaí. Seis dos nove estados da região são o fio condutor de enredos do Rio de Janeiro. No barracão da Unidos da Tijuca, o baião do rei Luiz Gonzaga – em cada detalhe, há lembranças de Pernambuco.

O aderecista Nino Vitorino nasceu na terra de Gonzagão está se sentindo em casa no barracão. “Nasci em Ingá, que fica pertinho de Campina Grande. Fico me lembrando de lá, não tem como a gente esquecer onde a gente nasceu”, conta.

A bateria da escola inventou até um batida nova. Pernambuco está de novo na Avenida, desta vez no barracão da Renascer de Jacarepaguá. A escola homenageia o pintor pernambucano Romero Britto. Em vez de samba, outro ritmo está em alta: o frevo.

“Eu sou de origem nordestina, não nego isso. É mais do que fazer um carnaval. É dar ao povo nordestino o orgulho de ser brasileiro”, afirmou o carnavalesco Edson Pereira.

Já a Bahia não sai do pensamento de duas escolas das mais tradicionais. Está no enredo da Imperatriz Leopoldinense, que homenageia o baiano Jorge Amado e tudo o que ele gostava. Haja emoção para a baiana Simone, que não vai a Salvador há mais de dez anos. “Estou me sentindo em casa. Está matando a saudade”, comenta.

Na Portela, um outro olhar sobre a Bahia: a religiosidade. Clara Nunes será lembrada no desfile. Aliás, já está sendo lembrada na voz das aderecistas. A literatura do Nordeste também vai estar no Salgueiro. As estrofes do cordel rimam com samba. É neste gingado que a vermelha e branca contagia os operários da escola.

O Maranhão não podia faltar e virou tema da atual campeã Beija-Flor de Nilópolis. O barracão é uma sucursal do estado: de um lado, o bumba-meu boi; do outro o colorido de São Luís, o tambor de crioula e, claro, o reggae.

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