Um navio sul-coreano, da empresa STX Pan Ocean, afretado pela Vale, apresentou ontem, em São Luís, uma rachadura no casco, o que estaria causando a entrada de água no lastro do Vale Beijing, uma das maiores embarcações do mundo. Assim, há risco do navio naufragar, levando todo o minério de ferro que carrega para o mar. Como a embarcação está atracada no píer 1 do Porto Ponta da Madeira — que a empresa mantém no Maranhão —, o terminal está parado, prejudicando o escoamento da produção da Vale.
Segundo fontes da região, desde às 4h de ontem, há vários navios bombeando água do Vale Beijing, com capacidade para carregar 400 mil toneladas de minério. O objetivo é tirar a água do lastro — que está em nível bem acima do normal por causa da rachadura — para reduzir o risco de o navio desequilibrar e afundar.
Embora fique localizado ao lado dos terminais privados da Vale, o Porto de Itaqui, ad$pelo governo do estado, está funcionando normalmente. Por seus portos particulares no Maranhão, a mineradora escoa principalmente minério de Carajás.
O graneleiro que está com problemas é um dos maiores do mundo, comparável ao M/S Berge Stahl, norueguês que po$carregar 420 mil toneladas.
Procurada pelo GLOBO, a Vale chegou a admitir que havia um problema com um navio alugado, mas disse que não responderia os questionamentos. A empresa informou que somente a sul-coreana STX Pan Ocean, proprietária da embarcação, poderia falar da pos$ível pane. A companhia estrangeira não foi localizada para comentar o problema.
A Secretaria Nacional de Portos confirmou o problema com o navio sul-coreano desde a manhã de ontem no porto particular da Vale. O governo, no entanto, não informou detalhes.