Durante a semana passada, a violência no trânsito foi tema recorrente em toda a imprensa brasileira, por dois motivos. O primeiro: somente no ano passado, 40 mil pessoas morreram vítimas do trânsito. Destas, 1,3 mil apenas no Maranhão. O segundo: o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou crime dirigir alcoolizado.
Neste fim de semana, novamente somos testemunhas do resultado nefasto entre álcool e direção. Duas pessoas morreram após serem atropeladas na Avenida Litorânea. O acidente aconteceu sábado. Elas estavam apenas passeando pela avenida e foram surpreendidas pela imprudência do motorista de um Toyota Corola prata. Este não ligara os faróis do carro e ainda dirigia completamente embriagado, conforme informações da polícia.
De maneira cruel, o episódio mostrou as consequências da irresponsabilidade de alguns e também da falta de fiscalização de outros. Apesar de existirem mais de 50 bafômetros em São Luís, não se vê muitas blitze relacionadas à Lei Seca na capital. O que se vê nas ruas são apenas operações relacionadas a documentação de veículos ou do condutor. Isso também é importante, mas apertar a fiscalização contra motoristas alcoolizados é uma medida que tem efeitos preventivos mais consistentes que o aperto da fiscalização contra condutores não habilitados.
Do outro lado, esse episódio também revelou a imprudência dos que ignoram a legislação e bebem bem mais do que o aceitável. Isso é fácil de ver em postos de gasolina e postos de conveniências pelas noites e madrugadas e também na saída de festas e de bares de São Luís. Existem condutores que, sem medo de serem punidos, deixam as festas com garrafas de cerveja dentro de seus veículos, em uma combinação perigosa, imprudente e mortal.
Na semana passada, após falar dos acidentes ocorridos em todo o Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padrilha, considerou as mortes no trânsito como uma verdadeira epidemia. Uma epidemia facilmente evitável, bastando, de um lado uma ação mais efetiva do poder público como entidade fiscalizadora e, de outro, uma maior consciência do condutor.
Como disse também o ministro Ricardo Lewandowski (Supremo Tribunal Federal), durante a ação que resultou na confirmação da tese de que dirigir alcoolizado é crime, pegar a direção após beber “é como o porte de armas. Não é preciso que alguém pratique efetivamente um ilícito com emprego da arma. O simples porte constitui crime de perigo abstrato porque outros bens estão em jogo”. Se todos tivessem essa consciência, provavelmente o trânsito seria mais seguro e o número de mortes infinitamente menor.
Editorial O Estado Maranhão
SE VC FOR MATAR ALGUÉM, NÃO CONTRATE PISTOLEIRO E NEM VC MESMO APERTE O GATILHO. BASTA COMPRAR UMA ARMA QUE ESTÁ A DISPOSIÇÃO DE TODOS E EM ALGUNS CASOS SÓ PRECISA TER CARTEIRA DE HABILITAÇÃO, EM OUTROS CASOS USE A ARMA SEM HABILITAÇÃO MESMO…COMPRE UM CARRO E ESPERE SEU DESAFETO ATRAVESSAR A RUA OU FICAR NA CALÇADA. TOME UMAS DUAS OU DE CARA LIMPA MESMO, E JOGUE O CARRO PRÁ CIMA DELE…PRONTO ESTÁ FEITO O SERVIÇO E NÃO ACONTECE NADA COM VC, NO MÁXIMO VAI PAGAR UMA FIANÇA E SAIR PELA PORTA DA FRENTE A DELEGQACIA, COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO.