O presidente da CBF, Ricardo Teixeira adiou o depoimento que prestaria amanhã na Delefin (Delegacia de Crimes Financeiros), da Polícia Federal, na Praça Mauá, Centro do Rio.
Agora, será definida nos próximos dias uma nova data para que o presidente da CBF preste esclarecimentos à Polícia Federal.
Caso não compareça, neste segundo momento, Ricardo Teixeira será conduzido por policiais à sede da PF no Rio. Como foi intimado, Teixeira não pode se recusar a depor sob pena de responder também por crime de desobediência (artigo 330 do Código de Processo Penal).
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as negociações de um avião que envolveram a TAM, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e dois de seus amigos.
A investigação começou a pedido do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, que pediu a verificação da existência de lavagem de dinheiro nas compras e vendas da aeronave Cessna PT-XIB.
A Folha revelou que a TAM, em 2009, propôs vender um avião novo a Ricardo Teixeira e receber como parte do pagamento o Cessna. A questão é que o PT-XIB já era da própria TAM. Na época, a CBF negociava um contrato de patrocínio com a empresa.
O avião havia entrado no país por US$ 1, o que gerou a suspeita do MPF de lavagem de dinheiro.
A transação com Teixeira não se concretizou. Mas o avião foi comprado e revendido várias vezes por Sandro Rosell e Cláudio Honigman, por preços variados, um deles bem acima do valor de mercado.
Ao final, foi passado para um dirigente da própria TAM.
O MPF pediu o inquérito em setembro. É a segunda investigação da PF sobre Teixeira – supostos recebimentos de dinheiro da ISL são analisados pela polícia do Rio.
Folha
TODOS SE ESCONDEM E NÃO QUEREM ESCLARECER OS FATOS QUANDO ISSO ACONTECE É PORQUE EXISTE ALGUMA COISA ESCONDIDA.