“Nem ouro, nem prata”.
A canção de Ruy Maurity com a qual Zeca Baleiro abriu o seu “Bailão”, pela primeira vez em São Luís era um sinal que o cantor e compositor maranhense dava do como seriam as primeiras horas deste domingo: uma noite para quem não tem preconceito musical.
Logo, Zeca Baleiro vem com “Jorge Maravilha”, de Chico Buarque e dispara: “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. “Eu bebo sim”, Velhas Virgens, “Meu erro”, hit dos Paralamas do Sucesso. “Pingos de amor”, de Paulo Diniz. “Zanzibar”, de Armandinho e Fausto Nilo, “Chão da praça”, de Moraes Moreira, “Fogo e paixão”, um dos sucessos de Wando, teve Nando Cordel, Fagner, A Cor do Som, Guilherme Arantes, Raul Seixas… Comprei um quilo de farinha, pra fazer farofa, pra fazer farofa, pra fazer farofa-fá! Tudo isso, num mercadão ao vivo da Música Popular Brasileira.
A noite esquentaria ainda mais com a participação dos convidados. Primeiro Flávia Bittencourt com a bela “Mar de Rosas”, do grupo The Fevers. Chegam os parceiros das primeiras viagens Jeca e Luís Cláudio. Zeca, Flávia e o público se juntam num grande coral para “Boi de Lágrimas”… Coisa de arrepiar!
De repente bate a saudade e Zeca Baleiro, no improviso com Jeca mandou a bela “De Cajari, pra Capital”, de Josias Sobrinho. Maravilhoso!
Não acabou aí não. Teve Odair José e de cara um convite: “vamos fazer dessa noite, a noite mais linda do mundo. Vamos viver nessa noite, a vida inteira num segundo. Felicidade, não existe, o que existe na vida são momentos felizes”.
Tinha razão o astro do brega romântico. Se não foi a noite mais linda do mundo, certamente todos que estiveram na Lagoa jamais esquecerão do passeio delicioso pela MPB que durou 2 horas e meia.
É claro que muita gente foi ao “Baile do Baleiro” para ouvir as canções do Zeca que todos nós já conhecemos, mas isto ficará para um outro show… Ontem, a noite foi para quem gosta de música [que não toca mais no rádio] e não tem qualquer tipo de preconceito. Eu faço parte deste time. Valeu a noite. Foi mesmo um BAILE.