Tem uma discussão que sempre vem à tona quando chega o periodo Junino e o Carnaval: a veiculação das músicas de cantores e compositores maranhenses nas nossas rádios. Esse é um assunto sobre o qual me sinto absolutamente à vontade para falar.
Muita gente diz que deveria existir uma lei que obrigasse as rádios a executar um percentual “x” de música maranhense. Outros defendem que as empresas instaladas aqui deveriam ser obrigadas a incentivar a produção do artista local.
Nem uma coisa, nem outra. Faço coro àqueles que afirmam que as leis são importantes, mas não são determinantes para obrigar as rádios e as empresas a valorizarem a nossa cultura. Nós devemos começar isso. É como sempre digo em relação ao futebol. Não podemos ter vergonha de vestir uma camisa do Sampaio, Moto ou Maranhão, como não podemos deixar de dizer que a nossa música é boa e que a nossa cultura é rica demais. Temos que sentir orgulho do que é nosso.
O cantor e compositor Mano Borges conta que as coisas já foram melhores para os artistas maranhenses.
– Eu costumo dizer que um Estado, um país só desenvolve se houver investimento em educação, cultura e tecnologia. Sem isso não adianta. Nós perdemos espaços, tanto no que diz respeito à veiculação, como no aspecto de patrocínios. A questão das rádios é só um fator. Se não toca a produção diminui. Outro fator é a pirataria. Hoje não se vende CD em loja, mas apenas em shows. Vamos produzir para quê? Gravar para quê? As leis ajudam sim, mas é preciso uma visão diferente. Como é que a gente tem o São João mais diverso do Brasil e o investimento não cresce? Você vê na TV as cidades brigando para saber qual é o maior São João do Brasil. O São João deles se resume ao forró, aqui no Maranhão temos uma diversidade que não se vê em nenhum outro lugar do país. E nós perdemos espaço. Tínhamos um São João com trinta arraiais e hoje são apenas doze. Parece que cada vez mais piora, os espaços reduziram, reduziram o número de shows também – afirmou.
O radialista João Marcus está na profissão há 27 anos. Ele também é cantor e compositor e defende a existência de uma lei que permita ao artista a continuidade no seu trabalho. João Marcus defende a união dos artistas e acha que é possível as rádios tocarem mais a música produzida aqui.
– Eu acho que faltam duas coisas. É necessário sim uma lei que possa garantir a continuidade do nosso trabalho. Para que a gente todos os anos possa produzir coisas novas. Quanto às rádios não precisa lei nenhuma. O artista precisa fazer um bom trabalho e naturalmente a música vai tocar. Eu tenho que ter competência e fazer um trabalho de qualidade. Não pode ser nada intransigente. Mas eu acho também que é possível tocar mais sim, independente de ter um programa específico ou não nas rádios. Eu te diria ainda que falta um pouco mais de união, de um artista divulgar o outro, de cantar a música dos outros – explicou.
Até quando iremos continuar se lamentando por algo desse tipo, será que os músicos no Maranhão não tem valor mesmo!? ou será que precisamos nos despertar ?! pois a realidade agora é outra, pois o musico ainda não deu conta de que alem do valor, também tem um potencial para transformar esta realidade. Outra coisa que me deixa triste é em saber que alguns falam em fazer musica em outro estado pois acreditam que só assim vai alavancar o seu trabalho, mas digo se continuarmos a pensar deste modo não sobrará ninguém para mudar esse quadro negativo no Maranhão, na qual está por está. Precisamos tomar uma iniciativa pra reverter este quadro, vamos fazer alguns movimentos para que isto mude e irei começar pelo meu universo que é a Universidade por onde iremos fazer discussões para que que o futuro musical no Maranhão não seja apagado e sim cultivado e acima de tudo valorizado na sua essência. Pelo menos eu acredito na mudança, e irei tentar.
Zeca, em primeiro lugar queria lhe parabenizar pelo blog. Com relação aos artistas, toquei durante 20 anos e hoje não exerço mais a profissão, apenas brinco com meus filhos em casa. Acho que a união seria a maior das armas, sem a necessidade de lei. Isso é imposição, e não podemos impor que alguém goste ou não disso ou daquilo, temos que conquistar. Na minha opinião um dos grandes problemas existentes(SEM GENERALIZAR) é que muitos artistas(não só cantores) não conseguem ver o sucesso do outro e querem alcançar esse sucesso derrubando quem esta la em cima, e não procura chegar lá pelos seus próprios méritos. Participei de um projeto chamado “Ilha bela e Magnética” com Carlinhos Veloz e César Nascimento em 1993 se não me falhe a memória, e lá se registrou o maior público do antigo Espaço Cultural. Vem a pergunta, porque isso aconteceu ??? Havia alguma lei impondo algo?? Os caras conquistaram aquele público. Eu mencionei apenas um exemplo, mas existem vários outros que tiveram sucesso. A grande verdade é que a grande maioria recebe uma grana para montar um show ou um projeto, e em vez de fazer um espetáculo, contratam 2 ou 3 músicos, um sonzinho barato, um palco pequeno, e querem que isso seja reconhecido. Volto a afirmar, não estou GENERALIZANDO. Existem vários artistas que não se incluem nessas colocações.
A partir do momento em que todos se unirem e lutarem pelo mesmo objetivo, acho que teremos resultados !!
RESPOSTA: MUTO OBRIGADO CARLÃO, O QUE VOCÊ DIZ É O MEU SENTIMENTO TAMBÉM. VOCÊ ACERTOU NA MOSCA. UM ABRAÇÃO.
JÁ PENSARAM UM PASSEIO TURISTICO ORGANIZADO SAINDO DA RAMPA CAMPOS MELO PERCORRENDO ALGUNS TRECHOS DO RIO BACANGA E ANIL DE ONDE SE TEM UMA VISÃO PANORAMICA DA PARTE VELHA DA CIDADE ATÉ DA PARTE NOVA? NESTES PASSEIOS TERIAM GUIAS TURISTICOS ,COMIDAS TIPICAS , APREESENTAÇÕES DE GRUPOS CULTURAIS E ARTISDAS DA TERRA . TAMBÉM VISITAS AOS PRINCIPAI PONTOS TURISTICOS DA CIDADE NO MESMO ESTILO. ACHO QUE ASSIM PODERIAMOS TER UMA MELHOR DIVULGAÇAO DA NOSSA CULTURA DANDO OPORTUNIDADE PARA OS ARTISTAS DA TERRA . OUVI ONTEM A TARDE UM BOM PROGRAMA NA RADIO CIDADE CUJO O TEMA É DIVULGAR NOSSA CULTURA . A APRESENTADORA LEVOU AO ESTUDIO UM PROFESSOR ESTUDIOSO DA LITERATURA DE CORDEL . ACHEI MUITO INTERESSANTE . TAI UM ESPAÇO QUE PODERIA SER EXPLORADO PELAS OUTRAS EMISSORAS.
SÃO LUIS TEM TODA UMA VOCAÇÃO TURISTICA PELAS SUAS BELEZAS E TRADIÇÕES . NOSSA CULTURA DEVERIA SER MELHOR EXPLORADA TURISTICAMENTE TANTO PELO GOVERNO ESTADUAL COMO PELO MUNICIPAL . LEIS EXISTEM , AS SECRETARIAS DE CULTURA DEVERIAM SER AS PRIMEIRAS A DEFENDE-LAS .POR OUTRO LADO OS ARTISTAS E GRUPOS CULTURAIS COMO JÁ COMENTEI PRECISAM SE ORGANIZAREM PARA REENVINDICAREM SEUS DIREITOS E GANHAREM MAIS ESPAÇOS . SEM PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO NÃO SE CONSEGUE NADA . VIDE O FUTEBOL. VI LÁ EM BELÉM AS EMPRESAS DE ÔNIBUS URBANOS DIVULGANDO O AÇAI , A CERÃMICA E O CARIMBÓ. FIZ UM PASSEIO NA BAHIA DE GUAJARÁ AO SOM DO CARIMBÓ . ESTE PASSEIO TEM DIARIAMENTE . SE FORMOS AO NORDESTE TAMBÉM É ASSIM . OU SEJA É UM CONJUNTO DE AÇÕES DOS GOVERNOS E DOS GRUPOS CULTURAIS . A SOCIEDADE PRECISA PARTICIPAR MAIS ,VALORIZAR MAIS . TODAS AS SEMANAS TEMOS AQUI EM EM NOSSA CAPITAL GRUPOS DE FORA BEM PATROCINADOS FAZENDO SEUS SHOW’S. E O QUE É NOSSO ESQUECIDO. O QUE SE FAZ AQUI A NIVEL DE DIVULGAÇÃO É MUITO POUCO . VOLTO A COMENTAR OS ESPAÇOS EXISTENTES PRECISAM SER MELHOR UTILIZADOS .
REALMENTE ZECA ESTA DIVERSIFICAÇÃO DO BLOG ESTA MUITO BOA ESTAMOS MELHOR INFORMADOS . ZECA AQUI NO NOSSO QUERIDO ESTADO ESPECIALMENTE EM NOSSA CAPITAL ATÉ POR FALTA DE OPÇÕES TUDO GIRA EM TORNO DOS GOVERNOS . TANTO NO FUTEBOL QUANTO NAS BRINCADEIRAS DE CARNAVAL E SÃO JOÃO OS GRUPOS COM RARAS EXEÇÕES NÃO CONSEGUEM FAZER NADA SEM AJUDAS DOS GOVERNOS . TEM GRUPOS QUE SÓ SE REUNEM NOS PERIODOS DOS FESTEJOS . AS ASSOCIAÇÕES E LIGAS NA SUA GRANDE MAIORIA NÃO FAZEM UM TRABALHO , NÃO TEM UM PROJETO , NÃO TEM EMPRESARIOS E EMPRESAS PATROCINADORAS . ALÉM DO MAIS NOSSA SOCIEDADE DE UMA FORMA GERAL PERDEU NOSSA CULTURA VALORIZAM MAIS O AXÉ ,REGGAE E FORRÓ . NO PERIÓDO CARNAVELESCO TINHAM BANDAS DE BELÉM TOCANDO TECNO MELODY NO INTERIOR . SERIA O CASO DOS ARTISTAS CRIAREM UMA ASSOCIAÇÃO , PROJETOS PARA VALORIZAREM SEUS TRABALHOS . ISTO SERVERIA TAMBÉM PARA AS LIGAS E OUTRAS ASSOCIAÇÕES JÁ EXISTEMTES . HOJE EM UM OUTRO COMENTÁRIO CITEI O EXEMPLO DOS ARTISTAS E MUSICOS DE BELÉM QUE SE JUNTARAM , CRIARAM E PRODUZIRAM O TECNO MELODY . GRAVARAM UM BELO DVD E CONSEGUIRAM UM BELO CONTRATO COM UMA GRAVADORA DO SUL . A BANDA CALYPSON PRODUZ TODO O SEU TRABALHO . TEMOS A MATERIA PRIMA OS TALENTOS FALTA A VALORIZAÇÃO . NOSSAS PROGRAMAÇÕES CULTURAIS DEVERIAM SER O ANO TODO IGUALMENTE NO NORDESTE . OS VIVAS PODERIAM SER MELHORES APROVEITADOS NESTA DIVULGAÇÃO. LÁ NO PARÁ NÃO ENTRA AXÉ NEM FORRÓ . NA BAHIA NÃO ENTRA SAMBA NEM FORRÓ . AQUI AS EMPRESAS PRIVADAS LOCAIS PATROCINAM OS DE FORA E ESQUECEM O QUE É NOSSO ALEGANDO A TAL VISIBILIDADE . VCS VIRAM ONTEM O FESTIVAL DE PARENTINS NA BAND? QUE BELEZA ,QUE ESPETÁCULO!
RESPOSTA: OBRIGADO JOAQUIM.
Muito importante a questão que você levanta Zeca. As rádios poderiam sim executar mais a música produzida no Maranhão, mas o Mano Borges foi muito feliz ao perguntar: produzir para que? Realmente falta incentivo do poder público e da iniciativa privada também. Tudo isso deve ser levado em consideração realmente. Parabés pela variedade de assuntos que você está abordando. Eu só gostava de ler sobre cultura e agora você deixa a gente bem informada sobre todos os assunto. gosto bastante do seu blog. Um beijão.
RESPOSTA: MUITO OBROGADO ROSA. ESPERO QUE VOCÊ CONTINUE LENDO O BLOG E ENVIE SEMPRE AS SUGESTÕES. VALEU MESMO.