Robgol nega desvio de verbas

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O ex-deputado José Robson do Nascimento, o ex-jogador Robgol, prestou depoimento ao Ministério Público nesta terça-feira (31) negando as acusações de envolvimento em um esquema de fraudes na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Pará. “Ele compareceu e respondeu a todas as perguntas. Ele alegou que teve cerca de quatro parentes empregados no período em que era permitido ter e que todos prestavam o serviço no local ou faziam assessoria parlamentar externa, que também era permitido”, disse o advogado do ex-jogador, Roberto Lauria, ao G1, por telefone.

Robgol também alegou que são lícitos os R$ 500 mil em dinheiro e R$ 40 mil em vales refeição encontrados na casa do ex-jogador. “Ele levou a declaração do Imposto de Renda mostrando que há lastro financeiro para isso”, disse Lauria.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Pará cumpriram no dia 12 de abril mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa e na casa de servidores e ex-deputados estaduais. Foram cumpridos quatro mandados de prisão, sendo que três servidores foram presos. Todos ligados com a emissão de contracheques dos funcionários.

O Ministério Público (MP) diz que funcionários fantasmas eram criados com salários que variavam de R$ 4 mil a R$ 16 mil. Em outra ocasião eram incluídos bônus salariais de forma indevida – dinheiro que retornava, no fim do mês, para quem chefiava o esquema.

De acordo com os promotores, esse tipo de golpe nos cofres públicos vinha sendo praticado desde 1993 na Assembleia Legislativa, e atualmente o valor desviado chega a quase R$ 1 milhão por mês.

O MP havia pedido a quebra do sigilo de todas as contas da Assembleia que estejam relacionadas ao pagamento dos vencimentos dos funcionários.

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G1

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