E as provas? Onde estão?
A confirmação do pedido de afastamento temporário do Iape do Campeonato Maranhense não deve servir para esconder o fato grave denunciado pelo presidente do Iape, Isaías Pereirinha, após a derrota por 1 a 0 para o Sampaio.
O mandatário do Iape acusou o árbitro Juscelino Souza Santos de receber dinheiro de dirigentes para favorecer o Sampaio. A informação, segundo Pereirinha chegou ao seu conhecimento antes do jogo e diante de tudo que aconteceu durante a partida, ele não teve qualquer dúvida do que chamou de “roubo”.
Pereirinha disse que recebeu a informação de que o árbitro teria recebido R$ 15 mil para favorecer ao Sampaio antes mesmo do jogo. O que me intriga é o fato de Pereirinha ter ficado calado quando deveria ter falado antes mesmo da partida. Se Pereirinha tivesse aberto o jogo, antes de tudo acontecer teria sido diferente.
A decisão anunciada ontem de cabeça quente por Pereirinha se confirmou hoje. O Iape desativou o seu departamento de futebol, pelo menos TEMPORARIAMENTE como está no documento entregue às 19h25min na Federação Maranhense de Futebol.
Não vi nesta segunda-feira nenhuma movimentação do Tribunal de Justiça Desportiva e muito menos por parte da Ceaf e do Sindicato dos árbitros no sentido de divulgar uma nota sequer. Todos, inclusive o presidente da FMF acreditam que o anúncio do presidente do Iape não é definitivo.
O certo é que, a grave denúncia e a decisão de Pereirinha de tirar o Iape do Campeonato Maranhense abre uma nova crise no nosso futebol. Se existe ou não qualquer tipo de armação dentro da FMF em favor deste ou daquele time temos que passá-la a limpo.
Pereirinha deve mostrar as provas do que disse. Do contrário, se optar mesmo por protestar retirando o Iape das competições oficiais estará apenas contribuindo com o fortalecimento daqueles que ainda acham que o futebol não deve ser jogado dentro das quatro linhas.