Um “contrato de risco”, que pode ser rescindido unilateralmente pelo Corinthians, sem pagamento de multa, em caso de faltas a treinos ou atos de indisciplina. Essa ideia partiu não da diretoria do Corinthians, mas sim do próprio Adriano, segundo o presidente do clube, Andrés Sanches.
– Foi o Adriano quem pediu pra colocar cláusula no contrato de que se faltar quatro vezes, pode mandar embora, sem multa – disse Andrés, em entrevista no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, exibido na noite desta segunda-feira.
O dirigente falou abertamente de quanto será o salário do Imperador: R$ 300 mil, podendo chegar a R$ 500 mil, mediante o cumprimento de algumas metas. Sanches minimizou o histórico polêmico do jogador.
– Quem não vai querer o Adriano em um time? Só louco! Todo cidadão tem que ter chance na vida. Tenho convicção de que o Adriano é um cara diferenciado no campo.
Andrés admitiu que Ronaldo teve papel importante na contratação, incentivando Adriano. O dirigente negou, porém, que o Fenômeno tenha participação financeira no negócio. Andrés esclareceu que a empresa de Ronaldo, a 9ine, vai apenas gerenciar comercialmente a carreira de Adriano.
Ainda sobre Ronaldo, Andrés disse que pensa num jogo de despedida ainda este ano, depois do adeus do Fenômeno à Seleção Brasileira, que será feito num amistoso com a Romênia, dia 7 de junho, no Pacamebu.
Já a data da apresentação de Adriano com a camisa do Corinthians virou motivo de deboche de Andrés sobre o rival São Paulo. Ao ser questionado se o evento seria nesta terça-feira, coincidindo com a apresentação de Luis Fabiano ao Tricolor, o presidente alvinegro respondeu:
– Não, será durante esta semana (quinta ou sexta-feira) ou na semana que vem. Não é justo fazer isso com o São Paulo.
O presidente corintiano voltou a afirmar que o estádio em Itaquera, o “Fielzão”, vai sair do papel “sem dinheiro público nenhum”. Ele admitiu, porém, que R$ 400 milhões virão de empréstimo do BNDES, o banco de fomento do governo federal. Sobre a utilização do futuro estádio na Copa, disse que “se não for no campo do Corinthians não terá Copa em São Paulo.”
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