O atacante maranhense Guilherme está em Belo Horizonte. O jogador, ex-Cruzeiro, que estava no Dínamo de Kiev, da Ucrânia, foi contratado recentemente pelo presidente Alexandre Kalil para substituir o ídolo Diego Tardelli, negociado com o Anzhi, da Rússia. O reforço levantou a polêmica de jogadores que fizeram sucesso no arquirrival seriam os preferidos da diretoria atleticana. Guilherme não quis saber de nada disso.
– Eu acho que não saí devendo a ninguém. Eu fiz meu trabalho bem feito no Cruzeiro. O time ganhou o retorno pelo que fez por mim, então saí de cabeça erguida, e não devo nada a ninguém, a não ser ao meu torcedor, que é o do Atlético-MG. Isso de ‘carrasco’ vai ficar na história, não tem jeito de mudar. Realmente foi, não tem como ser diferente. Mas agora visto a camisa do Atlético-MG.
De fato, Guilherme teve grande passagem pelo Cruzeiro, principalmente em jogos contra o Atlético-MG. Em oito partidas, foram seis vitórias, um empate e apenas uma derrota. Além disso, foram seis gols marcados pelo atacante. Sem se preocupar com a repercussão junto às duas torcidas, Guilherme se mostrou muito animado.
– A expectativa é das melhores. Estou muito feliz por voltar ao meu país, em um clube de massa, que tem tudo para fazer boas competições e ganhar títulos. Espero chegar para ajudar, não só pelos gols, mas como pela falta que o Tardelli vem fazendo.
Guilherme não quis falar sobre prazo para entrar em campo. De acordo com o atacante, o departamento médico do Atlético-MG é que vai definir. O jogador não poderá atuar no Campeonato Mineiro, já que as inscrições já foram encerradas. A estreia deverá ser em uma eventual semifinal de Copa do Brasil ou na estreia do Campeonato Brasileiro.
– Tive que pensar. Foi tudo muito calculado, conversado muito com minha família. Eu já queria voltar ao Brasil, mas agora é trabalhar, fazer os exames e ficar 100%. Estou bem fisicamente, mas já tem uma semana que não faço nada. Os profissionais do Atlético-MG vão fazer a avaliação para ver em quanto tempo de treinamento vou ficar bem.
Sobre o fracasso no futebol europeu – foram apenas 16 partidas em quase dois anos –, Guilherme preferiu colocar a culpa no trabalho dos ucranianos.
– É difícil entender a filosofia de trabalho dos ucranianos, mas isso faz parte do passado. O importante foi ter fixado na minha cabeça na qualidade do meu trabalho.
O jogador faz exames médicos e, se for aprovado, deverá ser apresentado nesta sexta-feira, na Cidade do Galo.
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