Ronaldinho Gaúcho é do samba. Um sujeito com malemolência. Em campo, dribles, jogadas de efeito e uma ginga especial. Nas comemorações, mostra que conhece bem o riscado e vira passista. Uma paixão tão avassaladora como a que ele tem pela bola. Parte da programação de carnaval do camisa 10 do Flamengo está definida. Além da participação nas baterias das escolas Acadêmicos do Grande Rio e Portela, o craque criou o bloco “Samba, amor e paixão”, que vai desfilar pela praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
A folia pode começar uma semana antes, no Engenhão. Neste domingo, o Rubro-Negro enfrenta o Boavista na decisão da Taça Guanabara, às 16h (de Brasília). A primeira de Ronaldinho na volta ao Brasil depois de uma década no futebol europeu. A primeira dele com a camisa do Fla.
Uma final para marcar o primeiro ato do novo monarca da Gávea. Quarenta e seis dias depois de uma apresentação apoteótica diante de 20 mil torcedores e de 444 minutos em campo, o astro, o capitão do time, tem de brilhar. Ele quer dar o espetáculo que os rubro-negros esperam. Quer dar volta olímpica, a volta por cima depois de um período de má fase na Europa.
Ronaldinho não enjoa do sabor da primeira vez. Foi assim na estreia, dia 2 de fevereiro, contra o Nova Iguaçu. Um jogo em que teve muita vontade, lampejos de genialidade e uma nítida emoção por exercer de fato e direito a frase que disse durante a apresentação oficial: “Agora eu sou Mengão”. Após a vitória por 1 a 0, gol de Wanderley, o craque ficou sozinho em campo. Contemplou e foi contemplado. Aplaudiu e foi aplaudido pela nação. De arrepiar, segundo ele.
O primeiro gol veio no jogo seguinte. Gol de pênalti que virou gol de placa no estádio Moacyrzão, em Macaé. Contra o Boavista, adversário da final, ele abriu a vitória por 3 a 2, no último dia 6, com direito a sambadinha na comemoração. Dez dias depois, marcou com bola rolando. Foi na vitória por 3 a 0 sobre o Murici-AL, pela Copa do Brasil. Após cruzamento de Léo Moura, escorou de cabeça.
Houve também a emoção do primeiro clássico. De cara, um jogo decisivo. Contra o Botafogo, há uma semana, estava em disputa a vaga na final do primeiro turno do Carioca. Para muitos, o melhor jogo de Ronaldinho até aqui. Depois do empate por 1 a 1 no tempo normal, vitória rubro-negra nos pênaltis. Ele sequer precisou cobrar o dele, mas pegou o “Bonde do Mengão sem freio”, funk que virou hino entre os jogadores.
A partida contra o Boavista será arbitrada por Marcelo de Lima Henrique, com os auxiliares Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Antônio Muniz de Oliveira. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos, e a TV Globo transmite para os para os estados do RJ, ES, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF, além de SC, exceto Florianópolis-SC.
Por Richard Souza, Globoesporte.com