Por Joaquim Nagib Haickel
Secretário de Esporte e Lazer
Vários jornalistas através de seus matutinos, rádios e blogs, noticiaram a minha ida ao Ministério do Esporte alguns dias atrás, onde estive tratando de assuntos de interesse da secretaria de estado que hora dirijo.
Com o ministro Orlando Silva tratei da possibilidade de implantarmos no Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz, um NEB, núcleo de esporte de base, embrião para um CTO, centro de treinamento olímpico, passo forte para que se possa transformar a nossa capital em cidade olímpica.
Nesse sentido temos que apresentar até o dia 4 de abril um projeto ao COB, para que São Luis possa estar apta a ser uma das cidades brasileiras que em 2016 poderá receber delegações dos países que queiram vir para cá, para aclimatação de seus atletas, antes do início das competições no Rio de Janeiro. Essas tratativas foram feitas por orientação da governadora Roseana Sarney, que em uma conversa comigo disse que gostaria de ver implantado em nossa cidade um centro de esporte de alto rendimento, e até sugeriu o atletismo, tendo em vista a aptidão de nossos jovens para essa modalidade.
Além disso, falamos sobre o projeto 2° Tempo, onde poderemos beneficiar, com duas horas de práticas esportivas e recreativas, três vezes por semana, entre dez e quinze mil crianças de nosso Estado.
Naquela ocasião, aproveitamos também a oportunidade para pedir o apoio do ministro para a rápida análise dos pedidos de bolsa atleta dos jovens maranhenses que pleiteiam tal benefício do governo federal.
Mas devo dizer que tudo isso foi conversado na esteira do assunto principal que me levou à Brasília. Fui principalmente ao Ministério do Esporte tentar salvaguardar mais de 80 milhões de reais em emendas parlamentares para 2011. Desse valor, metade é destinada ao governo do estado.
Veja bem como são as coisas em nossa aldeia, a ênfase da notícia de minha ida ao Ministério do Esporte não foi nenhum dos fatos citados acima, mas sim o que passarei agora a relatar.
Havia falado ao telefone com os deputados Flávio Dino e Domingos Dutra e pessoalmente com os deputados Gastão Vieira e Ribamar Alves, no sentido de tratarmos sobre suas emendas parlamentares. Nessas oportunidades pedi que eles intercedessem no sentido de marcar uma audiência no ministério. A audiência foi marcada por Flávio que é do PC do B, mesmo partido do ministro.
Falei desse assunto com vários parlamentares, mas só alguns puderam me acompanhar devido a compromissos anteriores ou por não estarem na cidade. Falei inclusive com os senadores Lobão Filho e João Alberto, ambos se mostraram muito interessados em comparecer à audiência, mas naquela tarde estariam votando a nova proposta do salário mínimo.
De última hora, meu amigo e ex-secretário de infra-estrutura, Astrogildo Quental, com quem me encontrei na casa do presidente Sarney, pediu que fosse junto para falar com o ministro, e foi.
Pois bem, a notícia deixou de ser o fato de um obscuro secretário de uma pasta pouco relevante, de um estado pobre, ir a um ministério pleitear benefícios para sua gente, passando a ser o fato deste secretário ter ido acompanhado de deputados adversários do governo que ele representa. A notícia até poderia ter esse viés, desde que louvasse o fato de adversários políticos identificarem no governo do qual discordam, a possibilidade de trabalharem juntos em beneficio de seu Estado, esquecendo o antagonismo e acreditando no trabalho que pode ser desenvolvido nesse setor.
O que a imprensa deveria dizer é que tanto o secretário e o governo que ele representa, quanto os referidos deputados, que se opõem a esse governo, encontraram algo em comum, algo em que acreditam e concordam, a utilização do esporte como forma de tentar superar as barreiras que separam nossa gente das oportunidades de sucesso, de realização e de felicidade. Era isso que eu gostaria de ter lido nos jornais e nos blogs de minha terra.
Quanto às fofocas decorrentes dessas notícias, não me interesso por elas de forma alguma. Tenho certeza que a governadora Roseana Sarney pensa e agi como estadista, com sabedoria e grandeza, não dando ouvidos nem margem para picuinhas, coisa que parte de nossa imprensa insiste em fomentar.
No mais quero agradecer desde já a repercussão desse documento, onde reafirmo meu compromisso com a difícil missão que me foi confiada pela governadora, que é soerguer o esporte maranhense e para conseguir isso farei tudo que estiver ao meu alcance, desde que esteja dentro da legalidade.
Zeca vai aqui uma segestão ao Secretário Joaquim Haickel, que ele faça um projeto no atual parque folclórico da Vila Palmeira um verdadeiro local para aquela comunidade praticar esportes diversos, construindo várias quadras, um pista de corrida e caminhada e um campo de futebol com arquibancada, atualmente naquele local é palco para festas de Regaae, promovidas pelo deputado que não faz nada pelo povo e sim pelo bolso dele Pinto Itamarati e cultos de Umbanda, promovido pelo vereado Astro de Ogum, nada contra o Regaae e Umbanda, alí com esse projeto iria se formar vários atletas nas diversas modalidades e retirar muitos jovens das drogras, repasse essa ideia por favor ao Secretário.
Secretário Joaquim Nagib Haickel,
Todos nós ficamos mui contentes em ver os esforços desprendidos por V.Sa no sentido de viabilizar São Luís como sede para treinamento olímpico, trazendo para nossa capital atletas de alto nível técnico. Sem sombras de dúvidas isto será algo muito bom. O NEB no Outeiro da Cruz poderia ajudar nossos jovens a optarem por práticas esportivas de alto rendimento, sobretudo espelhando-se em atletas de ponta que certamente viriam passar uma temporada aqui. Contudo, necessário é que haja reformas no Complexo, e não só nele, mas em suas circunvizinhanças, pois o seu principal acesso mais parece um corredor polonês, comprometido, ainda mais, por uma distribuidora de material de contrução onde se abrigam inúmeras carroças. Estas mesmas carroças já chegaram a obstruir a entrada do ônibus da delegação de basquete femenino do Canadá numa situação vexatória jamais vista talvez em qualquer lugar do mundo. Fui testemunha ocular da situação contemplando os olhares absortos das atletas canadenses diante de um quadro surreal, perplexas, estarrecidas, imóveis, paralizadas. Tanto a avenida dos Franceses como todo o Barreto requer ação enérgica de melhorias, pois de que valeria dotar o Complexo do Castelão de adendos ao esporte se ao lado sobeja bagunça, desorganização, sujeira. Estes ingredientes juntos fulminaram coma candidatura de São Luís à sede da Copa do mundo de 2014. Não é possível que engulamos elefante e coamos mosquito a vida inteira. Querem transformar o Complexo? – Comecem pela avenida que lhe dá acesso, comecem pelo bairro que lhe cerca, favelizado, com esgoto a céu aberto e antro para o tráfego e consumo de drogas. Abram espaço para o trânsito de automóveis retirando (por desapropriação de interesse público) o depósito de venda de material de construção, melhorando o fluxo viário que fica comprometido com grandes eventos na região; aproveitem para retirar as carroças, até porque São Luís permite o tráfego de semoventes em avenidas enquanto a lei exige velocidade compatível com o fluxo na proporção da metade da velocidade máxima permitida na via (no caso da avenida entre 30 a 40 Km por hora no mínimo) e as carroças não rodam mais que 5Km/h. Uma bagunça total que trava ainda mais o caótico trânsito da cidade. O povo de São Luís, o povo do Maranhão merece bem mais. Queremos sim eventos esportivos, crescimento do esporte, mas queremos também, e acima de tudo, respeito por parte das autoridades que deveriam agir sem medo de fazer o que é certo, mesmo que com medidas impopulares de certa categoria visando o bem maior da coletividade, visando a ordem, a lei. Temos aceitado qualquer coisa no estado, na cidade, certas formas de liberdade como que querendo agradar a todos e, no final, não agradamos a ninguém. Assim, agem nossos políticos. Que tal,então, a desfavelização do Barreto antes? Que tal o projeto minha casa minha vida na região? Que tal o alargamento da Avenida para aonde se deseja viabilizar um mega projeto esportivo? Uma reurbanização total? Que tal o Governo federal nesse empreendimento ousado? Pois bem, difícil demanda, não é mesmo? Sim, senhor, acredito na boa vontade do Secretário e, justamente por isso, peço-lhe que analise melhor a situação e, quem sabe, juntamente com a governadora do estado e do governo federal, transforme o Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz em algo digno para a presente e futruras gerações.