Largo do Desterro, 12 de fevereiro de 2011.
Este foi o local escolhido para a realização do Desterro Feliz – um projeto que leva esporte e lazer aos bairros de São Luís, por meio da secretaria de Estado de Esporte e Lazer.
O projeto Maranhão Feliz teve início no fim do mês de janeiro no bairo da Liberdade. A exemplo da Liberdade, a criançada teve uma manhã cheia de novidades. Eles puderam praticar um pouco de voleibol, basquete, futebol de travinha, jogo de damas, tênis de mesa e ainda caíram no samba ao som da bateria da Flor do Samba.
E o esporte se juntou à cultura num bairro que faz parte da história de São Luís.
É lá no Desterro que fica a Igreja de São José do Desterro, a mais antiga de São Luís. Foi erguida no ano de 1618 e sofreu muitas reformas, pois foi saqueada por Koin Anderson, que levou todos os objetos sagrados, de ouro e de prata, além dos que foram roubados e vendidos. A luta de homens católicos da época fizeram com que ainda hoje essa igreja se mantenha, que por sinal é a única Igreja do Brasil que apresenta traços de estilo bizantino. Atualmente seu interior abriga um pequeno museu de paramentos eclesiásticos.
É lá no Desterro também que está localizado o Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão (Mavam) e a sede da Escola de Samba Flor do Samba – uma das mais tradicionais do Carnaval em São Luís.
O secretário Joaquim Haickel destacou a importância de levar o esporte e o lazer ao Desterro.
– Olha, hoje é o Desterro Feliz. Na porta da Flor do Samba, com essa meninada toda a gente está dando continuidade ao projeto Maranhão Feliz e o governo do Estado está consciente de que esta é a maneira mais eficiente e funcional de se cooptar os jovens para o nosso lado. Tirá-lo do ócio, da marginalidade, do uso de drogas. É a maneira mais barata. É a maneira mais fácil. É a maneira mais efetiva de se conseguir isso. A governadora Roseana Sarney e todos os secretários tem consciência disso e tem nos apoiado sobremaneira. O garoto acabou de fazer um gol no futebol de travinha e essa sensação, essa alegria dele, ele tem que entender que é muito mais importante ter este prazer, do que o prazer das drogas. É isso que nós pretendemos com esse projeto.
Mais afastada, mas atenta a tudo, a dona Guiomar Sampaio da Silva, de 86 anos acompanhava a movimentação que mudou a rotina do bairro.
Uma das mais antigas moradoras do Desterro, dona Guiomar disse que gostaria que todo tempo tivesse aquela movimentação para as crianças.
– Era bom se isso fosse para sempre, essa movimentação hoje aqui. Isto ajudaria muito essas crianças que ficam sem ter o que fazer e deixam de ir à escola – afirmou.
Mesmo sem saber o que disse dona Guiomar, como primeira experiência, a Sedel ao final da realização do Desterro Feliz entregará à comunidade do Desterro um jogo de rede de voleibol e outro de futebol de travinha para que as crianças possam continuar praticando esporte durante a semana.
Veja como foi a manhã de esporte e lazer no Desterro