Sereno e sem muito alarde, Deco comemorou seu primeiro título no país onde nasceu. Com a experiência de quem já levantou duas Liga dos Campeões da Europa e conquistas por todo o mundo, o luso-brasileiro não entrou em campo na decisão contra o Guarani, neste domingo, na vitória por 1 a 0 que garantiu o troféu do Brasileirão, mas, vivendo dia de torcedor, vibrou com cada jogada de um triunfo especial.
– É muito especial e diferente. Ainda mais com um título que sempre foi tão desejado pelos torcedores.
Campeão por Barcelona e Chelsea, o luso-brasileiro, enfim, pode ouvir uma torcida gritar em alto e bom som “é campeão” em português. Algo que não acontecia desde a época em que defendeu o Porto (POR). A festa tupiniquim, no entanto, foi diferente.
– Fazia tempo que não ouvia um grito de campeão em português. A última vez foi nos tempos de Porto, em Portugal, mas é diferente. Esse título foi muito desejado por todos nós.
Ausente na partida por uma lesão na coxa direita, Deco admitiu que viver o papel de torcedor não foi cômodo.
– Foi horrível. A pior semana da minha vida. Nunca tinha passado por isso, ficar fora de uma final. Ainda mais essa que foi tão importante.
De volta ao Brasil após 13 anos na Europa, o apoiador não tem dúvidas de que a escolha pelo Fluminense foi bem feita.
– Decidi vir pela estrutura e ambição que o clube tinha, com um treinador vencedor, que era uma garantia. Sabia que o time era bom e podia conquistar coisas, foi o que aconteceu.
Deco participou de 16 partidas na campanha do título tricolor e marcou um gol.
Participaram da cobertura Cahê Mota, Eduardo Peixoto, Fred Huber, Richard Souza e Thiago Lavinas, do Globoesporte.com