Após a vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte nesta terça-feira, em Joanesburgo, o técnico Dunga analisou a atuação do Brasil na estreia pela Copa do Mundo. Segundo ele, o time sentiu a ansidedade do primeiro jogo, mas melhorou no segundo tempo. O comandante da seleção também explicou as substituições feitas na partida (Elano, Kaká e Felipe Melo saíram para as entradas de Daniel Alves, Nilmar e Ramires) e falou sobre a dificuldade de enfrentar times que armarm fortes retranca. Confira os principais pontos da entrevista coletiva:
Ansiedade na estreia
– A estreia é sempre difícil, tem aquela ansiedade após um longo período de treinamento. Não só eu como os jogadores esperam uma melhora na próxima partida. Todo mundo quer fazer gol e ninguém quer levar. O importante é que o time teve mais velocidade no segundo tempo. O espírito é esse. Não podemos nos contentar com o que passou.
Que jogou melhor: Brasil ou Alemanha?
– Todas as seleções têm que jogar com eficiência. Sem isso isso não chega a lugar nenhum. A Alemanha fez um placar mais dilatado, mas o Brasil fez uma boa partida no segundo tempo. No primeiro, a gente não tinha pego mecanismo certo do jogo, o que aconteceu depois.
Substituições
– Já estava prevista a saída do Kaká. Havia cinco meses que ele não jogava 90. Coloque o Nilmar para dar mais velocidade. Sobre o Daniel, eu o coloquei por ele ter características parecidas com as do Elano e também tem um bom chute de longe. Já o Ramires entrou para dar dinâmica. sofremos um gol depois, mas isso acontece, é normal no futebol.
Por que Nilmar e não Julio Baptista na vaga de Kaká?
– Eu tenho 23 opções, no elenco. Se fosse apenar subsitutuir um pelo outro, eu optava pelo Julio Baptista. Mas eles (coreanos) estavam em linha. Por isso eu quis colocar um jogador para dar mais velocidade, e esse era o Nilmar.
Brasil joga melhor contra adversários mais fortes?
– Quando se enfrenta uma seleção ofensiva, você tem espaço. Quando um time joga fechado, fica difícil. É preciso acelerar erra o passe, tem que ter persistência. Mas a nossa movimentação foi perfeita no segundo tempo, principalmente quando passava o maicon. E criou bastantes oportunidades.
Robinho
– O Robinho tem uma versatlidade grande, faz várias funções. Estou feliz por esse crescimento dele. Lembro que ano passado, quando eles estavam no Mahcester City, vocês (jornalistas) queriam ele fora da seleção. Eu lembro bem disso, tenho memória de elefante.
Daniel Alves x Elano
– É uma opção tática a gente tem isso no plantel, Depdende de como o jogo está se desenrolando. Queria usar o chute de longe do Daniel, não estávamos tendo essas oportunidades. Temos essa opção no elenco, mas o Elano continua jogando.
Importância do saldo de gols
– Temos que ver como eles (Costa do Marim e Portugal) vão jogar contra a Coreia né? não temos como prever o futuro, para saber se o saldo será desiviso. Mas nós queremos jogar melhor.
Acompanhei atentamente as estreias Argentina, Inglaterra, Alemanha, Itália e Brasil na Copa do Mundo. E apenas a seleção da Alemanha chegou a impressionar. Como uma grande seleção do futebol mundial, os alemãs fizeram o jogo contra a Austrália ficar fácil e venceram por 4 a 0.
A Argentina estreou contra a Nigéria um adversário mais qualificado. Venceu por 1 a 0, mas poderia ter sido nem mais fácil se tivesse feito os gols que perdeu logo no início da partida.
A Inglaterra não encontrou moleza contra os Estados Unidos. O frangaço sofrido pelo goleiro Green complicou os ingleses e o empate por 1 a 1 acabou sendo justo.
A Itália também enfrentou muita dificuldade diante do Paraguai. Até tentou ser uma seleção ofensiva, mas não conseguiu sair do empate de 1 a 1. A atual campeã mundial também não impressionou na estreia.
Bem e hoje foi a vez do Brasil. Depois de um primeiro tempo sem nenhum brilho, a Seleção Brasileira conseguiu marcar na etapa final para alívio de todos. Foi 2 a 1 e nada mais. De todas as estreias, sem dúvida a do Brasil foi a pior até porque o nosso adversário em relação a essas outras grandes seleções foi o mais fraco.
Por enquanto, vou ficar com a Alemanha. Esta sim brilhou na primeira rodada. Vou esperar amanhã para ver a Espanha.
A Seleção Brasileira retornou para o 2º tempo com maior movimentação. Kaká aparece mais no jogo. O alívio viria aos 10 minutos Maicon é lançado por Elano e quase sem ângulo faz o primeiro gol do Brasil na Copa. Aos 27 minutos, Robinho descobre Elano que dentro da área bate na saída do goleiro coreano. Dois belos gols numa estreia sem muito brilho e um gol da Coreia para assustar novamente os brasileiros no fim do jogo. Foi de bom tamanho.
O Brasil larga na frente e lidera o Grupo G com 3 pontos ganhos. No outro jogo, Costa do Marfim e Portugal empataram por 0 a 0. O Brasil volta a jogar no domingo (20), às 15h30, contra Costa do Marfim. Portugal e Coreia do Norte se enfrentam na segunda-feira, às 8h30.
Foto do site da CBF
Com discurso firme e diplomático, Zico tratou de deixar claro que Rogério Lourenço é o treinador do Flamengo. O diretor-executivo argumentou que a troca da comissão técnica foi feita para deixar o comandante do time mais confortável para trabalhar. Mas a saída do preparador de goleiros Roberto Barbosa deixou Bruno irritado, ao ponto de ter comportamento estranho nesta terça-feira, na Gávea.
O goleiro chegou atrasado, mostrou-se desinteressado, e nem ao menos demonstrou respeito na hora em que Zico discursava no centro do gramado. Bruno ficou fora do círculo, sem prestar atenção nas palavras do dirigente. Quando o discurso do dirigente acabou, o camisa 1 não treinou. Foi embora mais cedo, alegando estar resfriado e com dores nas costas, mesmo sendo o primeiro dia de trabalho (vale ressaltar que o goleiro participou, do início ao fim e jogando como atacante, de uma pelada, no último domingo, sem demonstrar qualquer problema físico). A assessoria do clube e do jogador garantiram que ele cumprimentou Zico calorosamente, no vestiário.
Mas o comportamento do polêmico goleiro, que já deixou claro em diversas situações que não quer mais permanecer no Flamengo, foi amenizado por Zico. O dirigente reforçou que a mudança na comissão técnica pode ter deixado alguns jogadores chateados, mas que isso não é motivo para não continuar o trabalho.
– Os profissionais que estão aqui têm contrato com o Flamengo. Não queremos ninguém insatisfeito aqui. Pelos serviços prestados, agradeço aos profissionais (da comissão técnica) que estavam aqui. Mas jogador não pode ser dependente de A ou B. Lógico que se A ou B não estiverem satisfeitos, que me comuniquem para tentarmos encontrar alguma forma para ter alegria de estar aqui – disse Zico.
Sobre o comportamento de Bruno, o dirigente foi comedido.
– O jogador apresentou uma lombalgia, não fez o trabalho no campo, mas fez fisioterapia. Qualquer coisa a respeito de lesão tem de falar com o médico. Dentro do futebol pode até ser normal que certos jogadores tenham amizade. Mas não pode depender desse ou daquele profissional para trabalhar, até porque isso diminui a sua competência. Se achar que é bom só com o amigo do lado, ele está se desvalorizando. Não posso falar só por causa de um dia. Hoje foi só uma apresentação. O importante é daqui para frente – analisou.
A chateação de Bruno já era explícita antes mesmo de o Brasileiro ser paralisado para a Copa do Mundo. No voo de volta de Santiago, quando o Flamengo foi eliminado da Libertadores pelo Univerisad de Chile, o goleiro comentou que não aguentava mais o clube e precisava mudar de ares. A demissão do preparador de goleiros, Roberto Barbosa, aumentou ainda mais sua insatisfação. Para o lugar de Barbosa, que foi para o Cruzeiro, o Flamengo contratou Cantarelli.
Essa não foi a única mudança na comissão técnica. Também chegaram o auxiliar-técnico Marcelo Buarque, o preparador físico Toninho Oliveira, e seu auxiliar, Diogo.
Próximos adversários do Brasil no Grupo G da Copa do Mundo, Costa do Marfim e Portugal desapontaram na estreia e não passaram de um magro 0 a 0 no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, demonstrando que estão, de fato, na briga pelo segundo lugar da chave. A partida até que teve alguns momentos de emoção, principalmente nos pés de Cristiano Ronaldo na etapa inicial, entretanto foi marcada mais pelo nervosismo e forte marcação de ambas equipes. Drogba, que chegou a ser dado como carta fora do baralho do Mundial, superou a operação no braço direito e entrou no segundo tempo com uma tala no local. Mas pouco produziu.
Na próxima rodada, os marfinenses encaram a seleção brasileira no estádio Soccer City, em Joanesburgo, no domingo que vem. Já os lusos pegam a Coreia do Norte no dia seguinte, na Cidade do Cabo.
Faltam dois jogos para o fim da Copa União. A competição que vale vaga ao campeão na Copa do Brasil em 2011 bem que poderia ter servido para Sampaio e JV Lideral observarem alguns atletas para o Campeonato Brasileiro Série D.
Durante toda a Copa União vários jogadores se destacaram. Dois inclusive já foram embora [Junior Chicão e Edgar], mas outros ainda estão espalhados por aí e deveriam ser olhados com carinho por dirigentes de Sampaio e JV.
O Sampaio anunciou um time novinho, com 12 jogadores, todos escolhidos a dedo por Arnaldo Lira, um treinador acostumado a buscar jogadores no futebol do Maranhão. Que diga o Diones. Onde o Lira vai, lá vai também o Diones.
No JV Lideral, impera o silêncio. Ninguém sabe onde o Trator quer chegar. Não se fala nada sobre contratações. O que estou estranhando é a demora. Tudo bem que na próxima semana o JV vai decidir o título da Copa União com o Iape e há quem garanta que o anúncio de reforços agora poderá atrapalhar. Mas este silêncio, que na verdade significa demora poderá atrapalhar o JV no futuro.
Entendo que Sampaio e JV Lideral não precisam ir muito longe para buscar o que existe aqui. Santo de casa faz milagre sim, pelo menos para alguns. É no futebol maranhense que os empresários estão vindo buscar mão-de-obra barata. Quem não gosta de um bom jogador a preço de banana? É só que tem aqui. Basta apenas procurar.
O destino do lateral-esquerdo Samuel e do meia Kléo poderá ser o JV Lideral. Os dois jogadores estão na mira do time imperatrizense para o Campeonato Brasileiro Série D. O presidente do JV, Valter Lira já conversou com o presidente do Sampaio, Sérgio Frota sobre o assunto.
Sérgio Frota adiantou ao BLOG que em relação ao Samuel não há problema algum, até porque o atleta não está nos planos de Arnaldo Lira e já foi dispensado.
Quanto a Kléo, o presidente do Sampaio ainda não decidiu se empresta ou não o jogador.
– Eu vejo no Kléo um grande jogador. Ele só precisa mudar de postura e chamar mais a responsabilidade para si durante os jogos. O Valter falou comigo, mas eu ainda não decidi nada. Vou conversar com a comissão técnica, mas posso te adiantar que gostaria de contar com ele no Brasileiro – afirmou.
Se para europeus e norte-americanos a corrida ao ouro em solo sul-africano começou em 1886, para os brasileiros é hoje o dia. Surgida após a descoberta do metal precioso no fim do século XIX, Joanesburgo é o terreno onde a seleção brasileira iniciará sua luta pelo troféu mais cobiçado do futebol mundial: a taça da Copa do Mundo.
O Brasil dá o pontapé inicial para recuperar a taça mais valiosa do futebol mundial contra a misteriosa Coreia do Norte às 15h30m (20h30m no horário sul-africano) no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.
São cinco quilos de ouro 18 quilates cobiçados por 32 seleções. Mas, ao contrário dos estrangeiros que desembarcaram no local há 124 anos em busca de recompensa financeira, o time de Dunga está interessado apenas no valor simbólico do troféu. Para o Brasil, a conquista significará a coroação do melhor futebol mundial pela sexta vez, a manutenção da hegemonia no reino da bola. Nada melhor do que tirar o objeto da Itália, atual campeã, com quatro conquistas, e a única que ameaça o domínio verde-amarelo.
O solo africano tem sido generoso com o Brasil. Na África do Sul, a seleção jogou sete vezes e ganhou todas. No ano passado. a equipe conquistou a Copa das Confederações com uma virada marcante sobre os EUA: venceu por 3 a 2 após sofrer o 2 a 0. Além disso, levando em conta todo o continente africano, a seleção também tem retrospecto 100%: 18 vitórias em igual número de partidas.
Sem problemas médicos para a estreia, Dunga escalará o que considera sua força máxima para o confronto contra os norte-coreanos. Apesar de não haver surpresa, há uma curiosidade: o Brasil estreia com um time que jamais atuou junto. Como Michel Bastos ganhou a vaga no apagar das luzes, será a primeira vez, oficialmente, que esses 11 jogadores formarão uma equipe.
Porém, nem todos estarão 100% fisicamente. Kaká, que se recuperou recentemente de uma lesão na coxa esquerda, está confirmado e é a principal força ofensiva no meio-campo. Mas ele mesmo admite que não sabe quanto tempo vai resistir.
– Não sei quanto tempo vou aguentar. Espero ficar até o fim. Mas chego muito bem, fiz tudo o que podia para estar pronto para a estreia.
Julio Cesar, que machucou as costas no amistoso contra o Zimbábue, no último dia 2, está confirmado. E disposto a provar que seu problema não é tão grave, apesar de ter perdido alguns dias de treino para cuidar da contusão
.- O que ocorreu contra o Zimbábue não foi nada grave. Eu sabia que teria condições de atuar na estreia da seleção. Estou 100%.
Para Dunga, é o momento de pôr a prova todo seu trabalho. Contratado após o fiasco na Copa da Alemanha, em 2006, ele foi chamado para mudar a imagem da seleção, que ficou associada à falta de comprometimento de alguns craques e ao carnaval na preparação em Weggis, na Suíça.
O treinador sabe que tudo que conquistou (Copa América, Copa das Confederações e primeiro lugar nas eliminatórias para o Mundial) de nada valerá em caso de fracasso.
– Agora é a hora da verdade. O que mais chama atenção é que o que aconteceu nas eliminatórias conta pouco. A Alemanha, tão criticada, fez quatro gols ontem. Quem tiver equilíbrio vai apresentar um bom futebol. O Japão também era cobrado, foi lá e ganhou (vitória por 1 a 0 sobre Camarões).
Coreia do Norte: um adversário fechado de todas as maneiras
Sobre o rival, uma análise muito breve.
– Esperamos um time compacto. Eles têm três jogadores que atuam fora do país, o que os ajuda bastante. É um time que joga fechado e sai em velocidade. Nós vamos ter que achar uma forma de superar isso.
O comandante brasileiro tem razão. A Coreia do Norte é tão fechada que pouco se sabe de seu time. Os treinos na África do Sul só contavam com a presença da imprensa nos 15 primeiros minutos, mesmo assim por ser uma exigência da Fifa.
Mas, apesar de ser um confronto entre a melhor e a pior seleção da Copa, de acordo com o ranking da Fifa (o Brasil lidera a lista, com os norte-coreanos em 105°), o treinador Kim Jong Hun aposta na concentração de seus jogadores. E ele não teve preocupação em manter a boca fechada: para ele, sua equipe pode surpreender.
– O Brasil é favorito, mas no poder mental nós podemos equilibrar o jogo e até ganhar. Meus jogadores não devem nada a nenhuma equipe do mundo, garanto que poderiam estar no futebol europeu porque têm a mesma capacidade dos outros – destaca Hun.
Apesar de ser uma ditadura socialista, o futebol norte-coreano já tem mostras de globalização: três jogadores atuam fora do país. O camisa 10, Hong Yong Jo, é do modesto FK Rostov, da terceira divisão russa. Outros dois atuam no futebol japonês, incluindo o centroavante Jong Tae Se, chamado de “Rooney da Coreia do Norte”.
Com 16 gols em 24 partidas, ele é a grande esperança de gols da seleção. Uma das poucas, aliás, de um time que se mostrou muito defensivo em seus amistosos preparatórios. Longe de sonhar com o ouro, nas costas do camisa 9 está o peso de levar o país à segunda fase da Copa do Mundo depois de 44 anos.
Jong Tae Se assume a responsabilidade e promete três gols na primeira fase do Mundial.
– Nós podemos vencer o Brasil. Será um jogo muito difícil, mas temos um coração valente e um espírito forte. Corações valentes fazem milagres – aposta o atacante
Reportagem Daniel Lessa e Rafael Pirrho, do Globoesporte.com