As denúncias feitas pelo presidente do Avaí, João Nilson Zunino, ao Ministério Público, sobre a tentativa de extorsão por parte do ex-árbitro de futebol, Eduardo Cristaldo Barillari, ganharam novos rumos. Barillari ainda não foi localizado pela Polícia Civil para responder ao processo que foi encaminhado à 4ª Vara Criminal de Florianópolis, em junho de 2008.
Conforme o promotor de Justiça Abel Antunes de Mello, o ex-árbitro é procurado pela Polícia Civil em Curitiba, cidade onde estaria morando atualmente. O promotor afirmou que, ao ser citado, Barillari terá 10 dias para responder as acusações e, caso se configure o crime de extorsão e se for condenado, ele pode pegar entre quatro e 10 anos de detenção.
— O processo pode se arrastar por até 20 anos. Espero que possamos encontrá-lo antes disso, pois as evidências de crime são fortes — destacou Abel Antunes de Mello.
Na esfera esportiva, o Avaí pode ficar tranqüilo. O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, descartou a possibilidade de o presidente do clube, João Nilson Zunino, e o próprio Avaí sofrerem punições.
Em 2008, Zunino recebeu mensagens telefônicas sugerindo favorecimento nas partidas da Série B, mediante o pagamento de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Barillari dizia ser o representante de uma associação capaz de manipular resultados dos jogos.
Zunino procurou a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, que pediu ao dirigente para entrar com processo no Ministério Público de SC.
Conforme Schmitt, o presidente do Avaí só teria com o que se preocupar se tivesse aceitado a chantagem:
— Se ele não aceitou, não tem problema. Esse árbitro já foi julgado e suspenso pelo STJD, em 2008, e cumpre três anos de suspensão — afirmou, na quinta-feira, o procurador-geral.
Reportagem Diário Catarinense