Os microfones e as câmeras de televisão ainda assustam Ralf. Na primeira oportunidade da carreira em um grande clube, o volante transpira sem parar e mostra certa timidez ao conversar com os jornalistas. Mas bastou o assunto ser a vaga de titular no meio-de-campo do Corinthians na Taça Libertadores para o marcador se soltar. Correndo por fora na disputa contra Marcelo Mattos, o jogador aposta que, se for escolhido por Mano Menezes, não decepcionará a Fiel.
– Não estou aqui só para ser mais um. Se cheguei aqui, não foi à toa. Tenho condições de jogar – afirmou.
O treinador não dá pistas de quem será o escolhido. Ele, aliás, deixou a disputa bastante acirrada. Ralf e Marcelo Mattos disputaram três jogos do Campeonato Paulista cada. O primeiro, contra Bragantino, Oeste e Palmeiras, enquanto o segundo foi titular diante de Monte Azul, Mirassol e Sertãozinho. Jucilei foi o dono da posição frente à Ponte Preta.
– Aqui a briga com o Marcelo e os outros jogadores é muito sadia. Quando ele joga, eu respeito. E quando eu jogo, ele respeita. Um torce pelo outro. Quem ganha com isso é o Corinthians. É uma disputa difícil porque o elenco tem excelentes volantes – acrescentou.
Apesar de ter chances de ser titular, Ralf admite que Marcelo Mattos é um exemplo a ser seguido pelo sucesso que fez no Timão no passado (campeão brasileiro em 2005) e por ter atuado na Europa – Panathinaikos-GRE. Já ele, iniciou a carreira na base do São Paulo, passou por Taboão da Serra-SP, Imperatriz-MA, XV de Jaú, Gama, Noroeste e Barueri.
– É minha primeira Libertadores. O Marcelo é mais rodado. Tenho muito a aprender com ele – completou.
Ralf foi campeão maranhense pelo Imperatriz em 2005.
