Caso Grafite
Na ocasião, o Moto Club foi derrotado por 4 a 1. De acordo com os torcedores, o jogador, bastante xingado durante todo o intervalo, teve participação direta em três gols, e o prefeito de Santa Quitéria, Manin Leal, teria denunciado o acordo.
– O Moto apanhou do Chapadinha, e o prefeito de Santa Quitéria fez a denúncia. Disse na cara do Grafite que ele se vendeu para dar os quatro gols. Por coincidência, ele fez a falta em um gol, um pênalti e outro saiu em falha dele. É a prova de que ele se entregou – esbravejou o torcedor Geraldo Coutrin.
Acuado no banco de reservas, Grafite se defendeu. O zagueiro admitiu que não vive um bom momento, mas negou veementemente que tenha recebido qualquer tipo de suborno. Revoltado, prometeu buscar seus direitos na Justiça.
– A torcida está revoltada porque eu joguei mal. Não fui bem mesmo. Dizem que têm gravado que eu recebi propina para perder o jogo. Eles vão ter que provar no tribunal. É a minha imagem que está em jogo. Eu tenho família, tenho um nome a zelar. Em momento algum conversei com gente do Chapadinha. Estão querendo acabar com a minha carreira.
À disposição do técnico Raimundinho Lopes na derrota por 2 a 0 para o Iape, Grafite teve sua saída do clube pedida pela torcida. Entretanto, garantiu que não pretende deixar o Moto.
– Não é por causa de meia dúzia de torcedores que eu vou abaixar a cabeça. Só saio se a diretoria me mandar embora.
A diretoria rubro-negra preferiu não comentar o caso e disse que o jogador permanecerá no elenco. Apontado como responsável por toda a polêmica, o prefeito de Santa Quitéria, Manin Leal, se mostrou surpreso. O político garantiu que em momento algum fez tal denúncia e que sequer acompanhou a partida.
– Eles jogam um contra o outro. Não sei disso, não. Nem foi contra o Santa Quitéria o jogo. É mentira, eu não falei nada. Se entrarem com ação contra mim, entro contra eles.
O GLOBOESPORTE.COM tentou contato com a diretoria do Chapadinha, mas não obteve sucesso.