Recebi um e-mail do Eurico Pacífico, presidente da Federação Maranhense de Beach Soccer. Veja o que diz o Eurico após ler uma matéria do Globoesporte.com, onde o piloto brasileiro Nelsinho Piquet diz que não tem medo de reações da Renault e de Flávio Briatore.
Nelsinho Piquet se pronunciou pela primeira vez após o começo da polêmica sobre o GP de Cingapura de 2008. O brasileiro disse que cooperou com a investigação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e que não teme as reações de Flavio Briatore ou da Renault. Ele disse que não será coagido novamente a tomar uma decisão com a qual não concorda.
– Sobre a atual investigação da FIA, eu confirmo que cooperei completa e honestamente com eles. Porque estou dizendo a verdade, não tenho nada a temer, seja da Renault ou de Briatore, e sei bem do poder e influência que os investigados têm, além dos enormes recursos que eles têm ao dispor. Não serei intimidado de novo para tomar uma decisão da qual me arrependerei. Confio na investigação da FIA e no Conselho Mundial de Esporte a Motor e não farei mais comentários após a conclusão da audiência, no dia 21 de setembro – diz Nelsinho, em comunicado publicado em seu site oficial.
Diz o Eurico: Eu fiquei decepcionado com a postura do Nelsinho Piquet neste episódio, pois além de bater propositadamente, achei pior ele ter aceito uma proposta indecorosa como essa, entretanto, ao ler a matéria acima, lembrei que o próprio Rubinho não é nenhum santo. Qual a diferença entre um piloto que bate intencionalmente e outro que recebeu uma orientação da equipe para abrir para Schumacker em uma corrida? Onde está a diferença? A ação do Rubinho ficou bastante evidente durante a transmissão da TV Globo. No caso do Nelsinho, só descobrimos depois que o mesmo se sentiu ameaçado na equipe e diante da possibilidade de não ter o contrato renovado. Estou encaminhando este e-mail para você porque até agora não vi ninguém fazer a relação dos casos Nelxinho x Rubinho.
E você tem toda razão Eurico. Os dois casos envolvendo os pilotos brasileiros são escandalosos. Vou dividir com você e demais internautas uma convicção que tenho. Acho que a FIA precisa acabar com a figura do segundo piloto. A “sacanagem” começa dentro da própria equipe. Sempre trabalham para o piloto nº 1. Daí o tamanho desequilíbrio e as armações que cada vez mais são registradas na Fórmula 1.
Zeca, qual a diferença entre crime hediondo e o crime comum? Qual a diferença entre ser obrigado pelo chefe da escuderia a deixar o companheiro passar (jogo de equipe) e aceitar deliberadamente e em troca de algum ganho (ainda que suposto) bater deliberadamente o carro para provocar o carro madrinha? Qual a diferença entre aceitar resignado uma decisão e deliberadamente postergá-la até o último momento, como forma de expor a situação a qual está submetido (o que rendeu frutos porque graças a isso o rádio da F-1 foi liberado), e a esquálida tentativa de depor contra chefe de escuderia, proprietários e engenheiros (com quem teria barganhado um favor), não por causa da legitimidade do esporte mas pela barganha ter sido mal-sucedida? Vou colocar mais uma questão, qual a diferença em deixar passar o colega de equipe para consolidar sua segurança (às vezes um batedor de pênaltis cede a vez a um companheiro se consolidar na artilharia, e às vezes pela pressão dos companheiros, ou do treinador, torcida) e de outro que provoca um safetycar numa pista, para outro ganhar a prova, expondo propositadamente sua vida à um risco, e talvez a de outro colega, ainda que sem querer? Caro Zeca, qual a diferença entre ser um herói humilhado e um mau-caráter clássico? Vou colocar ainda mais uma questão. Caro Zeca, o Rubens não enganou ninguém nem se iludiu com a possibilidade de um ganho (pois só perdeu), ele foi um excelente segundo piloto, foi vice campeão, mas queria mais, sempre quis e sempre deixou claro isso para todos (que não concordava com essa palhaçada, mas como não era filho de milionário, teria que aceitar, porque apenas agora na quase aposentadoria é que ele se arvora e peita o dono da escuderia), até entendo a falta de hombridade com ele, porque afinal é muito frustrante vê-lo liderar uma prova e perdê-la de uma forma assustadoramente cínica, mas daí a compará-lo a um energúmeno, fraco de espírito, um pusilânime, cujo papaizinho poderia montar uma escuderia para ele correr (como já fez em fórmulas anteriores), ? Perá lá mermão! O nível desse blog tá desabando. A gente não um bando de covarde pra ver o desancamento de um ídolo do esporte para salvar a imagem de um cretinozinho. Sinceramente, espero que seu Nelson Piquet seja banido pela FIA, pois seria muito justo. E sobre o comentário do Eurico, lamento que ele pense assim, porque é o pensamento de um despreparado, as pessoas que amam o esporte têm que ter um caráter forte, coeso, centrado, não pode abrir exceções para aqueles que traem a honra da disputa, que põem em dúvida os méritos das vitórias, ou desequilibram a competição, prejudicam os atletas, talvez mudando resultados, prejudicando a própria historia. O que Nelson Piquet fez foi um crime muita grave, ele manchou a honra dos pilotos brasileiros, envergonhou os brasileiros, e expôs uma enorme falha de caráter (que parece ser familiar). Isso é tudo que um ídolo do esporte não poderia fazer, e agora Zeca? Como ficam as crianças que acreditam que Nelsinho era o novo Sena? Como sanar isso, devolver essa alegria a alguém? A Maurren Maggi foi pega no doping por causa de um creme pra depilar as pernas, não foi? Isso pode ter sido por qualquer motivo, desde ela ter deliberadamente se dopado ou tê-lo feito sem querer, mas o fato é que o COB a suspendeu, e o fato é que ela deu a volta por cima, não foi? Se o Sr. Eurico tem tanta fé no esporte poderia dizer, o que seria muito justo, que o Nelsinho fez algo errado, passível de punição, mas que torce pelo seu reencontro, pela sua recuperação. E não sair por aí jogando outras pessoas nessa mesma água suja. Acho que esse tipo de postagem pura pirotecnia, pra chamar atenção mesmo.