A respeito da nota publicada no BLOG com o título “Cartão Vermelho” recebi os seguintes esclarecimentos dos árbitros Marcelo Filho e Silvio Eduardo Silva e Silva. A nota publicada aqui, no último sábado, foi extraída da edição do caderno de esportes E+, do jornal O Estado do Maranhão. Leia aqui.
Marcelo Filho explicou que durante o teste realizado no último dia 19, sentiu uma dor muito forte na virilha e foi obrigado a abandonar o teste. Ele reclamou que nos testes anteriores esteve muito bem na parte físca e teórica e o BLOG não divulgou nada. E não seria diferente. A aprovação de um árbitro nos testes de rotina faz parte do óbvio. Isto é condição básica para quem quer apitar uma partida de futebol.
“Acabei de chegar da final do JEMs, onde sou coordenador de arbitragem de futebol de campo e como gosto de ler o seu BLOG e ter boas matérias e você procura se informar das notícias do nosso futebol. Sei que é melhor noticiar as coisas ruins que as boas te explico: o teste é feito mensalmente pela Ceaf – mínimo de 16 tiros – máximo 24 tiros de 150 metros em 30 segundos. Meu 1º teste foi de 18 tiros. 2º teste 20 tiros. 3º teste 24 tiros, sendo neste último recebendo nota 10 (dez) no teste físico e mota 10 (dez) na prova teórica, com aprovação de 100%. Todos os dias eu abro o teu BLOG e não observei nenhuma notícia boa a meu respeito. Neste teste do dia 19 (sábado passado) no 11º tiro, tive uma dor muito forte na virilha e abandonei o teste. Logo vejo a notícia, claro ruim. É mais fácil divulgar e o árbitro é Marcelo Filho. Pra mim ótimo estou sendo lembrado”, reclamou.
O fato do BLOG divulgar que Marcelo Filho ou qualquer outro árbitro foi “reprovado” ou recebeu “cartão vermelho” em um teste não diminui em nada a carreira de quem quer que seja. Pergunto apenas: aconteceu ou não o fato? Um goleiro pode falhar, um atacante pode perder um pênalti, um comentarista pode analisar uma jogada errada, enfim… Tudo isso é da profissão. E é claro, a reprovação dos árbitros em um teste é notícia como outra qualquer.
É notícia como foi o erro cometido pelo assistente Aélson Mariano Campelo Gomes, quando anulou um gol legítimo do Moto, na partida contra o Tocantins, pela Série D. Escrevi isto aqui e não vi nenhum árbitro, nem mesmo o Aélson Mariano vir a público assumir que errou. Ninguém disse nada.
O árbitro Silvio Eduardo Silva e Silva também encaminhou explicação ao BLOG. Ele diz que está em fase de recuperação de um problema na coluna e ainda não foi liberado pelo médico para voltar a treinar.
“Assim como os jogadores, o árbitro também tem problema físico, afinal, a nossa atividade nos obriga a sermos atletas. Esclareço que esse não foi o único motivo, estou tratando de assuntos particulares e profissionais, o que tem me tirado muito tempo. Hoje tenho 33 anos e aos 45 anos, serei obrigado a parar (assim recomenda a Fifa e a CBF) e preciso especializar-me na minha vida profissional. Mas num futuro muito próximo estarei de volta aos gramados, com a graça de Deus, para fazer o que gosto; apitar futebol. Mas para isso, preciso voltar na melhor forma pois tenho (embora de forma ainda tímida) um nome a zelar e isso me exige a não voltar de qualquer jeito. Após mostrar tantas vezes, hoje recebo um cartão vermelho e aproveito para aplicar a lei da vantagem a seus informantes que com detalhes te disseram a causa que fez não submeter-me ao último teste físico”, explicou.
Silvio Eduardo diz ainda que a reprovação no teste físico apenas exclui os árbitros dos sorteios.
“O fato de ficar reprovado em um teste físico, “não deixa de fora do quadro da CEAF” qualquer que seja o árbitro, apenas o deixa fora dos sorteios até que se submeta a outro teste e seja aprovado. Só deixa de fora do quadro quando se trata de início de temporada, início de ano. Como exemplo, o Leonardo Gaciba (RS) e o Wilson Luiz Seneme (SP), fizeram o teste/FIFA dia 11/08 em Curitiba e ambos ficaram reprovados e isso não os tirou do quadro da FIFA. Estão fora dos sorteios até que façam outro teste e sejam aprovados. Eles ainda terão mais duas chances este ano. Uma na Argentina e outra no Chile”.
Pois é Silvio, você lembrou bem. Os dois casos foram amplamente noticiados pela imprensa e pode acontecer com qualquer um, até mesmo aqui no Maranhão. Ou não pode?