Insatisfeito com o atraso de dois meses de salários, sem que ninguém da diretoria dê uma satisfação ao grupo de jogadores, o goleiro Fabiano, logo depois da goleada do Papão por 3 x 0 sobre o Maranhão Atlético Clube (MAC), quinta-feira, pela Taça Cidade de São Luís, disse que ele e sua família não vivem de “brisa”.
Bastante chateado, Fabiano reclamou do abandono. “Nos deixaram ‘jogados’, sem dinheiro e passando necessidades. Tinha uma idéia diferente do Moto Club. Antes de vir para cá, achava que o Papão do Norte era um clube organizado. Sabia que tinhas suas dificuldades, como todas as equipes têm, mas não desse jeito, sem ninguém para nos dar, pelo menos, uma satisfação, como trabalhadores que somos”, ressaltou o goleiro, decepcionado.
Fabiano também disse que está cansado dessa história de que a culpa pelo atraso é do governo. “Esse negócio de dizer que não paga porque não saiu o dinheiro do governo não nos interessa. Não sou empregado do governo. Trabalho para o Moto e é do Moto que tenho que receber”, acrescentou, indignado.
O técnico Arlindo Azevedo também reclamou da direção do Moto. Disse que foi contratado para treinar o time e não para administrar problemas. Reclama da falta de um supervisor, pois está sendo obrigado a fazer um trabalho que não lhe compete, como o de ficar controlando cartões amarelos e vermelhos e até redigir relação de atletas nos dias dos jogos.
Azevedo teme que o Moto possa vir a ser prejudicado, com a escalação de um jogador suspenso, já que não existe ninguém para fazer o controle.
O atraso de salários no Moto Club completou dois meses. A diretoria espera pela ajuda do governo para pagar os jogadores.
E+, O Estado do Maranhão