É um lugar comum, um consenso nas declarações bicolores. Todos comentam sobre mais um tabu a ser quebrado: o de quase três anos sem vitórias fora de casa, em jogos válidos por Campeonatos Brasileiros. Impressiona é a concentração em torno do objetivo. Também pudera. Apenas uma vitória sobre o Sampaio Corrêa, dia dois de agosto, mantém o Paysandu com chances de obter o acesso à segunda divisão do futebol brasileiro.
“Tabu é para ser quebrado. Dia dois, temos é que colocar o coração na ponta da chuteira. Vamos fazer o que nos sabemos”, intimou o goleiro Paulo Wanzeler. Embora seja um dos garotos do grupo, Wanzeler tenta repassar experiência já adquirida nos momentos que antecedem a uma decisão, “Temos que trabalhar durante a semana para que tudo dê certo. E vamos nos preparar psicologicamente, fisicamente. Só depende da gente. Trabalhando, a gente consegue o nosso objetivo, que é a classificação”, continuou.
Sem chance na Gávea, Aleílson pode ir para a Curuzu
O atacante Aleílson, ex-Águia de Marabá e atualmente integrando o elenco do Flamengo (RJ), foi oferecido para o Paysandu, segundo uma fonte bicolor. Durante o dia de hoje, a transação pode ganhar um caráter mais oficial.
Afinal, sabe-se que o paraense foi colocado à disponibilidade pelo time da Gávea.
A notícia teria animado o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, que logo manifestou interesse pelo futebol do ex-aguiano, embora ainda o Papão não tenha mantido contato com a direção de futebol rubro-negra. Viajando a trabalho, o mandatário retornará hoje e pode anunciar novidades.
Outro possível problema é a delicada situação do Paysandu no Campeonato Brasileiro da Terceirona. Fato que esfriou a aquisição do zagueiro Filho, ex-São Raimundo, por exemplo, uma das gratas revelações do futebol paraense nos últimos dois anos.
Queda de rendimento na “armação” é nítida
A obtenção da vaga depende da resolução de problemas imediatos do Papão. O principal é a baixa produtividade do setor de armação da equipe. Comparada ao Campeonato Paraense da temporada 2009, quando Velber e Zeziel foram destaques, a queda de rendimento é visível. Voltar à condição natural é primordial para manter a invencibilidade bicolor frente ao Sampaio Corrêa.
Desde o início do nacional, por diversos motivos, tanto o Risadinha quanto o Cabeludo alternam bons e maus momentos. Apenas na última rodada, Velber conseguiu apresentar um futebol digno da sua fama. Contra o Luverdense, ele até quebrou um tabu de quase três meses sem marcar – o seu último gol foi contra São Raimundo. Antes, foi prejudicado por uma lesão muscular.
Zeziel também já reclamou de dores. Coincidência ou não, ele também não conseguiu obter o mesmo destaque dos primeiros meses do ano. De fato, Zeziel e outros companheiros estão criando abaixo do esperado. “Nem o Aldivan, nem o Zeziel, nem o Velber estão com a mesma dinâmica do Estadual”, admitiu o treinador do Papão, Valter Lima.
Diário do Pará/Foto: Mário Quadros