Desde a última terça-feira, o Tocantins Futebol Clube conta com o comando de um treinador europeu para o restante da Série D do Campeonato Brasileiro. O português José Armando, 41 anos, assumiu o time e já coordenou o primeiro treinamento no campo da Morada do Sol.
Esta é a primeira vez na história que um clube do Estado tem um técnico estrangeiro. Sobre as dificuldades econômicas do futebol do Estado, em especial dos clubes da Capital, o técnico salientou saber que a situação não está fácil. “No Acre também havia muitas dificuldades”, ressaltou o treinador.
Em relação aos objetivos do Tocantins na Série D, Armando é cauteloso e destaca que, primeiro, o time tem de ganhar a próxima partida, que acontece no domingo, em casa, no Estádio Nilton Santos, contra o Moto Club, do Maranhão. Depois disso, o técnico ressaltou que a prioridade do clube será passar para a segunda fase da Série D. Para tanto, o time tem de ficar entre os dois primeiros do grupo 2 da competição.
O treinador não quis afirmar se vai ou não manter o 3-5-2 utilizado até então pelo Tocantins no Brasileiro. A equipe estava sem técnico e vinha sendo comandada pelo superintendente do clube, Jair da Silva. Armando destacou que primeiro pretende conhecer as características dos atletas para depois definir a estratégia de jogo. Além disso, defendeu a necessidade de escolher o melhor esquema de acordo com o adversário e com as necessidades da partida.
Mesmo assim, salientou que o seu esquema de jogo preferido é o ofensivo 4-3-3.
Orgulho
O treinador disse estar muito orgulhoso de poder ter oportunidades no Brasil. Ele falou que tem como grande projeto pessoal assumir um grande clube do País. Dentro dessa linha, disse saber que uma eventual conquista de vaga para Série C do Campeonato Brasileiro seria muito importante para ele, para os jogadores e para o clube.
Currículo
Armando teve passagens por equipes pequenas do Brasil, como o Fluminense-MG, o Náuas-AC e a equipe B do Remo. Ele está há apenas dois anos e meio no Brasil.
Porém, o currículo de Armando é mais expressivo quando são levados em conta os trabalhos como jogador e auxiliar. Ele já teve passagens pela seleção portuguesa, Porto, Deportivo La Curunã e Santa Clara (Portugal).
Antes do primeiro treinamento, o técnico concedeu entrevista aos meios de comunicação que fizeram a cobertura de sua apresentação. Armando afirmou estar acompanhando o desenvolvimento da Série D do Campeonato Brasileiro e considerou que o torneio é “nivelado por baixo”. Para ele, um dos motivos dessa qualidade inferior do certame é a falta de apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Jornal do Tocantins
Zeca, reproduzo aqui o artigo em que escrevi sobre a Contribuição do Uriguai ao futebol maranhense… 19 de junho… é quase a um mes foi publicado…
A CONTRIBUIÇÃO DO URUGUAI AO FUTEBOL MARANHENSE
Sex, 19/06/09por leopoldovaz |categoria Futebol
Recentemente, recebi uma correspondência eletrônica de Ariel Longo, da Associação de Treinadores do Uruguai, perguntando-me sobre Luis Comitante, treinador uruguaio que teria atuado em São Luis do Maranhão, nas décadas de 1940/50.
Ariel Longo – jogador uruguaio, treinador de futebol, atualmente aguardando alguma oferta de trabalho [email protected] esta realizando um levantamento de todos os técnicos uruguaios que aturam em outros países.
Respondi-lhe que já ouvira esse nome, mas não tinha nenhum dado para lhe passar. Consultei alguns motenses históricos – Dr. Manoel Pedro Castro Neto, ex-presidente; seu irmão, Jandir, ex-presidente; sua irmã, Julinha, membro do Conselho, Alim Maluf, do Conselho e a resposta foi a mesma: não conheciam, ou não lembravam…
Em outras correspondências, Longo disse-me que Comitante teria atuado no Moto Clube – daí a consulta a alguns torcedores – e que teria sido técnico nos anos 40.
Comitante, além do Moto, atuou no Luso-Brasilero em 1948 (?); em 1951/52, treinou o Santos-SP; depois, passou para o Ceará, não se sabendo onde atuou nem em que período; estava no ABC em 1957; depois, seleção de El Salvador no período de 1962/63; Marathon e El Progreso, de Honduras, desconhecendo-se o período, mas em 1968 atuou pelo Lempira, daquele país.
Pois bem, revendo meus apontamentos e arquivos – especialmente o trabalho de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, publicados na imprensa local, sob o título “Onde anda você?”, encontrei na biografia de João Elias Mouchreck o seguinte: QUE comprou uma moto importada – pois não havia nacionais – e passou a fazer parte do grupo de privilegiados que se exibiam pelas ruas de São Luís, no trajeto da Praça Gonçalves Dias rumo à Beira-Mar e outras ruas do centro.
Desse grupo, amantes do motociclismo, faziam parte: Simão Félix, Jaime Pires Neves, os irmãos Nagib, Emilio e João Mouchrek, Vitor, José e Raimundo Serejo, os professores Ambrósio e Newton Pavão, Alberto Aboud, Zé Mamá, João Lélis dos Santos (João Águia) – e fundaram o Moto Clube de São Luís, a 13 de setembro de 1937.
Um ano depois (1938) fundaram o Departamento de Futebol. Desse ano, até 1943, o Moto não conquistou nenhum título no futebol; em 1938, o campeão foi o Tupan; em 39, o MAC, em 40, Sampaio Corrêa; 41, Mac; 42, Sampaio, 43, MAC.
João Elias já vira nascer o Sampaio Corrêa Futebol Clube, em 1922 (sic). Naquela época, os times eram o Luso-Brasileiro, Fênix, Fabril, Sírio-Brasileiro, Tupan, Tupi e Santa Cruz. Admirava o Sírio-Brasileiro, desfeito em 1919. Um grupo do Sírio fundou o Maranhão Atlético Clube – MAC -, em 1932.
Em 1944, César Aboud resolver investir no clube, contratando o Uruguaio Comitante para dirigir a equipe. Foram sete títulos seguidos – 44 a 50 – e mais o título de Papão do Norte, quando derrotou todos os adversários da região, em 1947.
Por ocasião de seu 10º aniversario – 13 de setembro – em relatório da diretoria, César Aboud prestava contas de sua gestão iniciada em 14 de setembro de 1944, e falava que as exigências técnicas, cada vez mais prementes, fizeram com que o clube abraçasse o profissionalismo, investindo soma apreciável na aquisição de atletas, mas os resultados foram compensadores – foram conquistados três campeonatos de futebol – 44, 45 e 46. No basquetebol, também fora campeão em 46 e vice no Voleibol. No Atletismo, o Moto participou de algumas provas, destacando-se a Corrida de São Silvestre, tendo conseguido o primeiro lugar, por equipes.
Outro astro foi JAIME PIRES NEVES, natural de Pindaré-Mirim (antigo Engenho Central). Viveu dos três aos 17 anos na Europa – Espanha, depois Portugal, onde estudou e aprendeu a jogar futebol. Aos 18 anos, vamos encontrá-lo em São Luís passando a jogar pelo Materwel, grêmio interno do MAC. No dia 13 de setembro de 1937, Jaime participou da fundação do Moto Clube de São Luís, passando a ser sócio e atleta do clube das motocicletas. Estreou o Moto em campos oficiais, jogando contra o MAC, com o placar de 2 x 2. Ainda jogou até 1941, quando César Aboud começou a contratar jogadores para o seu onze…
– ZUZA, José Ferreira Filho, seu nome de batismo, nasceu em 16 de agosto de 1916, tendo começado a jogar futebol em sua cidade natal, Caruarú, ingressando no quadro infantil do Central; em 1935, passa para o quadro de aspirantes e em seguida, para o de titulares. Em 1937, conquista o vice-campeonato do torneio intermunicipal. No ano seguinte, o Caruaru participa do campeonato da primeira divisão, mas não vai até o final, licenciando-se; Zuza passa a integrar, então, o time do América. Em 1938, está no Ferroviário, atuando por duas temporadas. Nos anos de 1941 a 1945, vamos encontrá-lo no Ceará Sporting Clube. Como o Ceará fora suspenso pela FCD, o Moto Clube vai buscá-lo. Naquele ano, o Moto Clube forma seu time com profissionais. Zuza participou daquele célebre jogo entre Mineiros 3 x 7 Maranhenses… Conhecido como “o Professor”, o meia canhoto do Moto Clube era considerado o melhor meia do norte em sua posição.
Mas isso é história…
Zeca
“Esta é a primeira vez na história que um clube do Estado tem um técnico estrangeiro”…
Desculpe, mas se voce costumasse ler um pouco da historia do futebol maranhense, não daria uma informação errada. Aliás, já escrevi aqui mesmo, no Portal, sobre a participação de um outro técnico estrangeiro que atuou nho futebol maranhense… pena que voce não leia os Blogs dos companheiros de jornada, como eu, faço com o seu…
Assim, saberia que na decada de 40 o Moto Clube de São Luis teve o URUGUAIO Comitante como técnico… sabe por que o Moto era chamado de Papão do Norte? foi graças a COMITANTE…
Dê uma olhadinha no que escrevi e descubra o periodo em que Comitante foi técnico do Moto…
Como dizia o Ibrahim, quando dava um furo nosm outros jornalistas… sorry periferia… :-)))))))))
ps. desculpe a brincadeira, mas à história, não se pode negar….
Ótimo né, mais um que não tem a menor idéia do futebolda região. Melhor pro MOTO, confirma que vamos jogar contra um time desorganizado, pena que estejamos exatamente na mesma situação.