A goleada diante do Rio Branco/AC, no final de semana, levantou suspeitas de um suposto ‘racha’ no elenco do Paysandu. Mas tanto o técnico Válter Lima, o Valtinho, como os jogadores descartaram a divisão do grupo. Eles preferiram creditar o vexame dado pelo time, na Arena da Floresta, à falta de empenho da equipe e ao futebol superior do adversário. Ainda no vestiário do estádio, o atacante Balão refutou a idéia de ‘panelinhas’ entre os jogadores. Segundo Balão não há qualquer sinal de desunião no plantel, mas o bom entrosamento entre os jogadores fora das quatro linhas não está se repetindo dentro de campo.
‘Para mim não existe essa história de divisão’, declarou Balão, ao ser questionado sobre o assunto. ‘Mas a união não pode ficar restrita ao lado de fora do campo. Ela tem de existir até muito mais dentro das quatro linhas’, prosseguiu o jogador. O atacante encarou com normalidade a sua saída do time para a efetivação de Zé Augusto, que formou dupla de ataque com o apagado Zé Carlos. ‘O Zé foi bem no jogo com o Águia, fez os dois gols da vitória do time e o técnico precisava mudar o esquema de jogo’, argumentou.
Para o treinador Valtinho, que está no clube há menos de uma semana, não há desunião entre os jogadores. ‘Desde a minha chegada deu para perceber um grupo bem entrosado, sem divergências’, avaliou. Ontem, antes de o time deixar a capital do Acre, o treinador voltou a apontar o deslocamento tumultuado do tima como fator responsável pela queda frente ao Rio Branco. ‘O grupo sentiu ter de enfrentar tanto tempo de viagem e a longa espera no aeroporto na escala feita pelo avião’, observou, referindo-se ao tempo que o grupo passou em Brasília/DF, aguardando o embarque para Rio Branco.
No início dos preparativos do time para enfrentar o Luverdense/MT, nesta quinta-feira, o treinador vai exigir aprimoramento dos jogadores na troca de passes, que segundo ele, ‘ficou muito aquém do esperado’ no jogo passado. ‘O time todo foi mal neste fundamento’, acusou. ‘A equipe não acertava passes de pequena distância, dando ao adversário a oportunidade de armar os contra-ataques’, analisou. Mesmo com a situação, no mínimo, delicada, Valtinho confia na volta por cima do Papão.
‘O grupo já mostrou diante do Águia que tem poder de reação’, declarou o treinador, citando como exemplo a partida em que o Papão perdia por 1 a 0 e conseguiu em poucos minutos virar o placar para 2 a 1. Valtinho prefere não antecipar nada com relação ao jogo, fora de casa, contra o Sampaio. ‘Primeiro temos de pensar no Luverdense’, resumiu.
Jornal Amazônia