Paysandu: entre a vergonha e a revolta

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Após a primeira derrota no Brasileirão, alguns bicolores evitaram palavras, que poderiam tumultuar o ambiente. O centroavante Torrô foi um deles. Ele não quis criticar e sequer apontar falhas coletivas individuais e coletivas. “Acho que nós estávamos cansados, mas isso não justifica a derrota. Tenho que ter tranquilidade para não falar nada que vire contra mim”, declarou, sinceramente. Vale lembrar que um imprevisto ocorreu, o que atrasou a viagem da delegação com destino a Lucas do Rio Verde.

Questionado sobre a lição principal que se pode tirar da derrota, o autor de um dos gols bicolores usou uma frase clichê do futebol: “O jogo só termina quando apita”.

Quem quebrou a rotina foi o goleiro Rafael Córdova. Ele resolveu criticar, embora indiretamente. “Cada erro infantil que não é mole, não!”, reclamou, emendando sobre a necessidade de o grupo ter a consciência de que o torneio nacional é tecnicamente mais forte comparado ao Campeonato Paraense. “Perdemos para nós mesmos. Estávamos mandando no jogo. A Série C não é mais o Paraense para equipe jogar a hora que quer”, concluiu. Já o zagueiro Luciano lembrou de outro aspecto. “Nós não podemos desperdiçar as oportunidades que temos”. Na próxima rodada, o Paysandu enfrenta o Águia, provavelmente, na Curuzu, 16h, domingo.

Cabeça de Gaúcho está a prêmio

“Não tem nada perdido. Temos que ganhar dois jogos, em casa”. Vencer os dois jogos que restam em casa, situação ressaltada pelo atacante Torrô, pode até resultar numa classificação bicolor à segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série C. Para tanto, porém, o Papão terá que torcer contra o Rio Branco (AC), pelo visto, o mais gabaritado a complicar a tarefa paraense no Grupo A da competição.

O Paysandu tem quatro jogos a serem realizados. Dois em Belém – contra o Águia, domingo (05), e Luverdense (MT) –, e o restante fora de casa – contra Rio Branco (AC) e Sampaio Corrêa. O roteiro ideal da classificação alviazul é, primeiramente, não desperdiçar pontos jogando nos seus domínios.

Se passar pelo Águia, os bicolores ‘embolam’ o grupo, ao somar os mesmos 10 pontos do líder Azulão. Depois, se conseguir arrancar pontos do Estrelão do Acre, no Estádio Arena da Floresta, de fato os bicolores darão um passo largo rumo à classificação para a próxima fase da Série C.

Antes, contudo, a direção do clube terá que resolver um problema interno. De acordo com uma fonte ligada à presidência, Edson Gaúcho não é unanimidade. Luiz Omar Pinheiro, mandatário do clube, estaria insatisfeito com algumas atitudes do treinador. Após a derrota no último sábado, o presidente teria recorrido até a cuidados médicos.

Ainda segundo a fonte, o nome do técnico Vágner Benazzi seria o preferido em caso de dispensa do homem-forte da comissão técnica. Mas, a saída do atual comandante bicolor não é considerada a medida mais correta pela direção de futebol do clube, formada por Clodomir Araújo e Antônio Cláudio, o Louro.

“O Paysandu não é uma equipe imbatível. Logicamente que queríamos a vitória, tivemos oportunidade para isso. Não é porque perdemos um jogo que vamos tomar uma atitude contra o treinador. Confiamos no trabalho dele. Não podemos fazer com que um resultado como esse atrapalhe todo um trabalho que nós estamos fazendo”, garantiu Clodomir. 

Diário do Pará

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