‘A emoção está de volta”. O governador João Alberto lançou no fim da tarde de hoje, os XXXVII Jogos Escolares Maranhenses – JEMs.
Durante o lançamento, o secretário de Esporte e Juventude, Roberto Costa disse que apesar das dificuldades, o governo em nenhum momento deixou de trabalhar para que a competição acontecesse, numa demonstração de total compromisso com o esporte e com a juventude maranhense.
Segundo Roberto Costa, os Jogos Escolares 2009 será disputado em três etapas. A primeira em âmbito municipal já está em andamento e vai até 30 de junho; etapa da capital (entre 13 a 30 de junho); e a interregional (entre 8 de julho a 21 de julho). A etapa final congrega os campeões das fases regionais e os classificados de São Luís e Imperatriz e será realizada entre os dias 14 e 30 de agosto.
O governador João Alberto afirmou que fez questão de participar da solenidade de lançamento dos JEMs 2009.
– Este é um governo muito ligado às coisas da terra, por isso fiz questar de estar pessoalmente aqui. E posso garantir a vocês que também irei acompanhar os jogos – garantiu.
Avaliação da Gestão Pública de Esporte de Lazer pela Prefeitura de São Luís
Este é um pequeno resumo da investigação que estou desenvolvendo em meu estágio de doutoramento, optei pela análise das políticas públicas de esporte e lazer na cidade de São Luís, contudo, de modo a identificá-la no universo dos estudos sobre políticas esportivas e de lazer no Brasil e no cenário internacional, aproveitei-me dos dados até o momento recolhidos no sentido de articular os elementos resultantes no universo das discussões levantadas no Brasil, isto é, gestão das políticas públicas de esporte e lazer, programas e projetos sociais de esporte e lazer, estrutura e dinâmica das pastas de esporte e lazer e por fim os ordenamentos legais.
Como o referido estudo ainda encontra-se em andamento, as próximas análises estão caminhando para situar o nosso estudo no universo dos estudos sobre políticas públicas esportivas e de lazer conforme a produção internacional. Assim, apresento este relato, com a pretensão de num futuro próximo, analisar como esta dinâmica está a se materializar na pasta do esporte e lazer da esfera estadual.
Verificando que uma política pública não se avalia pelo que promete, mas sim pelo que realiza, gostaria de situar minhas análises sobre as políticas públicas de esporte e lazer da Prefeitura de São Luís, de modo que me oriento pelas características do universo dos estudos sobre política pública voltada ao esporte e lazer no Brasil, mais especificamente pela constituição do campo de estudos das teses desenvolvidas no país sobre essas políticas públicas. Essas teses constituem um campo de análises de características plurais, ora pelas perspectivas de conhecimento que o conformam, quanto pelo conjunto das bases sociológicas que o constitui, fato é que o campo é organizado no que diz respeito aos assuntos sobre a gestão das políticas públicas e de lazer (Linhales, 1994, 1999; Cruz, 1999, Mezzadri, 2004a, 2004b), projetos e programas sociais (Zaluar, 1994, Paula de Melo, 2005), estrutura e dinâmica das pastas de esporte e lazer (Cristán, 2000) e ordenamentos legais (Veronez, 2005).
Neste aspecto, tendo retornado a São Luís verifico que há elementos que reunidos são alarmantes, um deles diz respeito ao repasse de 600 mil reais feitos pela Prefeitura de São Luís aos clubes de futebol da cidade, que pelas exigências requeridas pela Lei do Esporte, os clubes deveriam apresentar os planos de resgate e planos de financiamento, isto é, como tais recursos públicos serão restituídos e como os mesmos serão utilizados, o que a inexistência disto leva a destituição dos seus dirigentes, o que pelo meu desconhecimento da dinâmica jurídica não sei o que poderia resultar ao Prefeito.
Além disso, visitando a Secretaria de Esporte e Lazer do Município a realidade que encontrei é gritante, a estrutura e dinâmica da organização é muito preocupante, porque até o momento de minha visita, não encontrei documento orientador das políticas públicas de esporte e lazer para a cidade dentro dos quatro anos de sua gestão, fato que ainda hoje não há.
Os recursos humanos pouco ou nada estão envolvidos com o campo do esporte e lazer, o seu gestor pouco ou nada conhece do esporte e lazer, desconhece as mutações e valores em conflito que estes dois fenômenos representam no contexto dos últimos 40 anos (Pociello, 1985; Padiglione, 1995; Stigger, 2001, 2002, 2007; Bento, 2007, Constantino, 2007).
Além disso, as constantes interferências e intervenções diretas e indiretas de políticos da capital, que há tempos usam e abusam do esporte e lazer como captação de recursos públicos e de sufrágio, fica em dúvida se esta gestão que aí está fará do esporte e lazer fatores de desenvolvimento humano.
O que se constata é que não há gestão pública do esporte e lazer, não há projeto, não há materializada qualquer inovação na estrutura e dinâmica da pasta, que resulta um dado gritante, as políticas públicas voltadas ao esporte e lazer oriundas da Prefeitura de São Luís estão a padecer de dificuldades no plano conceitual e no domínio operacional, realidade para a qual não vislumbro solução alguma pela equipe que a compõe.
O grande desafio que se coloca aos governos, e esta Prefeitura é um exemplo, é o de conseguirem passar de um corpo de políticas que se dirigiam às necessidades coletivas de alguns para políticas que respondam às necessidades individuais de muitos, o que é necessário abandonar a política de curto prazo, supostamente beneficiária de retornos eleitorais e de efeitos midiáticos, por uma política de desenvolvimento de resultados mais sustentados, isto é, tratar do esporte e lazer como fatores de desenvolvimento humano.
Deste modo, é elementar aceitar a incorporação no sistema de esporte e lazer as novas formas e modelos, novas populações, outros interlocutores, diferentes formas de representação esportiva e de lazer, fato que a participação popular é elemento fundamental e de suma importância, porque não serão os experts em esporte e lazer sozinhos que irão produzir políticas públicas que tratem destes como fatores de desenvolvimento humano, será a participação popular, os membros da comunidade, as associações de esporte e lazer dos bairros, os cidadãos que praticam esporte e lazer como elementos integrantes de sua vida cotidiana.
Concluo que não vejo alternativa para a materialização de políticas públicas de esporte e lazer como fatores de desenvolvimento humano, senão o cruzamento destas com outras políticas a elas agregadas, políticas de educação, políticas de saúde, políticas de segurança, políticas urbanísticas, políticas ambientais, políticas de seguridade social, isto é, uma política alinhada com o desenvolvimento humano como forma de manifestação de uma nova cultura política que se materializa no contexto das transformações da política que assistimos ao longo dos últimos 30 anos (Innerarity, 2002).
Esta investigação tem uma pretensão, ampliar o seu campo de análise sobre as políticas públicas de esporte e lazer da esfera municipal para a esfera estadual. A quem possa interessar, estamos abertos para participação de outras pessoas que possam contribuir para o esporte e lazer no Estado do Maranhão, porque as pastas não são caixas-pretas, elas precisam de contribuições para o seu bom trabalho como possibilidade de desenvolvimento do esporte e lazer como fatores de desenvolvimento humano.
Deixo aqui uma indagação, a pasta do esporte e lazer da esfera estadual quer contribuir com a possibilidade de uma pesquisa-ação que vise melhorar seus trabalhos, visto que a esfera municipal caiu no ostracismo?
Ricardo André
Professor de Educação Física
Mestre em Gestão Desportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Zeca
Mudou o Governo, mudaram os Secretarios, mudaram os escaloes inferiores… pois nao? alguem sabe quem sao os ‘quem e quem’ na Secretaria? quem comanda o esporte Escolar? quem e a equipe que dara os rumos de nosso esporte escolar? e o do alto nivel? quem vai aplicar nosso suado dinheirinho pungado atraves dos impostos? nosso dinheiro!
Pergunto, a voce, Zeca: esses profisisonais, sao aptos? sao profissionais de educação fisica? tem formaçao superior na area das atividades fisicas? tem registro no sistema CONFEF/CREF? estudaram para isso? ou o criterio e o de sempre: Q.I.?
Vamos aos nomes, para podermos analisar, pois a pagina da SEJUSP esta fora do ar…
Leopoldo Gil