“Eu já estava muito preocupado que pudesse acontecer esta tragédia”.

Do presidente da Federação Maranhense de Futebol Alberto Ferreira ao comentar a queda do Moto Club para a 2ª divisão do Campeonato Maranhense.

O trio maranhense que trabalhou na partida entre Fortaleza-CE x Guarani-SP, na rodada de abertura, do Campeonato Brasileiro Série B foi bastante elogiado pela imprensa cearense. O árbitro Mayron Frederico dos Reis Novais e os auxiliares Aélson Mariano Campelo Gomes e Cícero Romão Batista Silva receberam rasgados elogios e isso aumenta as chances de indicação novos árbitros maranhenses pela comissão de arbitragem. O Fortaleza acabou perdendo o jogo por 4 a 2.

O presidente Cleber Verde descartou durante reunião realizada esta noite, qualquer possibilidade de renúncia e afirmou que continuará à frente do Moto até dezembro quando termina o seu mandato.

Durante a reunião, os dirigentes cobraram a participação de Cleber Verde no clube. Ele prometeu que de agora em diante se fará mais presente. A diretoria confirmou também, a intenção de formar uma equipe modesta, porém mais competitiva para o Campeonato Brasileiro Série D.

 Um novo treinador deverá ser contratado nos próximos dias e não será nenhum nome dentre os que dirigem as equipes que disputam o Campeonato Maranhense. Baggio não permanecerá no clube.

A partir de amanhã, os jogadores que não ficarão no clube começarão a ser chamados para rescisão de contrato. A lista é grande e fácil de fazer, afinal pela “qualidade” que demonstraram em campo poucos se salvam.

E com as dispensas, pelo menos cinco jogadores, além do técnico e do preparador físico deverão ser contratados para o Campeonato Brasileiro Série D.

É o Moto começando tudo de novo pela terceira vez nesta temporada.

LAMENTÁVEL
A briga entre “membros” das torcidas organizadas de Sampaio e Moto, antes do início do clássico foi injustificável. Pena que a Polícia chegou atrasada e não prendeu ninguém. As pedras voaram e quem chegava ao Nhozinho Santos [entre elas eu] teve que se esconder atrás dos veículos estacionados. Um torcedor do Moto respondeu atirando foguetes contra os Bolivianos. Não falta acontecer mais nada.

ARBITRAGEM
Muito ruim a arbitragem de Edilson Santiago, ontem, no clássico entre Sampaio e Moto, principalmente no 1º tempo. O lance crucial foi a expulsão de Clayton. Mal posicionado, o árbitro teve que ser auxiliado pelo bandeirinha e acabou admitindo o erro. Além disso inverteu várias faltas em favor do Moto, mas nem assim o Papão se salvou.

PÚBLICO
Pouco mais de 4 mil torcedores acompanharam o jogo de ontem. E olha que era decisivo para o Moto. É bom o torcedor ir se acostumando porque o maranhense, sem o Moto será ainda pior. Seria o mesmo sem Sampaio e Maranhão também.

FÓRMULA
Além de ter sido vítima da falta de competência dentro de campo, o Moto pagou por ter sido favorável à fórmula de disputa, a exemplo do que já havia acontecido na Taça Cidade do ano passado. O Moto queria assim por conta das despesas. Não viu que em apenas oito jogos poderia ser rebaixado e se deu mal.

ADVERSÁRIOS
O Moto caiu para a 2ª divisão, mas por incrível que possa parecer, o time rubro-negro só enfrentou quatro das nove equipes. Foram dois jogos contra Sampaio, Maranhão, São José e Iape. O Papão caiu sem enfrentar nenhum time do interior, por exemplo.

SEGUNDONA
Não tem jeito. O Moto se quiser voltar à primeira divisão terá que jogar a segundona, mais isso só deve acontecer no 2º semestre de 2010, mas tem gente que já começa a defender a realização da 2ª divisão ainda este ano. O certo é o Moto disputar a 2ª divisão no próximo ano e não agora. Se isto acontecer não será a primeira vez. O Comerciário já caiu e subiu no mesmo ano. O assunto deverá ser discutido a partir de hoje na FMF.

TAÇA CIDADE
E agora? Moto e Itinga vão disputar a Taça Cidade no 2º semestre? As duas equipes foram rebaixadas para a 2ª divisão do maranhense. É que a competição garantirá uma vaga na Copa do Brasil 2010. A outra vaga será do campeão maranhense.

PARALISAÇÃO
O Moto deverá disputar o Campeonato Brasileiro Série D com uma equipe bem modesta. Esta será a proposta que o atual presidente Cleber Verde levará para uma reunião hoje, no fim da tarde.  Após o Brasileiro, o Moto deverá paralisar as atividade e não deverá disputar nem a Taça Cidade. Só quero ver se os dirigentes tomarão essas atitudes sem antes ouvir a torcida.

Charge: Luís Victor Saldanha, Imirante.

Menos de vinte quatro horas após amargar o humilhante rebaixamento para a 2ª divisão do futebol maranhense, as primeiras notícias no Moto não são nada animadoras.

O presidente Cleber Verde que deixou o Estádio Nhozinho Santos ontem, logo após o 2º gol do Sampaio, nem sequer viu o desfecho final do rebaixamento rubro-negro e já teria uma opinião formada sobre a participação do atual campeão maranhense no Campeonato Brasileiro Série D.

Se depender do atual presidente, o Moto será uma equipe bem modesta e formada à base dos jogadores prata de casa. A diretoria rubro-negra deverá se reunir ainda hoje para decidir o que fazer, mas esta é a tendência inicial.

O problema é que, até o ano passado, o Moto tinha alguns bons jogadores maranhenses, entre eles Douglas (no Figueirense-SC), Misael (no Ceará-CE), Gabriel (no Sampaio) e Juninho (no interior de Goiás). Eles deixaram o clube e o Moto não recebeu um tostãozinho.

De fato, o Moto precisa retomar o trabalho nas divisões de base. Mas isto é coisa com resultados a médio e longo prazo. O trabalho precisa ser iniciado agora, antes que caia de divisão no Brasileiro também. Aliás, a Série “D” é a última. Não existe a Série “E”, por enquanto.

Não resta outra saída. O presidente Cleber Verde terá que demonstrar capacidade de reação. Se permanecer no Moto, precisa deixar os belos discursos, cheios de palavras bem articuladas e atuar no campo prático com a formação de uma equipe à altura das tradições do clube e que possa reconquistar a sua torcida.

A propósito, a diretoria precisa pagar urgentemente a conta do hotel, antes que os jogadores contratados para “salvar” o Moto do rebaixamento sejam agora, todos despejados.

E finalmente, antes de terminar, é importante destacar o papel da torcida. Ela deverá continuar ao lado do clube, mas, como nunca, deve desempenhar papel de vigilância total e não deve dar trégua a ninguém, muito menos a atual diretoria, até que o Moto retorne ao lugar de onde jamais deveria ter saído.

Até para dizer que não pretende permanecer no Moto, o técnico Cristiano Baggio foi bastante evasivo, após a derrota por 2 a 0 para o Sampaio e consequentemente o rebaixamento histórico para a 2ª divisão do futebol maranhense.

Ao ser entrevistado pelo repórter Jorge Aragão, da Rádio Mirante AM o “treinador” rubro-negro disse que ainda iria conversar com a diretoria, ou melhor com o diretor de futebol César Castro, mas admitiu que a cobrança da torcida é muito grande.

Baggio teve a oportunidade de montar um novo time para o Moto no 2º turno, mas não conseguiu os resultados que o clube precisava. Indicou quem quis, mas apenas Rigo, Donizete, Bronzatti e Leomir se salvaram.

Nunca conseguiu dar um padrão de jogo à equipe e sequer conseguiu escalar a equipe direito. O atacante Diego Souza foi sacrificado em quatro jogos. Ele não é homem de criação. É matador Baggio. Mas enfim, este é apenas um exemplo.

Agora resta o Campeonato Brasileiro Série D. Ficar fora nem pensar. O Moto poderia ser punido pela CBF. A permanência de Baggio pela atual direitoria seria o primeiro grande erro, mas não acredito nisto.

O Moto terá que começar tudo de novo. E o recomeço terá que ser com um técnico vitorioso.

É hora de dizer: Tchau, Baggio!!!

O torcedor Totó invade o campo, reclama do técnico Cristiano Baggio e acaba passando mal.

O meia Leomir fica desconsolado com o rebaixamento do Moto para a 2ª divisão.