Para tirar o futebol maranhense do fundo do poço, só mesmo o acesso à elite do futebol Brasileiro. O Sampaio poderá chegar à Série B e o Moto à Série C. Mas para isso é preciso o incentivo do poder público e da iniciativa privada. As duas equipes estão prestes a iniciar a participação no Campeonato Brasileiro, mas sem condições financeiras fica muito difícil chegar lá.
Entendo que o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís terão papel decisivo no que pode ser a “grande jogada”. Mais é preciso ter o esporte no sangue para entender isso.
O futebol é a maior paixão do povo brasileiro e também responsável pela geração de muitos empregos. Se o nosso futebol estiver bem, os estádios ficarão sempre lotados e muitas oportunidades de empregos indiretos serão criadas.
Um programa aos moldes do “Nota na mão” cairia muito bem agora e poderia incentivar o esporte maranhense como um todo, além é claro do futebol.
Mas enquanto o assunto ganha corpo é preciso pensar a curto prazo. Sampaio e Moto podem, se tiverem apoio financeiro dar uma arrancada no Brasileirão ainda este ano. Que o poder público e a iniciativa privada vistam esta camisa também!
Zeca, em parte concordo contigo. O Nota na Mão seria uma boa para o atual momento do futebol. Contudo, permita-me uma ressalva: investimento público faz-se necessário sempre que há insegurança e desequilíbrio econômico. Não foram poucas as ações governamentais no sentido de se recuperar uma nação mediante aplicação de dinheiro oriundo dos cofres públicos. Entretanto, isto deve ocorrer somente em curto período, sobretudo de recessão, mas a dinâmica do comércio e da indústria deve sempre ser mantida por si mesma e o investimento privado resulta em melhor resultado para o futuro. O problema de nosso futebol (esporte como um todo) é que não há realmente nenhum incentivo privado. Empresas alienígenas como ALUMAR (leia-se Alcoa) aqui se implantam, poluem à vontade, lucram em milhôes de dólares e nada fazem para mudar o degradante quadro do esporte, amenizando o efeito destrutivo da qualidade de vida. Quando muito dão um incentivozinho para esmoler em vernissages, exposições e peças teatrais, ou seja, sempre limitado. Por outro lado, gastam enormes quantias em seus países de origem (já que são Transnacionais) justamente em setores carentes por aqui. Assim, digo sem nenhum temor, da Alumar e Vale, por exemplo, se dirigido pelo menos 1 (hum) milhão de reais ao mês para o nosse futebol (em partilhga para os clubes), muito acrescentaria porque para eles isso é nada, praticamente o salário de um alto executivo lá fora. Não fazem porque não querem, por um lado, e por outro porque somos incompetentes políticamente. Ação política com coragem e comprometimento com a população, isto sim poderia mudar alguma coisa. Aguardar apenas o poder púbico incentivar o futebol mediante custeio seria, ao meu ver, como que retirar do vampiro e seu próprio sangue e dar-lhe a beber – mais tarde viria o desgaste e sucumbiria, como, aliás, já ocorreu.