O deputado estadual Max Barros (DEM) se mostrou indignado, na tribuna da Assembléia Legislativa, contra a não aprovação, de um requerimento de sua autoria, por meio do qual solicita cópia do contrato de nº 243268-55, firmado entre a Caixa Econômica Federal e o Governo do Estado para financiamento da reforma do Estádio Castelão. A proposição nem sequer passou pela aprovação da Mesa Diretora da Casa.Para Max Barros, após a Mesa Diretora tomar conhecimento do contrato, estabeleceu-se um pânico para saber qual era o objetivo do convênio para, em seguida, a Mesa indeferir o requerimento. “Parece que o Governo do Estado tem algo de muito podre para esconder nessa obra do Castelão. Lamentavelmente é isso que eu tenho que constatar”, disse.
Max Barros declarou que como deputado, dentro de suas prerrogativas de fiscalizar os atos do Executivo, solicitou cópia desse contrato entre o governo estadual e a Caixa Econômica. “Achei que simplesmente iria passar pela aprovação da Mesa, mas pelo simples fato de ter vazado o teor do contrato para financiar a reforma do Castelão, a matéria foi indeferida automaticamente.
“Mas eu vou ter essa cópia, pois já esperava esse posicionamento da Mesa Diretora e, portanto, já encaminhei esse requerimento à presidência da Caixa Econômica e à Superintendência local. E com certeza, vou ter esse documento com a maior facilidade”, adiantou Max Barros.
Para ele, quem sai perdendo nesse processo é a Assembléia Legislativa, que indefere um simples requerimento de pedido de informações, levantando suspeita sobre a obra do Castelão. “Obra que não estava sob suspeita, mas agora, não sei mais”, retrucou o deputado.
Max Barros destacou que já houve três dispensas de licitação para a obra do Castelão. “Eu já vi fazer dispensa de licitação para uma obra, mas três vezes para uma mesma obra é inédito no Maranhão. Além disso, dispensa de licitação se utiliza numa emergência e é possível se fazer uma dispensa de licitação se o estádio está prestes a desabar para se fazer a parte estrutural, mas aproveitar essa mesma dispensa de licitação para fazer o gramado, o vestiário e as cadeiras e querer favorecer uma determinada empreiteira e é isso que está sob suspeita”, alertou.
Segundo Max Barros, isso demonstra que está sendo desviado dinheiro pelo ralo com a obra do Castelão, cujo contrato começou com cerca de R$ 4 milhões, passou para R$ 6 milhões e já está em torno de R$ 50 milhões. “O Governo tem medo de mostrar o que está fazendo e eu tenho o direito de pré-julgar que essa obra está sendo um antro de corrupção”, advertiu. Leia mais no BLOG de Mário Carvalho.
Ele afirmou que tem procurado ser um parlamentar de oposição comedido, fazendo críticas construtivas, mas no momento em que a Assembléia nega um requerimento de informação, fica claro que há muita coisa a esconder na obra.
(Com informações da Assembléia Legislativa)