Se o técnico Renato Gaúcho, nas últimas semanas, já fazia questão de fixar na cabeça dos jogadores a importância da conquista do título da Libertadores para a história de cada um deles e do Fluminense, a chegada a Quito fez o treinador tricolor reforçar ainda mais o discurso. O frio, a altitude, a velocidade da bola e as palavras de Renato tornam impossível a possibilidade de algum jogador perder o foco.
– É a final mais importante da história de cada um. Todo mundo tem de se doar porque não há nada que pague um título desses. Se formos campeões daqui a cem anos todo mundo vai continuar sabendo que estes jogadores aqui foram os que conquistaram o primeiro título da Libertadores da história do Fluminense – diz Renato.
Sempre perguntado sobre os perigos da altitude, o treinador tricolor foi bastante sincero em sua resposta.
– Numa hora dessas, tudo é ruim. A altitude, o frio, tudo. Mas não tem desculpa. Time que quer ser campeão tem de superar todos os obstáculos.
No primeiro treino da equipe no Equador, no Estádio Atahualpa, houve até espaço para brincadeira. Renato, que participou da atividade, estava ofegante ao seu final e teve que ouvir gracinhas dos comandados, mas respondeu na mesma moeda.
– Eles falaram que eu não ia agüentar, mas já passei por isso, joguei em La Paz com 3.800 metros de altitude e fui campeão. Agora é a hora deles e quero ver se vão fazer a mesma coisa. Lá no Olímpico, em Porto Alegre, eles viram como sou tratado pelos gremistas. Sabe por quê? Porque ajudei a conquistar o título mais importante da história do Grêmio. Agora quero que eles façam a mesma coisa, pois é uma alegria que não tem preço. Temos de colocar essa faixa no peito de qualquer jeito.