Primeiro clube nordestino a conquistar um título brasileiro (o de 87, reconhecido pela CBF), o Sport pôs nesta quarta-feira o Nordeste no rol de campeões de mais uma competição nacional. O time pernambucano se torna o primeiro da região a ter a Copa do Brasil na lista de conquistas.
Até então, clubes do Sudeste e Sul dividiam os títulos da competição. Doze para times de São Paulo (cinco), Minas (quatro) e Rio (três). E sete para Rio Grande do Sul (seis) e Santa Catarina (um).
Antes da vitória do Leão pernambucano sobre o Corinthians por 2 a 0 nesta quarta, na Ilha do Retiro, o máximo que clubes nordestinos haviam conseguido na competição foram vice-campeonatos. Em duas oportunidades, equipes da região chegaram à final, mas acabaram derrotadas.
Na primeira edição do torneio, em 1989, o próprio Sport se classificou para a decisão, após eliminar Fortaleza, Guarani, Vitória e Goiás. Mas acabou derrotado pelo Grêmio na final. No jogo de ida, na Ilha do Retiro, o Tricolor gaúcho segurou o 0 a 0. E no Olímpico, venceu por 2 a 1. O gol do título foi marcado pelo atacante Cuca, atual treinador do Santos.
Em 1994, o Ceará desclassificou Palmeiras e Internacional, mas também caiu diante do Grêmio na finalíssima (0 a 0 em Fortaleza e 1 a 0 em Porto Alegre, gol de Nildo).
Quatorze anos depois, um representante nordestino voltou à decisão. E dessa vez, a taça ficou na região. Depois de eliminar Imperatriz-MA e Brasiliense, o Sport passou por quatro clubes com títulos brasileiros no currículo (Palmeiras, Inter, Vasco e Corinthians).
Outro feito inédito obtido pelo tricampeão pernambucano: foi o primeiro time a conseguir o título após ter perdido o jogo de ida por dois gols de diferença.
O “rubro-negro maranhense” em parte tem razão quando diz que a maior parte dos maranhenses prefere ficar em casa, diante da tv, assistindo aos jogos dos campeonatos carioca (!!) e paulista. Entretanto devo lembrá-lo de que, quando tínhamos times à altura de nossos adversários, nossos estádios viviam lotados. Nossos clássicos, entre Sampaio, Moto e Maranhão, onde havia jogadores como Zé Roberto, Beato, Messias, Gil Lima, Hélio, Alfredo, Zé Carlos, Batista, Elzo, Bacabal, Raimundinho, Caio, Hiltinho,entre outros, levavam facilmente 40, 50 mil torcedores ao castelão. O nível técnico do estadual era alto e nossas campanhas na Série B davam davam confiança aos torcedores. Faço essa rápida explanação para dizer ao amigo que a motivação do torcedor de ir ao estádio é, na realidade, reflexo da organização dos clubes. O pensamento dos nossos dirigentes ( e até de alguns torcedores !!) de que o torcedor é o responsável pelo declínio do nosso futebol não condiz com a realidade. Tudo é uma questão de CREDIBILIDADE. O primeiro passo seria moralizar a própria Federação Maranhense e estruturar nossos clubes. E, claro, isso leva tempo e é uma questão de perseverança e continuidade de trabalho a médio prazo. Deve ser feito uma verdadeira reestruturação do nosso futebol. Se alcançarmos essa “maioridade”, duvido que algum torcedor ainda fique em casa, assistindo jogos de outros campeonatos…
QUERIA PARABENIZAR O SPORT CLUB DO RECIFE PELO INÉDITO TÍTULO E POR TER COLOCADO MAIS UMA VEZ O NORDESTE EM LUGAR DE DESTAQUE NO FUTEBOL NACIONAL. A TORCIDA TAMBÉM DEU UM SHOW. QUE SIRVA DE EXEMPLO PRA ESSES “MARANHENSES” QUE PREFEREM TORCER PARA TIMES DO RIO E DE SP. CULPAM APENAS OS DIRIGENTE PELO ESTADO DE QUASE MISÉRIA NO FUTEBOL DO MARANHÃO, MAS OS “MARANHENSES” TAMBÉM SÃO RESPONSÁVEIS. ACOMODADOS, PREFEREM FICAR EM CASA ASSISTINDO JOGO NA TV.